03/08/2009 - Anelisa Lopes, de Itu (SP) / Fonte: iCarros
Quinze anos após o seu lançamento no mercado brasileiro, a Ford Ranger passa por mudanças estéticas, recebe equipamentos, e tem seu valor diminuído na versão topo de linha para ganhar mercado em cima da sua principal rival, a Chevrolet S10. Sem alterações mecânicas, a picape média passa a valer R$ 45.900 na versão de entrada XL e R$ 96.730 na configuração mais cara Limited. A Sport deverá ser integrada à linha ainda neste ano.
A Ranger estará nas lojas nesta semana com garantia de três anos. Por enquanto, não há previsão de motorização bicombustível na gama – disponível na S10 -, já que o foco das vendas concentra-se no modelo a diesel. As opções de motores continuam as mesmas, 3.0 a diesel e 2.3 a gasolina. As versões XL 4x4 a diesel com freios ABS e airbag duplo, e a Limited 4x2 a gasolina, ambas com cabine dupla, foram adicionadas à oferta, que já conta com a XLS, XLT e Limited 4x4 a diesel, e XL, XLS e XLT 4x2 a gasolina, disponíveis em cabine simples e dupla.
As modificações para o novo modelo foram concebidas no estúdio de design da montadora em Camaçari (BA) e estão concentradas na parte dianteira do veículo: par-choque cromado com dois ganchos de reboque e grade com três barras horizontais, faróis de dupla parábola e de neblina. Lateral mais limpa, novos retrovisores e lanternas também foram incorporadas à picape. Com estes elementos e reposicionamento dos preços, a empresa pretende abocanhar 16% do mercado de picapes.
A Ranger 2010 está mais imponente, mas não pode chegar a ser chamado de novo modelo. A transformação, infelizmente, ainda a deixa longe de rivais que têm ganhado mercado como a Nissan Frontier e a Mitsubishi L200 Triton. Na cabine, a sensação é de que o veículo conserva as mesmas características de gerações anteriores.
Mesmo na versão topo de linha, a Limited 4x4, a cabine da Ranger exibe um acabamento espartano, como os antigos pinos de travamento e os orifícios da saída do cinto de segurança sem proteção. Além disso, a inclinação do assento traseiro poderia ser revista, o que traria mais conforto aos passageiros da parte de trás.
A avaliação do motor de 3,0 litros turbodiesel, de 163 cv de potência a 3.800 giros e 38,7 kgfm de torque entre 1.600 e 2.200 rpm não trouxe surpresas. O já conhecido bloco possui um bom desempenho, tanto na saída da picape como para ganhar velocidade. Durante o teste drive, foi realizado um pequeno rali de regularidade, em que foram percorridos trechos de rodovia e de terra. A tração 4x4 foi utilizada durante a parte fora de estrada e garantiu uma melhor estabilidade do veículo com a distribuição de força entre as rodas.
Sem novidades na parte mecânica, resta agora saber se o facelift que a picape da oval azul sofreu será suficiente para chegar perto da terceira colocada em vendas no segmento de utilitários. Por enquanto, de acordo com dados da Fenabrave, o modelo da Chevrolet vende aproximadamente três vezes mais que o da Ford, que mantém uma média de 800 a 1.000 unidades por mês.
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