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Volkswagen Nivus ou Fiat Fastback? Disputa de SUVs cupês

Modelos que fogem do mais comum de seu segmento, os dois têm personalidades diferentes. O que cada um tem de melhor?

23/01/2023 - Henrique Koifman/ RF1 / Foto: Henrique Koifman / Fonte: iCarros

Dois esportivos utilitários com desenho arrojado e um pouco “fora da curva” – ou melhor, dos ângulos retos – VW Nivus e Fiat Fastback concorrem solitariamente (pelo menos por enquanto) em uma subcategoria específica. Nesta matéria, falamos – e comparamos – os dois rivais.  

No disputadíssimo segmento dos SUVs compactos no Brasil, o VW Nivus e o Fiat Fastback se destacam por – e perdão por dizer o óbvio – serem diferentes. Enquanto todos os outros são modelos de dois volumes clássico, eles têm carrocerias em estilo cupê. 

Em comum, ambos os modelos têm em sua origem outros SUVs, por coincidência, os primeiros que que suas marcas produziram aqui no Brasil. No caso do Nivus, o “padrinho” é o T-Cross (lançado em 2019); no do Fastback, o Pulse (de 2021). 

Por conta da descendência, os dois também compartilham com seus parentes diretos plataformas, bases mecânicas e várias partes de suas carrocerias – como portas, grade dianteira e outras – e quase tudo em termos de desenho interno, painel e acabamento. Original, mesmo, é o tal perfil cupê. 

Com ele, mais do que simplesmente serem diferentes da maioria e terem um apelo visual mais esportivo, porém, esses dois rivais apresentam outra característica peculiar e bem interessante: um espaço comparativamente maior para bagagens no porta-malas, com acesso bem facilitado, também. 

Um e outro: 

Mecânica e desempenho 

Nas fotos desta matéria, mostramos as duas versões topo de linha desses modelos – a Highline do Nivus e a Limited Limited edition by Abarth do Fastback. De cara, essa é uma diferença marcante entre os dois: enquanto o VW conta apenas com um tipo de motor, o Fiat tem dois. Comecemos por isso. 

No Nivus, tanto nesta versão Highline – como na Comfortline, a outra disponível atualmente, o  motor é o 1.0 TSI (turbo) flex de três cilindros, de até 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, que se não proporciona uma performance tão esportiva quanto seu desejo possa sugerir, dá conta do recado até com alguma sobra. 

No Fastback, há uma opção equivalente no motor 1.0 GSE Turbo, também de três cilindros, que gera até 130 cv de potência e os mesmos 20,4 kgfm de torque. Nessa configuração, a maior diferença está no câmbio, que é automático tradicional com seis marchas no VW e CVT, simulando sete no Fiat. 

De um modo geral, mesmo com motor 1.0 e câmbio CVT, o Fiat demonstra um comportamento mais rascante e, digamos, emotivo. Algo que se acentua quando a simpática tecla vermelha com um escorpião desenha, no volante, é apertada, o giro do motor sobe e a direção elétrica se enrijece. 

Na versão “by Abarth”, 1.3 de 185 cv, então, o tal botão promove quase que uma transformação daquelas de Dr. Jeckill para Mr. Hyde, de médico para monstro, e as acelerações ganham pimenta vermelha.  

O curioso é que a suspensão (mais durinha) do Nivus e sua maior precisão no manejo fecham mais com a ideia de um esportivo que as maiores maciez e oscilações do Fastback – que nem por isso perde em estabilidade e comportamento neutro nas curvas. 

Antes de ir adiante, é fundamental mencionar que, com o “motorzão” 1.3 – o mesmo que equipa a picape Toro e os primos Jeep, Renegade, Compass e Commander –, o Fastback sai hoje por a partir de R$ 158.490. O Nivus Highline custa R$ 141.890.  

Numa comparação mais próxima, a versão Impetus 1.0 do Fastback – que tem virtualmente os mesmos equipamentos dessa série limitada e, como mencionamos, desempenho mais parelho –, vale R$ 145.490 na página da montadora (preços para São Paulo).  

Com essa configuração 1.0, o Fastback leva ligeira vantagem na aceleração, fazendo de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos, contra os 10,1 do Nivus. Diferença que cresce muito quando sob o capô o Fiat traz o motor 1.3 GSE turbo flex de quatro cilindros, até 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. 

Neste caso, o Fastback conta com uma caixa de marchas automática de seis velocidades parecida com a do Nivus e acelera de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos*.  

Mas se perde no desempenho, o Nivus chega mais longe no consumo: com gasolina, roda 12,1 km/litro na cidade e 14,2 km/litro na estrada. Com o mesmo combustível, o Fastback 1.0 faz por litro 11,3 km na cidade e 13,9 km na estrada, enquanto o apimentado Abarth 1.3 faz 11,3 e 13,6 km, respectivamente. 

