A Renault aprendeu com Kwid e Sandero Stepway que visual aventureiro vende. Por isso ela optou por ir um pouco além com o Kwid Outsider, versão aventureira do hatch subscompacto que já nasceu com essa pegada. Por R$ 43.990, ele se situa agora como a versão topo de linha do modelo mais barato da Renault.
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Laranja
Não foram feitas alterações mecânicas no Kwid Outsider quando comparado ao modelo regular. O motor continua o mesmo 1.0 SCe de 70 cv e 10 kgfm de torque associado à transmissão manual de cinco marchas. Sua suspensão, que já é elevada nos Kwid Life, Zen e Intense, continua igual no Outsider.
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Aqui as mudanças são apenas no visual. Ele ganhou para-choques com estilo mais robusto, entradas de ar maiores, detalhes em cinza, borrachão na lateral, rack de teto e calotas de 14 polegadas pintadas em preto. Por dentro, detalhes em laranja nas portas, volante, manopla de câmbio e em parte dos bancos, que recebem revestimento de Neoprene.
Jeito Kwid
Dinamicamente continua o reconhecido Kwid de sempre. O modelo foi feito para ser barato, e não esconde isso na hora de dirigir. O motor 1.0 SCe usa de toda sua força boa parte do tempo, bastou um toque um pouco mais forte do acelerador para que ele comece a embalar. Para situações urbanas, ele se dá bem, mas fica bem ali no limite.
O Kwid Outsider conseguiu superar uma ladeira com quatro pessoas de mais de 90kg dentro dele, mas não sem subir demais a rotação e, por pouco, não pedir arrego. Superada a ladeira, ele se mostrou ágil, com direção leve e de respostas prontas, com destaque para seu diâmetro diminuto.
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Com suspensão de curso longo e macia, ele dobra nas curvas com facilidade e chacoalha em buracos. Os pneus finos não ajudam muito nessa. Já a transmissão tem engates borrachudos e um tanto quanto duros, ao passo que a embreagem é bastante leve e facilmente modulável. Com relações curtas, ele pede trocas de marcha o tempo todo, mas é uma estratégia que ajuda a fazer o motor SCe trabalhar melhor.
SUVzinho?
Por mais que a Renault o trate como o SUV dos compactos, o Kwid na verdade é um subcompacto que traz algumas influencias dos utilitários esportivos. Essa pegada é vista na posição de dirigir elevada, área envidraçada generosa e no raríssimo fato de ser possível ver seu capô do banco do motorista.
O posto de comando é elevado e não permite ajustes, já que o banco não tem regulagem de altura, assim como o volante que é fixo. Pessoas altas podem não se sentir tão à vontade no modelo, mas nada que torne a condução desconfortável.
Como o espaço interno é mais comedido do que em um hatch compacto por conta de suas dimensões reduzidas, levar quatro pessoas é o limite do Kwid Outsider. Já os materiais usados na cabine são justos para sua proposta de preço. Nada muito refinado, nem pobre demais. Todas as superfícies são de plástico duro, mas com qualidade condizente ao que a Renault cobra por ele.
A versão Outsider tenta deixar a cabine do Kwid especial, adicionando detalhes em laranja nas portas, bancos, manopla de câmbio e volante. Apesar do tom chamativo, ele está bem empregado, sem ser enjoativo. Já os bancos com partes em tecido Neoprene, o mesmo usado por mergulhadores e surfistas, é truque comum entre os aventureiros.
Conclusão
A Renault cobra pelo Kwid Outsider exatos R$ 2.100 a mais que a versão Intense. A não ser que você faça absoluta questão do visual mais aventureiro do Outsider, já que o Kwid tradicional já tem essa pegada, o Intense entrega tudo que o subcompacto tem a oferecer. Ambos vêm com a mesma boa lista de equipamentos, incluindo itens como central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay, câmera de ré, ar-condicionado e retrovisores elétricos.
Comparativamente ao Fiat Mobi Way, seu rival direto, o Kwid Outsider é pouco mais caro, mas entrega uma lista de itens de série visivelmente mais generosa. Assim, o aventureiro da Renault é para aqueles que buscam pouco custo, mas ainda querem equipamentos e um diferencial visual.
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