entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

Rodas

23/06/2010 - Mário Valiati / Fonte: iCarros

Frequentemente menciono as rodas, aqui na coluna, como um dos elementos que dão personalidade ao carro. De fato, rodas e pneus combinados, são fundamentais para compor o desenho de um carro; se pequenos demais, dão a impressão de lataria sobrando, se grande demais, o carro parece de brinquedo, fica caricato. O equilibrio é a chave do sucesso. Mas além das rodas e pneus - e suas proporções -, há também as variações na conformação da roda: há as tão desejadas rodas de liga leve, que conferem um ar esportivo e refinado ao visual, e as rodas de chapas de aço, estampadas. Normalmente, pela restrição criativa imposta pelo material e processos de conformação, as rodas estampadas de aço não são assim tão atraentes para os olhos. Os desenhos, na maioria das vezes, são pobres por não se poder criar moldes muito refinados para prensar, daí os formatos sempre parecidos, com furos para refrigerar os freios e aliviar um pouco o peso. Para esconder este componente, digamos “feio”, faz-se uso das calotas. Aliás, estava conversando com um amigo, que é profundo conhecedor de carros antigos, e ele me alertou que a real origem da calota não foi a de ser um simples adorno. No início, as calotas eram simples tampas, que cobriam a ponta do eixo para proteger a lubrificacão dos rolamentos. Na década de 1900 já apareciam estas micro calotinhas nas rodas raiadas. Com o tempo esta proteções aumentaram de tamanho, agora também para esconder os parafusos das rodas, que passaram a ser em aço estampado. Com o passar dos anos, as calotas viraram objeto de adorno, com desenhos chamativos e rebuscados, geralmente em metal cromado. Aos poucos o metal foi sendo substituido por material plástico. Algumas até em plástico cromado, imitando o metal. Algumas calotas atuais, de tão bem feitas, acabam sendo confundidas com rodas de liga leve. Desenho bonito, que escondem as malfadadas rodas de aço estampado, que ficam em longe dos olhos. Mas, por mais bem desenhadas que estejam sendo feitas as calotas, o dono do carro sempre será um eterno infeliz, por não ter a sonhada roda de liga leve. Devo dizer que, particularmente, gosto de uma calota!! Talvez eu seja um dos poucos seres humanos na face da terra que prefira calota a uma roda de liga leve. Sério, acho algumas bem bonitas. Mas o que me faz preferir calotas ao invés de rodas de liga, é a questão prática: no dia a dia, as manobras próximas ao meio fio sempre podem ocasionar uma ralada fatal. Em uma roda de liga isso significa um “ferimento” definitivo, uma vez que a retirada de material por usinagem pode compromenter a resistência do material. Usando a calota, o prejuizo pode ser somente a compra de uma calota nova, bem mais barata que o conserto ou substituiçao de uma roda de liga. Também no rodar, uma pancada e quebra na roda de liga pode ser fatal. Reparos, embora haja várias empresas quem façam, nunca se sabe que tipo de dano realmente se deu na estrutura critalina do metal. As rodas de metal são mais permissíveis à pancadas pelo fato de serem feitas a partir de chapas de aço de baixo carbono, aço relativamente macio. Ao receberem uma pancada forte só amassam, sem quebrar. Na maioria das vezes, umas pancadas com uma marreta as fazem voltar ao formato, embora não seja um procedimento bom. Por este motivo, nunca me senti atraido por colocar rodas de liga em meus carros, até hoje, todos foram “calotados”. Mas, claro, se eu comprar um carro que já venha com rodas de liga, certamente que será bem vindo! O colunista Mário Valiati entrará em férias e voltará a escrever em agosto
  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.