14/11/2019 - Rodrigo França e Luiz Felipe Chaguri / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
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A F1 anunciou nesta semana, justamente poucos dias antes do GP do Brasil de F1, um plano para ser uma categoria sustentável até 2030. A ideia, chamada de F1 Net Zero Carbon, foi planejada após 12 meses de intensos estudos pela FIA, pelos especialistas em sustentabilidade, pelas equipes de F1, promotores, parceiros e o resultado do plano é bastante ambicioso para os próximos anos.
A categoria tem evoluído bastante nas unidades de potência híbridas desde 2014, mas o objetivo para os próximos anos é de conseguir desenvolver um motor de combustão interna que não emita carbono.
“Ao longo de seus 70 anos de história, a F1 foi pioneira em numerosas tecnologias e inovações que contribuíram positivamente à sociedade e ajudaram a combater as emissões de carbono. Desde a aerodinâmica inovadora ao design dos freios, o progresso liderado pelas equipes da F1 beneficiou a centenas de milhões de carros de passeio. Poucas pessoas sabem que as unidades de potência híbrida da F1 atual é a mais eficiente do mundo, já que oferece mais potência com menos combustível e, portanto, CO2, que qualquer outro carro”, disse Chase Carey, chefão da F1.
Conheça as novidades do novo regulamento da F1 para 2021
A atual unidade de potência híbrida F1 fornece mais energia usando menos combustível do que qualquer outro carro de rua. A combinação com combustíveis sustentáveis avançados e sistemas de recuperação de energia apresenta uma grande oportunidade para fornecer uma unidade de potência híbrida de carbono líquido e zero.
“Acreditamos que a F1 pode seguir sendo uma líder para a indústria automotiva, trabalhando com o setor para oferecer o primeiro motor de combustão interna híbrido que reduza enormemente as emissões de carbono. Ao lançar a primeira estratégia de sustentabilidade da F1, reconhecemos o papel fundamental que todas as organizações devem desempenhar para abordar este problema global”, disse Carey.
Com mais de 1 bilhão dos 1,1 bilhões de veículos no mundo são movidos por ICEs (motor de combustão interna), ele tem o potencial de reduzir as emissões de carbono globalmente.
“Ao aproveitar o imenso talento, a paixão e o impulso pela inovação de todos os membros da comunidade, esperamos ter um impacto positivo significativo no meio ambiente e nas comunidades em que operamos. O que está sendo colocado em curso a partir de hoje vai reduzir nossa emissão de carbono e garantirá que seremos ‘carbono zero’ para 2030”, completou Carey.
Presidente da FIA, Jean Todt também comentou sobre o próximo passo sustentável da F1. “Nosso compromisso com a proteção ambiental é crucial. A FIA dá as boas-vindas a esta iniciativa da F1. Não somente é muito alentadora para o futuro do automobilismo, mas também pode ter grandes benefícios para a sociedade em geral. Esta estratégia está alinhada com as ideias iniciadas há alguns anos pela FIA com a criação do Programa de Certificação Ambiental, mais recentemente com a Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIA, e pesquisas sobre combustíveis renováveis para corridas”, comentou Todt.
“Além disso, em 2014 apresentamos a unidade de potência híbrida na F1, que foi essencial para o desenvolvimento da categoria rainha dos esportes a motor. Esta mesma razão foi o que nos levou a manter esta filosofia no marco dos regulamentos da F1 que vão ser aplicáveis a partir de 2021. Com a participação das equipes, os pilotos, as várias partes interessadas na F1 e, fundamentalmente, os milhões de fãs ao redor do mundo, a FIA e a F1 estão comprometidas a impulsionar o desenvolvimento e garantir que o automobilismo cresça como laboratório para inovações benéficas para o meio ambiente”, concluiu Todt.
O GP do Brasil será disputado neste domingo (17), com largada marcada para às 15h.
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