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Um test-drive com a Tracker Premier 1.2 2022

Versão topo de linha do SUV compacto da Chevrolet traz bom pacote de acessórios e é dos mais equilibrados do segmento

04/09/2021 - Henrique Koifman / RF1 / Foto: Henrique Koifman / Fonte: iCarros

Se, pelo menos no estilo, os SUVs são veículos talhados para a aventura e ambientes hostis, o Chevrolet Tracker vive um roteiro bem apropriado.

Lançado em plena pandemia, virtualmente, venceu obstáculos e, no ano passado, chegou a ocupar o primeiro lugar em vendas em seu segmento. 

Liderança que perdeu, ao menos inicialmente, por conta da paralisação na produção da fábrica da General Motors, por falta de componentes eletrônicos para usa montagem – assim como seus irmãos Onix e Onix Plus.

Agora, felizmente ao que parece, a fabricação foi retomada. 

Em relação ao modelo de lançamento, a única diferença que o topo de linha Premier traz agora é a possibilidade de se parear smartfones com Android Auto e Apple CarPlay sem fio (antes, isso só era possível por cabo).

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No mais, o carro vem com um pacote bem caprichado de recursos de conforto e segurança. 

A lista inclui alerta de colisão com frenagem automática em casos extremos, indicador de distância do carro à frente, partida por botão, start-stop, ar-condicionado digital, faróis full LED, assistência para estacionamento, seis air-bags, assistente de partida em ladeiras, controles de tração e estabilidade, sensores de chuva e crepúsculo e Wi-Fi para todos a bordo, entre outras. 

Se muitos desses recursos, no entanto, são opcionais nas versões mais em conta do Tracker, dois outros itens não são – e, creiam fazem diferença suficiente para justificar o preço mais alto.

O primeiro é o simpático teto solar panorâmico, que transforma a experiência a bordo, mudando radicalmente o astral do carro com uma sensação de amplitude muito bacana. 

O segundo é o motor 1.2 turbo de 3 cilindros, que gera até 133 cv de potência e 21 kgfm de torque. Nas demais versões, sob o capô habita o mais modesto 1.0 de 116 cv e 16,8 kgfm dos “manos” Onix.

Com ele, o carro fica bem-disposto e é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos. 

E o bom é que essa disposição toda não pesa no bolso. Conduzido sem muitos arroubos nem preguiça, medimos uma média próxima aos 13 km/l de gasolina na cidade, alternando trechos de trânsito mais pesado, relevos variados e, também vias expressas, além de um curto bate-e-volta rodoviário de uns 80 km. 

Um modelo equilibrado 

O mais interessante no Tracker é seu equilíbrio. Muito por conta do jeitão de seu câmbio automático de seis marchas, ele pode ser conduzido de modo extremamente suave, com os giros do motor mantidos abaixo dos 3 mil rpm – graças ao turbo, o torque é mais do que suficiente em giros baixos. 

E, com bancos e suspensão pensados para o conforto, roda macio e silencioso na imensa maioria das circunstâncias.

Mas, naqueles momentos em que há necessidade – ou dá coceira na sola do pé direito do motorista, é também capaz de responder prontamente, se mostrando também confiável em curvas e outras manobras mais rápidas. 

Vá lá que, para trocar manualmente as marchas, você tenha de recorrer a um botãozinho na alavanca de mudanças, não tão convidativo e que não gera respostas das mais rápidas, embora também não sejam lerdas.  

Mas, no geral, o conjunto funciona bem e afinado, proporcionando uma certa agilidade. E a posição de dirigir, embora elevada, não remete tanto aos utilitários (e minivans) como muitos carros desse tipo costumam fazer. 

Nada que o coloque na categoria de esportivos, que fique claro. Mas, para um SUV – e essa sigla geralmente implica em modelos mais altos com centro de gravidade elevado, rodas e pneus grandes, ingredientes que costumam sacrificar a estabilidade e toda a dinâmica que costuma proporcionar o tal prazer de dirigir. 

Nem parece um SUV 

Se é certo que o avanço tecnológico automotivo consegue amenizar bastante o primeiro desses dois problemas com sensores e controles, mantendo as rodas pousadas sobre o piso, guiar esses raramente vai proporcionar aquelas sensações bacanas que, digamos, um bom sedã ou hatch com a mesmíssima plataforma mecânica proporcionariam. 

É isso que acontece, por exemplo, com modelos SUV derivados como o Audi Q3 em relação ao hatch A3, o VW T-Cross em comparação com o Polo ou com os extintos Ford Ecosport e Fiesta e assim por diante.

Seria previsível que isso se repetisse com o Tracker em relação ao Onix, com o qual ele também compartilha sua base.  

Mas, que bom, não é bem assim. Ele traz boa parte dos argumentos que têm contribuído para o sucesso dos irmãos Onix hatch e sedã, em termos de conforto e desempenho, com até um pouco mais de espaço.

Com quatro a bordo e o meu banco regulado para meus 1.87m, não ouvi reclamações. 

No porta-malas, por exemplo, seus 393 litros superam competidores como o Jeep Renegade (320 litros) e o VW T-Cross (373 litros). É, espaço para bagagens não é mesmo algo “impressionante” entre os SUVs compactos. 

O acabamento interno é bem caprichado, embora empregue os onipresentes painéis de plástico duro que imperam na atual indústria automobilística. Enquanto nas portas dianteiras há partes forradas em material mais macio, nas traseiras o panorama é mais árido, mesmo.  

O painel de instrumentos é bem completo e oferece ótima leitura, mas, predominantemente analógico destoa um pouco dos concorrentes em suas versões mais caras. De digital, apenas a pequena tela central do computador de bordo.

Por outro lado, a tela da multimídia, logo ali do lado, tem bom tamanho e um sistema muito intuitivo e fácil de usar. 

No final das contas, essa versão mais completa e potente do Tracker, com preço sugerido de R$ 136.490 (no site da Chevrolet), é uma ótima opção para quem deseja o estilo de um SUV sem abrir mão do conforto, da praticidade e do prazer de dirigir de um bom carro de passeio “comum”. 

Chevrolet Tracker Premier 2021 – Ficha técnica (dados do fabricante, álcool/gasolina) 

Motor 

Dianteiro, transversal, 3 cilindros em linha, 1.2, 12 válvulas, comando duplo, turbo 

Potência: 132/133cv a 5.500 rpm 

Torque 19,4/21,4 kgfm a 2.000 rpm 

Câmbio Automático de 6 marchas; tração dianteira 

Direção Elétrica 

Suspensão: Independente, McPherson (diant.) e eixo de torção (trás) 

Freios: Discos ventilados (diant.) e eixo de torção (tras.) 

Rodas e pneus: 215/55 R17 

Dimensões (metros): Comprimento: 4,27, Largura: 1,79, Altura: 1,62, Entre-eixos: 2,57 m 

Capacidades (litros): Tanque 44, Porta-malas 393 

Peso: 1.271 kg 

Garantia de 3 anos 

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