Citroën C3 Picasso e Kia Soul
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Citroën C3 Picasso e Kia Soul
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Mal chegou e a
Citroën C3 Picasso já sabe que não terá vida fácil no acirrado mercado de minivans pequenas. O segmento é liderado pelo
Honda Fit, que já vendeu 15.618 unidades até a primeira quinzena de junho. No mesmo período, a
Fiat Idea emplacou 11.055 carros seguida de
Chevrolet Meriva com 9.744. Logo atrás do veterano monovolume da GM está o
Kia Soul, com 8.734 emplacamentos, e que virou flex recentemente. É nele que a Citroën quer chegar.
Até o estilo das minivans se parecem. As duas deixam de lado o capô inclinado dos monovolumes e fizeram frentes mais altas, próximas dos
SUVs. Dos utilitários esportivos também vieram as traseiras na vertical, deixando os carros no estilo “caixote”. Há quem diga até que o Soul não seja uma minivan, mas eis uma discussão sem fim.
Os dois se parecem no preço também. A Citroën C3 Picasso começa em R$ 47.990 na versão GL, mas, para equiparar em conteúdo, a escolhida foi a GLX que parte de R$ 50.400 e vai a R$ 51.700 com airbag duplo. A top de linha, Exclusive, custa R$ 57.400 e pode ter navegador GPS por mais R$ 2.400.
A versão GLX não tem freios ABS e as bolsas frontais são opcionais, mas tem trio elétrico, ar-condicionado, direção com assistência elétrica, mesinhas tipo aviação para o banco traseiro e CD-Player com comandos atrás do volante. As rodas são de 16 polegadas.
O Soul mais barato, o U111, sai por R$ 52.900 e tem airbag duplo de série. Tem também o ar-condicionado, direção elétrica e CD-player com entrada auxiliar, USB e iPod com comandos no volante. As rodas também são de 16 polegadas. Para ter freios ABS, só na versão U114 que custa R$ 58.900. O Soul mais caro custa R$ 65.900 e tem itens como câmera de ré, rodas de 18 polegadas, ar-condicionado digital e câmbio automático de quatro velocidades.
Comando que faz a diferençaSe o Soul é um pouco mais caro, o motor é mais potente. Apesar de os dois carros terem blocos de 1,6 litro com cabeçote de 16V, o Kia tem comando variável para admissão, o que garante potência máxima de 126 cv com gasolina e 130 cv com etanol. O Citroën chega a 110 cv (g) e 113 cv (e). O torque máximo do Kia é de 16,5 kgfm com álcool e do C3 é de 15,5 kgfm.
Na prática, os números querem dizer que o Soul anda mais. O motor responde mesmo em baixas rotações e o câmbio tem um escalonamento mais justo, além de engates mais precisos. Não que a transmissão da C3 seja ruim, mas o curso da alavanca poderia ser mais suave. E o motor também não é nada desprezível. Peca em baixas rotações, mas sabe bem puxar a minivan da Citroën.
A francesa se dá bem quando entramos na cabine. O acabamento é mais caprichado e a escolha de materiais foi mais severa. Há também maior oferta de porta-objetos. As mesinhas do tipo aviação podem ser úteis em viagens mais longas. O Soul tem o console mais próximo do motorista, com os comandos à mão. O som é integrado e possui entradas auxiliares.
Voltando à semelhança dos dois carros, chama a atenção o painel de instrumentos de cada um. São três círculos projetados com conta-giros no lado esquerdo, velocímetro no centro e indicador de combustível no lado direito. A única diferença é que, enquanto no Soul tem também o termômetro da água, no C3 é digital e concentra as informações do computador de bordo.
Outra vantagem do C3 é na capacidade do porta-malas, item fundamental para quem busca uma minivan. A Citroën leva 403 litros, enquanto o Soul fica com 340 litros. Na versão mais barata do Kia, nem o tampão está disponível, mas, quando vem, pode ser colocado em três níveis diferentes, criando divisões no bagageiro.
Veredicto de Fernando Pedroso – Os dois carros são espaçosos e possuem porta-malas medianos, não tanto aos hatchs e nem tanto às peruas. Mas atendem bem as necessidades de uma família. Mas minha preferência recai sobre o Kia Soul. O visual me agrada mais e o conjunto mecânico é superior ao da Citroën. Ficaria com o sul coreano mesmo perdendo alguns mimos típicos dos franceses.
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