Sofisticação e design: destaques do Mercedes GLC 300 Coupé

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Já virou tendência: SUVs com cara de cupê tem sido cada vez mais comuns nas ruas pelo mundo afora e, neste disputado segmento, sobretudo pelas marcas de luxo, o Mercedes GLC 300 Coupé traz o que o consumidor deste tipo de carro espera: luxo, conforto e performance. 

Ah, sim, isso tem um preço, vamos chegar nesta parte, mas primeiro vamos entender os diferenciais do modelo da Mercedes, com o qual nossa reportagem passou alguns dias antes de fazer esta avaliação que você confere aqui.

Ao contrário da maior parte dos concorrentes, que está indo para um lado bem agressivo no visual, o GLC agrada justamente por ter linhas mais suaves e atemporais, do jeito que a Mercedes gosta. 

O porte é relativamente menor que seus concorrentes. Ele mede 4,74m de comprimento e possui 2,87m de espaço entre-eixos. Porém, o destaque é mesmo a coluna C rebaixada, que dá um charme para o carro.

Este é um dos pontos mais elogiados do modelo e que sempre chama a atenção quando a gente andava na rua com ele. 

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Também roubam os olhares as novidades na frente do carro, como os faróis Full LED e a nova grade, com a estrela bem destacada no centro. Um visual mais moderno, que combina bem também com as belas rodas esportivas de 20 polegadas. 

Apesar desse porte imponente, o GLC, por conta deste caimento de teto mais pronunciado com a coluna C rebaixada, pode trazer incômodos no banco de trás para quem tem mais de 1,85m, por exemplo. 

A carroceria coupê também não permite que o porta-malas seja um diferencial – ele está na média para seu segmento, com 500 litros. Por conta do estepe obrigatório por nossa legislação, ele perde um pouco de seu volume. 

Confortável na cidade, ágil na estrada 

O motor quatro cilindros 2.0 tem 258 cv de potência e 37,7 kgfm de torque. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 240 km/h, enquanto a aceleração inicial de 0-100 km/h pode ser feita em 6,3 segundos, mostrando que esse GLC 300 Coupé tem uma boa performance. 

O interessante também é notar que ele é muito estável, com o carro tendo uma dinâmica muito boa, mesmo levando em conta suas dimensões de um SUV. Bom para quem quer luxo e conforto, mas não abre mão de um desempenho ágil. 

Na cidade, ele é bem silencioso e confortável, e na estrada pode ser bem divertido também nas retomadas e ultrapassagens, como vimos em nossa viagem pelas estradas do interior de São Paulo no período de testes, sobretudo no modo Sport Plus. 

Polêmica: o preço 

Chegou a hora de falar do ponto tão polêmico sobre o Mercedes GLC 300 Coupé: o preço.

Avaliado em R$ 540.900, ele tem um valor bem acima de seus principais adversários, incluindo outras marcas alemãs como Audi e BMW em modelos topo de linha, com diferenças superiores a R$ 100.000. 

Quando o SUV chegou ao Brasil, em 2019, ele custava R$ 362.900. Mas com a pandemia, alta do dólar e inflação, estamos falando de um aumento próximo a 50%.  

A estratégia é clara: a Mercedes quer ser mais do que uma marca de luxo. Ela vende desejos e sonhos – quem sabe embasada no amplo domínio que tem conseguido emplacar nos últimos anos na F1.

Foi assim no passado com marcas como Ferrari e Porsche e talvez a gente se acostume a ver os alemães também indo por este caminho. 

Isso fica visível pelo nível de sofisticação dentro do carro, que é realmente o grande diferencial do GLC 300 Coupé. O acabamento interno é o principal destaque da cabine com detalhes em madeira, couro, toques de costura e até alumínio.

Os ajustes de posição dos bancos podem ser feitos nas portas, trazendo facilidade e requinte – você se sente na primeira classe de um avião. 

A tela da central multimídia é de 10,25 polegadas e toda a parte touch tem boa agilidade e fácil navegação, com câmeras 360º – o alerta de ponto cego é excelente, bem como todo pacote de assistência ao motorista.

O painel de instrumentos é digital e personalizável e passa ao condutor aquela impressão de comando da nave ao seu redor de maneira muito prática e intuitiva. 

A inscrição “4 Matic” na parte traseira do carro nos lembra que esse é um modelo com tração integral, o que se mostrou muito útil no pequeno trecho de terra batida que pegamos em nosso caminho para o Circuito Panamericano (não aceleramos este carro na pista, testamos pneus com outros carros para uma reportagem, mas esta é outra história…). 

No off road, o SUV vai bem, obrigado – e a estabilidade chamou a atenção mesmo no terreno mais difícil, o que mostra que o visual coupê não é só estético, o centro de gravidade mais próximo do solo ajuda muito nas curvas.  

São muitas qualidades para um único carro e é claro que todo este conjunto cobra um preço. E, no caso do GLC 300 Coupé, é impossível ignorar este quesito – e talvez seja justamente este status que a Mercedes tanto procura em seus novos lançamentos. 

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