05/11/2019 - iCarros / Fonte: iCarros
Recentemente a Nissan lançou o Novo Nissan LEAF oficialmente no Brasil. Modelo 100% elétrico e com tecnologias inovadoras, o modelo faz parte da nova onda de veículos elétricos que deve revolucionar o modo com o qual nos locomovemos em veículos no futuro. No entanto, você sabia que essa tecnologia não é exatamente nova?
Veículo elétrico no século XIX
Por mais que o carro elétrico pareça ser algo novo e que demanda um nível de tecnologia possível apenas atualmente, os primeiros relatos de veículos movidos por propulsão elétrica vêm desde a primeira metade do século XIX, mas foi apenas nas últimas décadas daquele século que os automóveis elétricos começaram a ganhar as ruas.
Então pode-se dizer até que o carro elétrico veio antes mesmo do primeiro carro movido por combustão interna ter sido inventado por Karl Benz em 1886. Vale lembrar que, naqueles tempos, até veículos movidos a vapor circulavam pelas ruas.
Entre o final do século XIX e o início do século XX não havia um tipo de propulsão definida e, tanto elétricos, quanto a combustão e a vapor podiam ser adquiridos. Não foi antes da década de 1920 que o veículo de combustão interna se firmou como o principal tipo de propulsão, graças a maior difusão da rede de postos de abastecimento.
O carro elétrico, desde aqueles tempos, já oferecia a praticidade de não exigir preparo prévio para ser guiado, como os carros a vapor que exigiam horas de aquecimento das caldeiras, e manutenção muito menor na comparação com os carros de combustão interna.
No entanto, já tinha entraves que vieram a ser solucionados apenas recentemente. As baterias antigas, eram pesadas e armazenavam pouca energia, além de levarem muito tempo para carregar e oferecer pouca autonomia. Deve-se contar também que, no início do século XX, a rede elétrica pública ainda engatinhava e eram poucas as casas que tinham acesso à energia elétrica.
Foi apenas no início da década de 1970 que a ideia do carro elétrico foi resgatada devido à crise do petróleo no período, mas a tecnologia das baterias, ainda de chumbo-ácido, e de carregamento não estavam evoluídas o suficiente para substituir plenamente o automóvel a combustão, bem estabelecido naquele ponto da história.
Foi necessário o aumento da preocupação global com o meio ambiente em meados dos anos 1990 para voltar-se a olhar para as qualidades que o carro elétrico possui, como a não emissão de gases poluentes, por exemplo.
Ainda usando baterias de chumbo ácido e com pouco desenvolvimento no campo do carregamento, apresentavam os mesmos desafios de autonomia e tempo de carga. Com pouca evolução, acabou-se utilizando a eletrificação com a tecnologia da época para carros híbridos.
Com a chegada do século XIX e mais tecnologia, os carros puramente elétricos voltaram à pauta. Parte do que permitiu isso foi a utilização de baterias de íon-lítio, mais leves e compactas, permitindo maior armazenamento e, portanto, mais autonomia. Com o auxílio de tecnologias mais avançadas nos sistemas do carro, também foi possível melhorar o tempo de carregamento das baterias.
Brasil já teve seus próprios carros elétricos
Ainda na década de 1970, a brasileira Gurgel Motores deu os primeiros passos por aqui com o projeto Itaipu, de 1974. Era um conceito de um microcarro de dois lugares movido por eletricidade. Sem sair da fase de protótipo, serviu ao menos para desenvolver a tecnologia do utilitário E-400, apresentado no início da década de 1980.
Com apenas 13,6 cv de potência, velocidade máxima de 80 km/h e 127 km de autonomia, o Gurgel E-400 exigia de seis a oito horas para carregar completamente suas baterias de chumbo-ácido. Não muito prático, o modelo acabou sendo mais utilizado por órgãos governamentais.
Nissan LEAF: o começo de tudo
A primeira geração do Nissan LEAF foi apresentada em 2010. Os primeiros carros, lançados como modelo 2011, tinham motor de 107 cv e 28,5 kgfm de torque alimentado por um conjunto de baterias de 24 kWh. O número pode ser baixo, mas fazia com que o hatch elétrico da Nissan acelerasse de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos.
Nesses primeiros anos, o Nissan LEAF tinha autonomia declarada de 175 km, com o carregamento completo da bateria por meio do carregador de parede de 3,6 kW em tomada de 240V sendo feito em até oito horas.
Apesar de não ter sido vendida no Brasil, a primeira geração do Nissan LEAF acabou desembarcando por aqui em 2012, sendo usado em projeto piloto junto a taxistas da cidade de São Paulo (SP).
O Novo Nissan LEAF
Com o motor 100% elétrico sobre o capô, o Novo Nissan LEAF é capaz de entregar exatamente 149 cv de potência e 32,6 kgfm de torque. A autonomia declarada é de 240 km. Alimentando o motor está um conjunto de baterias sob o assoalho capaz de prover 40 kWh. O câmbio é automático de velocidade única e ré. O preço sugerido para o modelo é de R$ 195.000.
Em parceria com a distribuidora ENEL, a Nissan estará oferecendo o Novo Nissan LEAF com o “Wallbox”, carregador de parede mais potente que a tomada normal que será instalado na residência do cliente e que promete uma carga completa em 8h. Atualmente, o custo do equipamento está incluso no preço do carro, assim como a instalação (requer prévia análise do fornecedor parceiro). Segundo a Nissan, em carregadores rápidos públicos, como os de shopping, consegue-se 80% da capacidade das baterias em 40 minutos.
O Novo Nissan LEAF traz de série equipamentos como seis airbags, ar-condicionado automático, chave presencial, piloto automático adaptativo, câmeras com visão 360º inteligente, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança involuntária de faixa, alerta de tráfego cruzado, controles de tração e estabilidade, Isofix para a instalação de assentos infantis, monitoramento da pressão dos pneus e auxiliar de partida em rampa.
Ainda no interior, o Novo Nissan LEAF traz também bancos de couro, comandos no volante para piloto automático, computador de bordo e sistema de áudio, painel de instrumentos com tela digital de 7 polegadas, acabamento de couro para o volante e vidros elétricos para todas as portas.
O modelo da Nissan também conta com o e-pedal, uma espécie de modo de condução em que é otimizado a regeneração de energia em frenagem, acarretando em uma condução utilizando exclusivamente o acelerador para mover e parar o veículo. Há ainda o modo B, intensificando o freio regenerativo, e o ECO, para prolongar a duração das baterias.
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