Câmbio de oito velocidades tem três modos: manual, automático e esportivo
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Interior é simples mesmo na versão topo de linha
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Área da caçamba da versão cabine dupla é de 2,52 metros quadrados
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Botões fantasma estão espalhados pelo interior
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Porta-copo saliente no painel
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A linha 2012 da Volkswagen Amarok trará uma novidade que preencherá uma lacuna deixada pela montadora desde o lançamento mundial da picape média, em 2010: a oferta de uma versão com transmissão automática. Com motor de 2,0 litros biturbo a diesel, o modelo com caixa de oito velocidades estará disponível nas lojas na semana que vem. Os preços partem de R$ 135.990.
A nova transmissão equipa somente a versão topo de linha da picape, a Highline cabine dupla. O lançamento vem de fábrica com airbag duplo, freios ABS com atuação diferenciada em trajeto off road, bloqueio do diferencial, tração integral 4Motion, direção hidráulica, ar-condicionado bizone, trio elétrico, CD player com tela touch screen, bluetooth, piloto automático, sensor de estacionamento traseiro, rodas de liga leve de 18 polegadas e farois de neblina.
Opcionalmente, a versão pode receber navegador GPS, controle de estabilidade, além de assistente de frenagem em descida e de partida em subida. No primeiro caso, quando acionado, o auxílio dispensa a frenagem em descida, enquanto no segundo, o veículo permanece estático durante três segundos sem interferência no pedal do freio antes de se movimentar para trás.
Tudo no automático, com a comodidade de um utilitário
Apesar de toda vocação off-road que a picape oferece e tem como objetivo transmitir por meio dos acessórios fora-de-estrada, o conjunto formado pela direção hidráulica, bastante leve, e pelo câmbio automático de oito velocidades incorporou suavidade à dirigibilidade do modelo. A impressão que se tem é a de estar ao volante de um utilitário esportivo.
Enquanto a primeira marcha atua como reduzida, de acordo com as condições do terreno e velocidade do carro (até 10 km/h), a oitava cumpre seu papel como overdrive. Há possibilidade de usar o sistema no modo drive, manual e esportivo. No último, é possível chegar até à sétima marcha. A velocidade máxima anunciada é de 179 km/h.
Assim como a caixa de velocidade, todos os aparatos off-road são controlados eletronicamente. A tração nas quatro rodas funciona em tempo integral, enquanto o controle do diferencial, que leva mais força à roda que tem menos aderência no solo, é acionado por meio de um botão. Durante a avaliação, foi possível trafegar por vias de lama com superfície bastante molhada sem grande dificuldades. O maior desafio fica a cargo da durabilidade de tanta eletrônica. É possível submeter tanta tecnologia ao off road pesado diariamente?
No modo manual, o motorista dá mais agilidade à condução, principalmente nos trechos com aclive, que pedem reduções com frequência. A uma velocidade de 120 km/h, a oitava marcha entra em ação para melhora do conforto na rodagem, do ruído interno e no consumo de combustível; nesta situação, o conta-giros crava o ponteiro nas 2.000 rotações. O motor de 180 cv biturbo (a potência anterior deste bloco era de 163 cv) e 42,8 mkgf de torque foi desenvolvido para usar o diesel S-50, vendido desde janeiro.
O conjunto da suspensão é mais firme que o convencional no segmento. Na prática, transmite menos oscilações do solo à cabine, mas passa aquela sensação de "batida seca" ao cruzar com um obstáculo ou valeta, principalmente aos que vão na parte de trás.
Exteriormente, a nova versão não traz modificações. Na parte de dentro, apesar de estar a bordo da versão mais cara da linha da picape, os passageiros terão a impressão de estar em uma versão de entrada. O painel é simples, sem grandes inovações, além de ter alguns botões "fantasma". O porta-copo da parte da frente é encaixado e não pode ser recolhido; no teste drive, foi usado para carregar uma bolsa. Nas costas dos bancos dianteiros, faz falta um compartimento para colocar objetos, como revistas.
(R)evolução do segmento - dois mil e doze promete sacudir o segmento de picapes médias, que registrou volume de 138 mil unidades no ano passado. Em janeiro, a Toyota passou a oferecer motor flex para a Hilux, enquanto a Nissan atualizou o bloco a diesel da Frontier. Em seguida, a Chevrolet apresentou a nova geração da S10, enquanto a Ford prepara o lançamento da nova Ranger. Com a chegada da versão com câmbio automático de oito velocidades, a linha da Amarok passa a contar com nove configurações, sendo a linha da Amarok S com motor turbo de 122 cv e a SE com bloco biturbo de 180 cv.
No primeiro trimestre do ano, a Hilux manteve a primeira colocação no mercado, com pouco mais de 6.730 unidades no período, seguida pela Chevrolet S10 e pela Mitsubishi L200. A Amarok ficou com o quarto lugar, somando cerca de 1.120 modelos por mês entre janeiro e março. A expectativa da montadora é dobrar o volume com a chegada da nova versão, chegando a 20 mil unidades até o final do ano.
Teste drive a convite da Volkswagen