(*) todos os dados apresentados são os fornecidos pelos fabricantes. 

Forma e conteúdo 

Embora sejam ambos SUVs cupês, o estilo de nossos dois personagens é bem diferente. Enquanto o Nivus tem uma aparência mais sóbria, em que o arrojo é mais discreto do que a harmonia, o Fastback é mais extravagante e, hum, voluptuoso. E é também 16 cm maior. 

Esse tantinho a mais se reflete na sensação de espaço, um pouco maior dentro do Fastback, embora no papel, o Nivus tenha um entre-eixos maior (2,57 m contra 2,53 m) e, principalmente, na capacidade em litros do porta-malas: 516 contra 415. 

O Fiat tem também rodas maiores – de 18 polegadas, contra as de 17 do Volks –, embora em ambos os projetos elas preencham um espaço visual equivalente, destacado pelas molduras de plástico escuro que as contornam nas caixas dos para-lamas. 

No interior, a diferença de estilos mais uma vez reflete suas origens e marcas. No VW, tal como em quase toda a linha, a pegada é mais minimalista, com painel digital de instrumentos e central de multimídia se integrando horizontalmente no tablier, sem contrastes marcantes de texturas e cores. 

No Fiat, embora seja um pouco mais simples, o painel de instrumentos, também digital, tem uma pegada mais instigante. Ele muda de cor, para vermelho, por exemplo, quando a tecla sport é acionada no volante. E a central multimídia tem tela do tipo flutuante, destacando-se do painel. 

O jeito “certinho” do Nivus, no entanto, também se traduz em uma ergonomia um pouco superior, com mais facilidade de acesso para ajustes e comandos mais intuitivos. No Fastback, a largura exagerada do console entre os bancos faz com que o acesso ao engate do cinto seja mais difícil, por exemplo. 

Os dois rivais se equivalem na qualidade de bancos e suas forrações, ambas em couro, belos desenhos e com ótima sensação ao contato. O isolamento da cabine também é equivalente, mas o Nivus é, no geral, ligeiramente mais silencioso. 

Em termos de recursos e conectividade, a multimídia do VW leva vantagem (e tem respostas mais rápidas, também), embora não tenha um navegador (GPS) “residente” como o rival – que, aliás, é ótimo e dá as condições de trânsito e orientações atualizadas em tempo real. 

No que diz respeito à segurança, o Nivus larga na frente com seis airbags, contra apenas quatro do Fastback. Ambos contam com recursos hoje básicos como controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, e também frenagem autônoma de emergência e aviso de ponto cego. 

Os dois têm também controle automático de faróis altos – que nos dois, aliás, são de LED – e luzes dianteiras que se acendem em curvas e manobras, além de sensores de estacionamento na frente e atrás e a providencial câmera de ré.  

Mas, enquanto só o Fiat tem alerta de mudança de faixa com atuação sobre o volante, só o rival traz sistema adaptativo no piloto automático, bloqueio de diferencial eletrônico (como parte do sistema de estabilidade) e é capaz de detectar – e avisar sobre – o cansaço do motorista. 

E então? 

Embora sejam concorrentes diretos em um mesmo – e pequeno – subsegmento, Nivus e Fastback são carros bem distintos. Em comum, têm a não muito comum combinação de espaço (principalmente para bagagens) e praticidade com um estilo mais esportivo. 

Comparando seus desempenhos, ao menos enquanto a Volkswagen não lançar uma versão do Nivus com motor mais forte (quem sabe um GTS 1.4 TSI?), a balança despenca para o lado do Fastback (especialmente o Abarth) que, embora consumindo mais combustível, entrega muito mais emoção. 

O modelo da Fiat também leva vantagem em espaço para passageiros (pouco) e bagagens (bastante), com números que fazem que rivalize até com os sedãs compactos e não deixe lá tanta saudade das antigas peruas desse segmento. 

Por outro lado, os tais 16 cm a menos não cobram tanto em conforto para os passageiros do Nivus e tornam sua manobra em garagens mais apertadas mais fácil. Além disso, o modelo oferece um pouco mais em termos de recursos de segurança e é, de um modo geral, mais preciso e “fácil” de guiar. 

É claro que a escolha de um carro vai além da racionalidade e envolve o gosto pessoal e a empatia que desenvolvemos com determinado modelo. E, para descobrir isso, é preciso experimentar os candidatos. Mas, se fôssemos colocar essa comparação em “pontos”, pelo visto acima, o Fiat Fastback seria o vencedor.  

 

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