21/03/2019 - Rodrigo França e Luiz Felipe Chaguri / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
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É bem verdade que a primeira corrida oficial da Indy no Circuito das Américas será neste final de semana, mas a diferença chamou a atenção dos fãs de automobilismo. A pole de Hamilton no COTA em 2018 foi de 1min32s237, enquanto Colton Herta foi o mais rápido da pré-temporada da Indy após dois dias de treinos com o tempo de 1m46s625.
Vale lembrar que o peso do Indy é ligeiramente maior (ambos na casa dos 730 a 750 kgs), mas tem potência de cerca de 600 cavalos nos circuitos mistos, enquanto na F1 os números não são divulgados, mas são estimados entre 800 até 1.000 cavalos de potência.
A Indy possui apenas dois pilotos brasileiros no grid para sua primeira corrida da história no Circuito das Américas: Matheus Leist, piloto revelação de 20 anos, e Tony Kanaan, campeão das 500 Milhas de Indianápolis de 2013, com 44 anos. Ambos são companheiros de equipe na AJ Foyt e são chefiados por Larry Foyt, que acredita não haver motivos para fãs diminuirem a Indy por conta das diferenças de tempo com a F1.
“Você não pode comparar as duas categorias porque elas são completamente diferentes. Nossos carros são construídos para corridas em ovais, enquanto os carros de lá (da F1) são feitos para terem mais velocidade nas curvas. É diferente quando estamos montando um carro específico para resistir aos impactos de Indianápolis", diz Larry, lembrando que os carros da categoria norte-americana podem superar 400 km/h e precisam aguentar forte impactos contra os muros em caso de acidente no oval.
"Os carros da F1 são muito seguros também, mas é completamente diferente, então não acho que seja comparável. O que precisamos olhar é o quanto é bom o carro da Indy. É ótimo ver que nas nossas corridas praticamente qualquer carro tem chance de ter sucesso e o mesmo você não pode dizer da F1. Eu acho que é por isso que a Indy é realmente uma categoria bem sucedida”, completa Larry.
Com a prova da Indy neste final de semana, duas das principais categorias do esporte a motor voltam a andar no mesmo autódromo na mesma temporada após 12 anos. A última vez que isso aconteceu foi em 2007, quando a F1 foi sede do GP de Indianápolis no circuito misto e a Indy recebeu a tradicional 500 Milhas no traçado oval. Atualmente, a Indy corre em uma pista mista em Indianápolis (também em maio, duas semanas antes da Indy-500), mas também se trata de um traçado diferente.
Piloto da Foyt, Matheus Leist, inclusive, já venceu a preliminar das 500 Milhas de Indianápolis quando ainda competia na Indy Lights em 2017. O piloto também teve passagem vencedora pela Europa em 2016 ao ser campeão da F3 Inglesa, ano em que teve vários duelos e dividiu pódios com Lando Norris, piloto que atualmente é da McLaren na F1. Por ter passado pelo automobilismo nos EUA e na Europa, Leist acredita que o esporte a motor americano é uma boa oportunidade para pilotos que não possuem um patrocinador de grande investimento.
"Existem muitos pilotos brasileiros que hoje buscam começar o automobilismo nos Estados Unidos. É o que está acontecendo com o meu irmão (Arthur Leist), o Dudu Barrichello (filho de Rubens Barrichello) e alguns outros. Eu guiei na Europa e sei que é difícil chegar na F1 se você não tiver um grande apoio financeiro por trás, além, é claro, de um carro competitivo. Confesso que sou um piloto muito feliz hoje na Indy, mas respeito muito todos que seguem na Europa buscando o sonho de chega na F1", revela Leist.
Confira outras pistas que receberam a F1 e a Indy nas mesmas temporadas:
- Watkins Glen - recebeu a F1 e Indy em 1979 e 1980
- Indianápolis - recebeu a F1 e a Indy entre 2000 e 2007
- Montreal - recebeu a F1 e Indy entre 2002 e 2006* (incluindo CART e Champ Car)
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