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Um test-drive com o Chevrolet Onix Premier 2022

Modelo tem pacote tecnológico focado em conforto, segurança e conectividade, mas perdeu liderança após pausa na produção

06/07/2021 - Henrique Koifman/ RF1 / Foto: Henrique Koifman / Fonte: iCarros

Quando a atual geração do Chevrolet Onix chegou ao mercado, em 2019, havia uma grande expectativa no ar. Afinal, àquela altura, a antiga versão do modelo – fabricada até hoje com o nome de Joy – liderava as vendas entre os hatches compactos no país. E contrariar o velho “em time que está ganhando não se mexe” exige, no mínimo, uma boa dose de coragem e autoestima. 

Em pouco tempo, porém, o que acabou acontecendo foi uma substituição no pódio e o novo assumiu o posto do antecessor, sem aparentar esforço. Guiando o modelo 2022 de sua versão topo de linha Premier por uma semana, de certa forma, dá para compreender o feito. 

Não que lhe faltem bons rivais – entre eles, os bons VW Polo, Hyundai HB20 e Fiat Argo, cada qual com bons adjetivos positivos para justificar sua compra. Mas, entre todos, este Chevrolet parece ser o que a melhor combinação de atributos consegue reunir, pelo menos entre os mais objetivos. 

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Boa pinta 

Começando pela aparência, que é ao mesmo tempo é contemporânea, algo original e amistosa. Uma boa impressão que se tem tanto nas linhas harmônicas de sua carroceria, quanto no desenho do interior, do painel aos acabamentos.  

No carro que testei, o acabamento do painel, portas e bancos dianteiros, era em marrom com algumas partes (mais macias, no caso das portas) em creme, como naqueles clássicos sapatos em duas cores, num padrão que a marca também oferece em outros modelos, como o Cruze.  

Esse charme, no entanto, é só para quem via na frente. No ambiente do banco de trás, a cor é apenas uma – incluindo aí o revestimento das portas. Como praticamente todos os modelos de sua faixa, o Onix tem boa parte de seus painéis – tanto os das portas quanto o tablier, dianteiro – moldados em plástico rígido.  

O acabamento é bom e não se notam partes desalinhadas ou rebarbas, mas em certos locais – como a tampa do depósito localizado entre os dois bancos da frente, que por seu formato sugere funcionar também como um apoio de braço –, algo acolchoado e mais agradável ao toque seria bem-vindo, especialmente em uma versão topo de linha, como a Premier. 

Mas se há alguma economia nesses detalhes, quando o assunto é itens de conforto, segurança e conectividade, o compacto da Chevrolet dá um banho. Ali estão recursos e acessórios como sistema Wi-Fi, partida sem chave (por botão), ar-condicionado digital, carregador de celular sem fio e acendimento automático de faróis e luzes diurnas de LED, e até assistente de estacionamento, entre outras várias coisas.  

O mais importante, porém, é a listinha caprichada de itens de segurança, que inclui controles de tração e estabilidade, assistente de partida em ladeiras, 6 air-bags e indicador de ponto cego nos espelhos externos. Por essas e por outras, o carro recebeu nota máxima no teste de colisão do Latin NCAP.  

Ao volante 

Dirigindo na cidade, esse Onix se mostrou ágil em manobras um pouco mais rápidas, contando com o bom torque do motor 1.0 turbinado de três cilindros. Com álcool, ele fornece bons 16,8 kgfm de torque, já a partir de baixa rotação. Assim, o carro ganha velocidade sem precisar de muito acelerador – o que gera economia de combustível.  

Num breve trecho de estrada, em bom asfalto, mantive tranquilos 100, 110 km/h (o permitido) com poucos giros e ruído, em total clima zen. As ultrapassagens e retomadas de velocidade foram vigorosas e rápidas o suficiente para serem feitas com total segurança e, no computador de bordo, o consumo médio ficou nos 14,5 km/litro. Nada mau. 

Parte do mérito vai para o bom câmbio automático de seis velocidades, que se não é rápido o suficiente para tornar o desempenho do carro mais divertido, consegue aproveitar muito bem o que o motor oferece e faz trocas de modo suave. 

A ergonomia para o motorista é boa, com volante e banco permitindo a regulagem para o meu tamanho e hábitos. A suspensão é bem tradicional, com sistema MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, todos com molas helicoidais. Bem calibrada, permite que se faça as curvas com confiança e pouca inclinação da carroceria.  

O conforto é bom e o e epaço também, sendo bem razoável mesmo no banco de trás, onde o ressalto no assoalho é bem baixo e não chega a atrapalhar. Para esses passageiros da retaguarda há duas entradas USB para carregar celulares e outros gadgets. 

Isso é particularmente útil em um carro que, na prática, funciona como uma lan house ambulante: com um chip de operadora residente, é possível conectar simultaneamente até sete aparelhos (smartphones, tablets ou notebooks, por exemplo) ao sistema, que tem uma antena mais poderosa que a dos portáteis comuns. 

Freio de mão  

Como indicado lá no subtítulo deste post, o Onix perdeu a liderança em seu segmento por um motivo muito diferente do habitual: a paralisação na produção. Segundo da Chevrolet, isso ocorreu por conta da interrupção no fornecimento de componentes eletrônicos – especificamente semicondutores e módulos. 

A montadora argumenta que, em seus modelos, como o Onix, esses componentes estão relacionados a combustão (30%), sistemas de segurança (30%), sistemas de conforto & conveniência (25%), conectividade (15%) e, também, a sistemas ligados ao motor (propulsão). 

São esses componentes que permitem ao carro integrar todos sistemas de forma inteligente, fazendo com que “conversem” entre si e funcionem de forma conjunta e, ainda segundo a empresa, eles representam, hoje, 40% do custo de um veículo.  

A empresa procura contornar essa crise de fornecimento (provocada em grande parte pela pandemia) e espera voltar à produção plena o quanto antes, reiterando que não pretende eliminar ou diminuir os recursos relacionados a esses sistemas em seus modelos. 

Agora, vamos à ficha técnica do Onix Premier 2022 (dados da montadora): 

Motor: 1.0, turbo, com três cilindros, flex 

Combustível: Álcool/Gasolina 

Potência (cv):116/116 

Torque (kgfm):16,8 / 16,3 

Consumo cidade (km/l): 8,3 / 11,9 

Consumo estrada (km/l): 10,7 / 15,1 

Câmbio automático de 6 marchas (trocas manuais na alavanca) 

Tração dianteira 

Direção com assistência elétrica 

Suspensão dianteira tipo McPherson, traseira por eixo de torção 

Freios a disco (dianteira) e a tambor (traseira) 

 

Dimensões (mm): 

Altura 1.476 

Largura 1.731 

Comprimento 4.163 

Entre-eixos 2.551 

Peso 1.113 kg 

 

Capacidades: 

Tanque 44 litros 

Porta-malas 275 litros 

 

Preço: a partir de R$ 83.370

 

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