10/09/2019 - Rodrigo França / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Na Indy, a vitória nas 500 Milhas é o equivalente a um campeonato. No Mundial de Endurance (WEC), seria como nas 24 Horas de Le Mans. Na F1, para algumas escuderias, esta vitória especial poderia vir até nas ruas de Monte Carlo, mas para Ferrari, o templo sagrado é mesmo Monza. Se os 200 mil torcedores que lotam o autódromo localizado na Grande Milão viram o carro vermelho cruzar a linha de chegada em primeiro, então tudo está devidamente perdoado.
É como no futebol com times em crise – vencendo um clássico, como Corinthians e Palmeiras, dá segurança ao técnico (pelo menos até o final do ano). Presente no GP da Itália de F1 em 2019, a reportagem de iCarros ouviu da fanática torcida italiana: “Binotto, Binotto...”. Isso mesmo, os torcedores exaltaram o chefe da equipe que até duas semanas atrás era considerado carta fora do baralho para a próxima temporada.
Mas a esperada reação da Ferrari em circuitos velozes foi confirmada. Primeiro, com a primeira vitória de Charles Leclerc na F1, ainda que um pouco ofuscada por conta da tragédia do dia anterior com a morte do piloto francês Anthoine Hubert na categoria preliminar, a F2. Em Spa-Francorchamps, Hamilton avisou: será difícil segurar a Ferrari em Monza.
Confusão na luta pela pole
De fato, o domínio da equipe italiana se estabeleceu desde os primeiros treinos. Na classificação, em uma das cenas mais bizarras dos últimos anos, ninguém conseguiu uma segunda volta no Q2 enquanto todos esperavam pegar o vácuo nas longas retas em Monza. Há quem diga que o clima azedou entre os pilotos da Ferrari – já que Leclerc acabou com a pole e Sebastian Vettel ficou apenas em quarto.
O alemão, por sinal, teve um final de semana para ser esquecido em Monza. A rivalidade com o companheiro de equipe nunca esteve tão em evidência - e até mesmo Hamilton provocou Leclerc na coletiva dizendo que “na Itália as coisas são assim”, sobre a não punição de Leclerc por uma manobra de defesa do monegasco em cima do piloto da Mercedes.
Exagero, claro, de Hamilton – afinal, são os pilotos mesmo que pedem para os comissários deixarem a corrida mais livre, sem tantas regras. Mas as decisões em Monza sempre podem lembrar a Libertadores com os times argentinos jogando em La Bombonera lotado.
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Agora é esperar para ver até onde vai a reação da Ferrari. Ao contrário dos dois últimos GPs, a sequência não será de alta velocidade, como Spa e Monza. A próxima corrida é em Cingapura, onde Hamilton tem ótimo retrospecto e um circuito de rua onde a Ferrari não terá seu forte – a incrível velocidade nas retas.
Isso agora não importa: serão duas semanas de euforia para os torcedores da Ferrari. E quem diria que o monegasco Charles Leclerc teria que concordar: não é o GP de Mônaco que vale um campeonato na F1. É o da Itália em Monza quando se é piloto da Ferrari.
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