Sedãs com preços entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. É nesta parcela que o novo Fusion pretende brigar para continuar na liderança do segmento de luxo. Nele, incluem-se modelos que vão do Honda Civic, passam pelo Chevrolet Vectra e Volkswagen Jetta e chegam ao Toyota Camry e Hyundai Azera.
Para isso, o mexicano recebeu atualização na aparência e motores de 2,5 litros 16v e 3,0 litros V6, novidades que foram apresentadas no Salão de Detroit, em janeiro. Os preços partem de R$ 84.900 e chegam a R$ 99.900. A unidade de 2,3 litros saiu de cena.
As mudanças no projeto tiveram como missão dar mais esportividade ao carro. Nos Estados Unidos, ao menos, a boa recepção do modelo fez a Ford passar a Toyota em vendas no mês passado. O desenho da grade com três barras cromadas, faróis mais estreitos e a tampa do porta-malas redesenhada são os principais diferenciais.
Na cabine, a boa nova fica por conta do painel, que ficou mais moderno, e do sistema Sync de mídia e entretenimento, que inclui DVD, CD player com MP3, Bluetooth e um jukebox que armazena até 10 Gb de músicas e imagens (só no V6). O passageiro o opera por touch screen.
V6 na estrada; 4 cilindros na cidade
As modificações mecânicas incluem dois blocos Duratec. A unidade de 2,5 litros 16v de quatro cilindros gera potência de 173 cv a 6.000 rpm e torque de 22,9 kgfm a 4.000 rotações. O motor mais forte desenvolve 243 cv de potência e torque de 30,8 kgfm a 4.300 giros e conta com tração integral AWD.
Os dois propulsores estão associados a uma transmissão automática de seis velocidades (a sexta atua como overdrive), com a diferença de o câmbio da topo de linha ter a opção do modo sequencial (as trocas são na alavanca). Outro item que também está presente no modelo mais caro é o Grade Assist, equipamento que reforça o freio motor em descidas íngremes. O novo Fusion incorporou direção elétrica, bastante leve, mas que varia seu comportamento de acordo com a velocidade. O diâmetro de giro da direção agora é de 11,4 metros.
Na avaliação, saímos da versão V6 para a de 4 cilindros. A primeira sensação é classificar o mais potente para percursos rodoviários, enquanto o modelo de entrada tem uma vocação bem mais urbana, apesar de não termos dirigido o carro no trânsito. Na estrada, o V6 se sobressai com destaque. Durante o teste drive, a força do bloco se faz ouvir com o ronco do motor. Nas ultrapassagens e curvas acentuadas, a opção pelo sequencial anima ainda mais o motorista. Segundo dados da Ford, a versão quatro cilindros tem consumo de 9,2 km/l na cidade e 14,4 km/l na estrada. A V6 percorre 7,3 km/l em trecho urbano e 11,7 km/l em percurso rodoviário.
O 4 cilindros, no entanto, tem uma saída vigorosa, fruto das modificações mecânicas realizadas pela engenharia da Ford, mas o mesmo comportamento não é mantido nas subidas, quando o pé no acelerador precisa ir no fundo e o peso do carro (aproximadamente 1.700 quilos) é sentido. O conjunto da suspensão tem uma tendência mais rígida, mas não chega a passar solavancos aos passageiros.
Entre os itens de série, a versão SEL 2.5 oferece ar-condicionado digital, direção elétrica, seis airbags rodas de 17 polegadas, CD player com MP3, ajuste elétrico dos bancos dianteiros, sensor de estacionamento, acendimento automático dos faróis, revestimento de couro e trio elétrico. Para a versão de R$ 99.900, adicionam-se a estes itens o sistema Sync, tração AWD e câmbio automático sequencial. O único opcional para as duas versões é o teto solar, disponível por R$ 4.000. Nas concessionárias a partir de junho, o Fusion tem garantia de três anos.
Viagem feita a convite da Ford