05/08/2019 - Texto: Rodrigo França / Foto: Dan Mullan/Getty Images / Fonte: iCarros
Mas o torcedor que acompanhou as últimas quatro provas da temporada sabe que, na verdade, a F1 vive seu melhor momento nos últimos anos. Os GPs na Inglaterra, Áustria, Alemanha e Hungria foram marcados por emoção até a volta final, com disputa direta pela liderança e com alguns dos melhores pilotos de todos os tempos brigando diretamente pelo pódio.
No último domingo, em Budapeste, Hamilton só conseguiu superar o pole position Max Verstappen porque sua equipe ousou com uma arriscada estratégia de uma parada extra. Com pneus mais novos no final, o inglês conseguiu tirar a diferença de quase 20 segundos contra o piloto da Red Bull e executou com perfeição a manobra na curva 1, mesmo com Max defendendo o lado de dentro.
Houve quem, inclusive, se lembrasse de outro piloto que fez uma manobra parecida há 33 anos: Piquet sobre Senna em 1986, naquela ultrapassagem que é considerada a melhor de todos os tempos (a diferença, claro, é que o brasileiro teve que segurar o carro em uma espécie de drift, dada a dificuldade natural dos carros com motor turbo na F1 dos anos 1980).
Enquanto Valtteri Bottas sofre para acompanhar seu companheiro de equipe na Mercedes, o campeonato mundial deve agradecer a Verstappen. Além de provocar uma reação eufórica da torcida holandesa, que vem lotando todos os autódromos europeus de laranja, Max mostrou que o problema na F1 não é o domínio de uma única equipe – e sim de um único piloto.
Se já houver um duelo direto pela vitória, a emoção está de volta – e a melhora da Red Bull e do motor Honda nas últimas etapas mostra isso.
Tanto que Verstappen acumulou mais pontos que o líder do campeonato nestes últimos 4 GPs. É precoce dizer que vai disputar o título, mas vale lembrar que a F1 entra em férias agora e só volta às pistas em setembro para mais nove corridas – ou seja, ainda há muito chão na temporada 2019.
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As próximas etapas serão em Spa-Francorchamps e Monza, duas pistas clássicas e de alta velocidade, onde se espera a melhora da Ferrari. Depois de dominar a pré-temporada e decepcionar nos primeiros GPs do ano, espera-se que Sebastian Vettel e Charles Leclerc também comecem a protagonizar alguns dos momentos emocionantes que a F1 vive em 2019.
Já os coadjuvantes Bottas e Pierre Gasly estão mais ameaçados do que nunca. O finlandês tem o piloto de testes Esteban Ocon pronto para assumir o cockpit em 2020. Algumas especulações foram até mais longe e já se falou até em Max Verstappen ao lado de Hamilton. Em entrevistas separadas, os dois admitiram que poderiam encarar o desafio.
Com tantas mudanças à frente na F1, especialmente em 2021, quando os carros sofrerão uma nova revolução de regulamento, não é de se duvidar de um duelo cada vez mais intenso entre os dois. De um lado, Hamilton, que caminha para ser o melhor de todos os tempos – nem que seja em termos estatísticos. Do outro, Verstappen, cujo talento precoce, ousadia nas ultrapassagens e talento na chuva já renderam comparações com o ídolo de Hamilton, Ayrton Senna.
Seja na mesma equipe ou liderando times rivais, Hamilton e Verstappen mostram que o caminho da F1 para dias melhores passa por uma única receita: valorizar o talento.
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