28/06/2018 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
A Volvo é uma nova entrante no segmento de SUVs compactos premium e, para conseguir tal marco, desenvolveu uma plataforma inédita em parceria com a Geely, marca chinesa dona da Volvo. O resultado é o XC40, um carro que tem tudo que os outros Volvo têm, mas em uma embalagem menor. Testamos a versão mais cara, R-Design de R$ 214.950, que já traz a tecnologia de condução semi-autônoma, para ver esse novo capítulo da marca.
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Itens de série
Desde a versão de entrada, o Volvo XC40 vem equipado com frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa, sistema que evita trafegar na faixa oposta acima de 65 km/h, assistente de partida em rampa, controle de tração e estabilidade, painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, central multimídia de 9 polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado digital, banco do motorista com regulagem elétrica, faróis full-LED, piloto automático, sensor de ré e sensor de chuva.
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Nessa versão mais cara, agrega ainda carregamento de celular por indução, ar-condicionado de duas zonas, partida sem chave, seletor de modo de condução, câmera de ré, retrovisores anti-ofuscantes, teto pintado em preto, sistema de som Harman Kardon de 600W, GPS Pro, sistema de leitura de placas, teto solar panorâmico, banco do passageiro com ajuste elétrico, porta-malas com abertura elétrica, troca de marcha no volante, piloto automático adaptativo e sensor de estacionamento dianteiro. Há também o Intelisafe, que agrega todos os assistentes de condução para oferecer um sistema de condução semi-autônoma.
Ficha técnica
No Brasil o XC40 R-Design é oferecido com o motor gasolina 2.0 quatro cilindros turbo gerando 252 cv de potência e 35,7 kgfm de torque. O câmbio é sempre automático de oito marchas e a tração é integral.
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Com 4,42 m de comprimento, 1,86 m de largura, 1,65 m de altura e entre-eixos de 2,70 m, o Volvo XC40 é um dos maiores SUVs compactos do segmento. O modelo é construído sobre a plataforma CMA desenvolvida em parceria com a Geely e que dará origem e novos modelos da marca sueca. O porta-malas é de 460 litros.
Revisão com preço fixo
Carro premium também pode ter revisão de preço fixo que nem carros de entrada? A marca pensa que sim e, para o XC40, oferece as sete primeiras revisões do XC40 com preço fixo. Segundo a marca, são feitas revisões completas a cada 20 mil km ou um ano (o que ocorrer primeiro), com trocas de óleo preventivas intermediárias entre elas. As trocas de óleo são aos 10 mil km, 30 mil km e 60 mil km durante os primeiros anos, custando ao dono do SUV R$ 899 cada.
Já as revisões variam de acordo com a quilometragem: R$ 1.799 para a de 20 mil km ou 1 ano, R$ 2.299 para a de R$ 40 mil km ou 2 anos e R$ 3.399 para a de 60 mil km ou 3 anos. Há ainda opção de esticar a garantia por um ano, totalizando quatro anos sem limite de quilometragem, pelo valor de R$ 2.990. O serviço Volvo on Call está incluso na extensão de garantia. Há planejamento de revisões de custo fixo até os 150 mil km rodados.
Como anda?
O mais interessante dos carros da Volvo é que eles sempre oferecem um olhar diferente sobre o objeto carro. Em terras de SUVs grandes e de visual agressivo, os XC60 e XC90, ofercem uma alternativa elegante. Com o XC40 não foi diferente. De silhueta ele é um pouco quadradinho, com a frente alta e tem linhas que o identificam de longe. Você o vê de longe na rua (e muitas pessoas que cruzaram com o carro o fizeram mesmo). É difícil confundi-lo com outro SUV.
Por dentro, mais soluções inusitadas. Para a Volvo, há um pensamento no design sueco de que nada pode ser bonito se não for funcional. E é isso que o XC40 entrega. As soluções são bem diferenciadas, para não dizer inusitadas mesmo. Os alto-falantes dianteiros, por exemplo, não ficam na porta. Eles ficaram acomodados sob o painel e o som se propaga por saídas do ar, como o ar-condicionado.
Outro detalhe que demonstrou o cuidado da marca com a cabine são os painéis de porta forrados em couro no encosto e na parte mais alta, mas acarpetado perto da maçaneta e nos porta-objetos. Além de agradáveis ao toque dão uma impressão de ambiente mais aconchegante, além de evitar barulhos de coisas rolando soltas. Até mesmo o divisor do assoalho do porta-malas, que poderia ser apenas um tampão de fundo falso, dobra-se e revela ganchos para acomodar sacolas de compra, evitando suas movimentações com o carro andando. Inteligente, diferente e elegante.
A cabine é ampla e espaçosa, sendo facilmente encontrada uma boa posição para guiar. Atrás, até dois passageiros viajam com conforto e direito a saída de ar-condicionado. Há cintos de três pontos e encostos de cabeça para todos. No entanto, três adultos no banco traseiro acabam se apertando um pouco, pois o modelo não é tão largo quanto os irmãos maiores.
Dirigindo o carro, nem parece que o XC40 roda com uma plataforma nova, a CMA, que dará origem aos novos carros compactos da Volvo e da Geely. O menor SUV da marca roda como os maiores. Silencioso e confortável, mas é um pouco mais firme por ser menor e mais leve, mas não consigo falar que o XC40 cansa, pelo contrário. Rodar na estrada o dia inteiro a 120 km/h parece ser um de seus objetivos.
O motor 2.0 entrega muito torque cedo, então raramente o câmbio faz trocas de marcha depois das 2.000 rpm. Assim, quase não se ouve o propulsor em funcionamento. O câmbio é suave na operação e esperto de programação, pois o motorista percebe que não poderia fazer uma troca ou redução mais ideal do que aquela que a caixa estava fazendo automaticamente.
Mesmo quando chegam as curvas, o Volvo rola pouco e passa muita segurança para quem dirige, até demais. É muito fácil ultrapassar o limite de velocidade se você não ficar atento ao velocímetro. No entanto, com as rodas de 20 polegadas da versão R-Design, o rodar fica um pouco firme em terrenos acidentados, o que é praticamente 90% de nossas ruas.
E mesmo se você não estiver muito atento, a maior parte dos sistemas autônomos de segurança dos Volvo maiores estão presentes também em todas as versões. Fica apenas um porém para o assistente de mudança de faixa, que insiste em se manter muito no meio das faixas, o que não agrada muito os motoqueiros, e deixa o volante firme, parecendo que há um calo.
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