27/02/2019 - Rodrigo França, de Barcelona (SP) / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
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Desde que a F1 voltou a utilizar motores turbo, em 2014, somente o time alemão foi campeão: quatro vezes com Lewis Hamilton (2014, 2015, 2017 e 2018) e uma com Nico Rosberg (2016). Em muitos destes anos, a pré-temporada da Mercedes também foi discreta, levando muitos especialistas a apontarem que o time mais uma vez está “escondendo o jogo” e não demonstrando o real potencial do novo carro, o W10.
Vale lembrar que o regulamento para este ano impôs algumas mudanças importantes no carro, como o novo conjunto de aerofólios (maiores e simplificados) – o objetivo é diminuir o efeito de “ar sujo” para o carro que vem atrás e assim facilitar as ultrapassagens. Como cada detalhe milimétrico faz diferença na F1, os novos carros terão que se adaptar rapidamente às novas condições – e em ritmo de prova é a Ferrari que vem marcando tempos, como o próprio Lewis Hamilton afirmou na semana passada, dizendo que a escuderia italiana “está muito forte”.
Nos quatro primeiros dias de treinos, Bottas fez a melhor marca da Mercedes em 1min17s857 usando os pneus “C5”, o composto mais macio (e mais rápido) da Pirelli disponível nos treinos. O fato de o time ter usado este composto indica uma “preocupação” em ver como o novo modelo W10 reage com os melhores pneus. Já Hamilton conseguiu com o C4 (pneu macio) 1min17s977. Seria uma boa referência, mas o problema é que Ferrari registrou tempos parecidos com os pneus C3, ou seja, mais lentos (cerca de meio segundo, de acordo com a própria Pirelli).
Com estes pneus “médios”, Vettel virou 1min18s161 e Charles Leclerc, 1min18s046. Sim, é impossível saber a quantidade de combustível que cada piloto usa, mas os dois pilotos da Ferrari registraram várias voltas em cada saída – ou seja, estavam carregando uma boa quantidade de combustível. Segundo a TV alemã, Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, admitiu que o time agora está em desvantagem. A questão é ver o quanto Hamilton e Bottas conseguem melhorar o ajuste do novo carro 2019 até o final desta semana em Barcelona.
Depois, serão duas semanas de intenso trabalho na fábrica para correr para tirar a desvantagem até a corrida de Melbourne. Não é difícil e os alemães já reagiram outras vezes com a mesma velocidade que mostram na pista. Por isso, ainda é cedo para decretar o fim da era Mercedes na F1. Mas parece cada dia mais real a expectativa de uma temporada mais equilibrada em 2019.
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