Yamaha YBR 125 Factor.
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Apesar de não receber injeção eletrônica de combustível, a YBR 125 Factor 2009 traz várias características que podem fazer a diferença na hora da compra. A moto mais vendida da Yamaha apresenta um visual arrojado, que lembra sua irmã mais velha, a YS 250 Fazer. Além disso, a Factor é ágil, econômica e já está de acordo com a terceira fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot 3), que entra em vigor em janeiro.
O preço da versão testada, a ED ( top da linha, equipada com partida elétrica, rodas de liga-leve e freio a disco na dianteira) é de R$ 6.585,00. Sua principal concorrente, a CG 150 Titan ESD tem preço sugerido de R$ 6.990,00.
A YBR Factor 125 2009 foi, literalmente, passada a limpo. O que mais desperta a curiosidade dos motociclistas é saber como funciona o coração da popular da YBR. O motor deste projeto 100% brasileiro é exatamente igual ao de sua antecessora: monocilíndrico, de 124,9 cm³, comando simples no cabeçote (OHC) com duas válvulas e refrigeração a ar. Porém, em função da nova lei de emissões, a Factor adotou um novo carburador - Mikuni BS 25. E, assim, a nova YBR perdeu um pouco de torque e potência. O antigo motor gerava 12,5 cv de potência máxima a 8.000 rpm e 1,19 kgf.m a 6.500 rpm de torque. Agora, na nova versão tem potência declarada é de 11,2 cv a 8.000 rpm e o torque de 1,13 kgf.m a 6.000 rpm.
A mini-Fazer está um pouco mais fraca, porém ainda de acordo com sua proposta urbana. Com força em baixas e médias rotações, o propulsor ajuda na tarefa de largar na frente dos carros quando é dada a luz verde. Na cidade, a YBR Factor rodou 33 km com um litro de gasolina. Já na estrada, com velocidade constante de 90 Km/h, a moto registrou média de 35,4 km/l. Além disso, a moto conta com câmbio de cinco velocidades macio e muito preciso.
Na pilotagem, a nova Yamaha proporciona um conjunto de motor, câmbio e suspensões muito macio, herança que vem desde as primeiras YBR no início do ano 2000. Em função dos posicionamentos do guidão e pedaleiras, o moto garante uma boa postura ao piloto. A única ressalva é a espuma do banco, mole demais, que tende cansar o motociclista em longos períodos. O piloto é naturalmente jogado para a frente do banco, causando um certo desconforto.A adoção de uma espuma de maior densidade seria a solução.
Freios e SuspensãoCom relação ao conjunto ciclístico (freios e suspensão), a Yamaha usou receitas tradicionais, porém muito bem acertadas. Na dianteira, garfo telescópico com 120 mm de curso. Já na traseira balança com sistema bichoque. O sistema é preciso, macio e copia com muita propriedade as imperfeições do piso.
Com relação ao sistema de frenagem, a YBR Factor conta com freio a disco na dianteira, que recebeu uma nova pinça de um único pistão maior. Na parte traseira, o tradicional freio a tambor. Neste quesito, a motinho da marca dos três diapasões merece destaque. Os freios são eficientes e, se trabalhados em conjunto, diminuem o espaço de frenagem. Além disso, os novos pneus Metzeler ME 22 (sem câmara na versão com rodas de liga-leve) oferecem boa aderência, principalmente em curvas fechadas de média velocidade, deixando a utilitária da Yamaha muito divertida em estradas sinuosas.
Toda a parte ciclística foi ancorada em um novo chassi, do tipo diamante, que oferece melhor estabilidade e dirigibilidade. Assim, a YBR 125 Factor está mais esperta, principalmente nas mudanças de direção e também em curvas mais fechadas.