11/12/2020 - Rodrigo França e Luiz Felipe Chaguri / Fotos: Divulgação RF1 / Fonte: iCarros
A organização do Dakar, maior prova de rally do mundo, já anunciou os detalhes do roteiro da edição de 2021, que acontecerá entre os dias 3 e 15 de janeiro, na Arábia Saudita.
Serão 4262 km cronometrados nas famosas “especiais” e 10 cidades no total. Em sua nona participação no Dakar, o experiente Guiga Spinelli falou sobre os traçados desafiadores da competição.
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“Estamos muito animados para essa edição do Dakar. Serão dias intensos como padrão do Dakar, embora agora em um país e continente novo para nós. O roteiro com certeza foi muito bem estudado pela organização e daremos literalmente uma volta pela Arábia Saudita, já que a chegada também será em Jedá. Será uma honra correr mais uma vez no maior rali do mundo”, diz Guiga, que é patrocinado por BR Distribuidora com a marca Lubrax, iCarros, XP Investimentos, Fairfax Seguradora, Protune, W. Truffi Blindados e Dacar Motorsports.
Roteiro mais técnico
Após a largada em Jedá, o Dakar 2021 ainda passará por outras nove regiões: Bisha, Wadi Al Dawasir, Riad, Buraydah, Ha’il, Sakaka, Neom, AlUla e Yanbu. No dia 15 de janeiro, a chegada será também em Jedá, finalizando os mais de 7.000 km ao longo dos 12 dias programados.
Pentacampeão do Sertões, maior rally das Américas, Spinelli também comparou os trechos escolhidos pelo Dakar com as competições sul-americanas.
“Comparando com os ralis que fiz na América do Sul, as maiores especiais desse Dakar serão um pouco mais curtas em quilometragem do que as maiores da América do Sul”, disse Guiga.
“Esse ano a organização buscou um roteiro mais técnico e tentou evitar grandes trechos de velocidade final. Mesmo não sendo tão longas quanto já foram as maiores da América do Sul, provavelmente elas serão demoradas. Na prática, a exigência para dupla e o carro acaba sendo semelhante ou até pior, já que quilometragens menores podem ser mais duras, exigentes e difíceis que as maiores”, diz Guiga.
O pentacampeão do Sertões correrá mais uma vez ao lado do navegador Youssef Haddad na categoria carros. No mês passado, inclusive, ambos anunciaram que participarão do Dakar em 2021 com a vitoriosa equipe X-raid, que acumula cinco títulos na maior prova off road do mundo e diversos títulos mundiais.
“É um Dakar 100% novo, nunca dizemos nada parecido, pois todas as edições que fizemos foram na América do Sul. Na Arábia é uma prova totalmente nova, intercalando estradas de terra, dunas e pedras, o que aliás torna o furo de pneu um problema constante no deserto. E como todo Dakar, é uma prova de velocidade, mas sobretudo endurance, de resistência. É uma prova longa, de média de trecho cronometrado acima de 400 km por dia. Sem dúvida o maior desafio é concluir a prova e terminar todos os dias. E quando você supera este desafio acaba fechando o Dakar bem classificado”, diz Youssef.
Importantes nomes do rally
A equipe Mini All4 Racing também conta com dois dos maiores nomes da história do rally: Stefan Peterhansel, recordista de vitórias no Dakar, e Carlos Sainz, ícone do WRC, mundial de rally, atual campeão e pai do piloto de F1.
“É uma honra para nós dividir espaço com esses grandes nomes do nosso esporte. O Mini All4 Racing está comemorando 10 anos de que foi lançado, é um carro bem confiável com índices impressionantes de provas finalizadas, então estamos bem animados com a equipe para termos um bom resultado”, completa Guiga.
Protocolo rígido
O Dakar 2021, assim como outras competições ao redor do mundo, terá um protocolo diferenciado por conta da pandemia do novo coronavírus.
Os competidores serão testados para a COVID-19 antes de chegar à Arábia Saudita, terão uma quarentena de 48 horas obrigatória e serão obrigados a manter o distanciamento nos acampamentos.
“Teremos um protocolo bem rígido e o roteiro é variado, com presença de dunas em diferentes dias e variando de extensão os trechos delas, sendo o maior dia com 100 km de dunas consecutivas. Vamos ter que enfrentar muitas pedras, trechos bem técnicos e sinuosos. Vamos tentar fazer um rally limpo, sem perder muito tempo com atoladas em areia ou navegação. Teremos dois dias na mesma base, que a equipe sai e volta para o mesmo lugar, e temos um dia de etapa maratona, onde a nossa equipe não poderá fazer manutenção no carro, somente piloto e navegador podem mexer nos veículos. Dakar é sempre um enorme desafio, mas estamos prontos para enfrentá-lo”, diz Guiga.
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