13/02/2019 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
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Foco nas normas
Antes de produzir um chicote elétrico, é necessário seguir algumas normas estabelecidas pelas montadoras, que seguem diferentes padrões globais. No caso de veículos norte-americanos, por exemplo, a entidade que gerencia as regras é a United States Council for Automotive Research (USCAR).
Há ainda o padrão ISO (International Organization for Standardization) e VDA (German Association of the Automotive Industry), que tem como objetivo estabelecer avanços no segmento automotivo. Ambos visam garantir que o produto saia da linha de produção com a qualidade necessária.
700 metros de cabo por carro e suas cores
Um chicote é composto por uma variedade de cabos. Eles têm a função de gerenciamento e distribuição de energia, bem como transferir informações para conectar todo o veículo. Essa conectividade é feita através de módulos eletrônicos que atuam de forma integrada, gerenciando sistemas de injeção, transmissão, painel de instrumentos, controle de tração, central multimídia, carregador wireless, entre outros equipamentos.
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“Um carro popular tem cerca de 400 cabos, enquanto um veículo premium possui acima de 800. Essa diferença ocorre em função da quantidade de opcionais e equipamentos instalados no veículo. Quanto mais sofisticados, mais condutores serão necessários”, explica João Romeu. Um veículo possui a média de 700 m de cabo.
Todo o chicote é separado por cores, que são determinadas conforme padrões estabelecidos pelas montadoras, e comumente está atrelada à função que ele exerce. Nos veículos elétricos, contudo, a regra é adotar chicote com a cor laranja para cabos de alta voltagem.
Linha de Montagem
Para garantir a qualidade na fabricação, a Aptiv conta com uma linha de montagem especialmente pensada para assegurar cada chicote que deixa a fábrica. Todos os produtos que caem no chão são descartados, tal como os conectores riscados ou com defeitos de fabricação.
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O modelo linear de produção permite trabalhar em larga escala, com sequência e de maneira simultânea, fazendo com que cada pessoa seja responsável por uma determinada operação. Essa técnica garante maior eficiência e qualidade. Na Aptiv, são produzidos uma média de 4 a 5 chicotes por carro. Por dia, a produção pode chegar a mais de 10 mil chicotes.
O chicote elétrico em carros autônomos e elétricos
Com o avanço das tecnologias autônomas e elétricas, a demanda por sistemas de distribuição eletro/eletrônicos aumentou. No caso de automação nível 4, onde o carro pode se guiar sozinho, mas ainda há interface de comando para o motorista, é possível observar quantidades superiores a 1.000 circuitos nos chicotes de um único veículo.
Para conseguir empregar a mesma quantidade, a solução encontrada pela Aptiv prima por dimensionar os circuitos para que tenham o menor diâmetro, consequentemente reduzindo o peso e aumentando a flexibilidade e a facilidade de montagem veicular. Aí entram os robôs, que ajudam na produção oferecendo melhor manuseio dos cabos. Contudo, ainda que sejam mais finos, os fios transmitem as informações com a mesma qualidade e agilidade.
Por outro lado, no caso de veículos elétricos, a demanda por condução de uma maior quantidade de energia exige cabos de grande bitola – e que são sempre na cor laranja. Além disso, são necessários mais fios ao longo do veículo para conectar todos os sistemas.
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