Range Rover Velar: show do (meio) milhão

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Range Rover Velar custa a partir de R$ 442.200 na versão HSE 380 R-Dynamic

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Modelo se situa entre o Evoque e o Sport entre os produtos Range Rover

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Largo e baixo, modelo parece ser maior do que é

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O que também é percebido na traseira

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Maçanetas se recolhem com as portas fechadas

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Todas as regulagens dos bancos dianteiros do Velar são elétricas, inclusive a do encosto de cabeça

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Três telas completam a experiência digital na cabine do Velar

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Terceira tela comanda a climatização e funções do carro

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Já a tela da central multimídia também tem regulagens elétricas

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Banco traseiro não é tão espaçoso quanto as medidas do Velar sugerem

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Mas passageiros podem desfrutar de um teto-solar panorâmico

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Há também regulagem elétrica para os bancos traseiros

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Porta-malas tem 673 litros de capacidade. Estepe sob o assoalho é integral

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Motor 3.0 V6 gera até 380 cv

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Rodas de 22 polegadas são opcionais

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Não é todo mundo que olha para a linha de produtos da Range Rover, os modelos luxuosos da Land Rover, e se pergunta: “poxa, tem um buraco aqui entre o Evoque e o Range Rover Sport”. Mas ele existe tanto em valores quanto em tamanho. Foi para esse público que quer algo maior que o Evoque, sem perder em estilo, e o luxo do Sport, mas com valores menores, que existe o Velar, avaliado aqui pelo iCarros na versão R-Dynamic HSE 380, que custa a partir de R$ 442.200. Com essas cifras, o modelo tem muito a provar.

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O que ele traz de série?

Basicamente, cerca de R$ 400 mil reais de equipamentos, sem contar os opcionais. De fábrica, o Velar das fotos traz direção com assistência elétrica, ar-condicionado automático de duas zonas com saída para os bancos traseiros, suspensão pneumática adaptativa, chave presencial, assistente de partida em rampa, sensores crepuscular e de chuva, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro com câmera de ré e sistema de baliza automática e bancos com acabamento de couro, ajustes elétricos, memória, massagem, aquecimento e resfriamento.

Em segurança, o modelo conta com monitor de ponto cego, assistente de mudança de faixa, seis airbags (dois frontais, dois laterais e os de cortina), faróis com lâmpadas de LED e controles eletrônicos de tração e estabilidade. O Velar traz ainda o Terrain Response, que adapta as respostas do carro de acordo com o terreno.

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No carro das fotos há três opcionais. O primeiro é um kit que acrescenta o teto solar elétrico, acabamentos escurecidos, head up display, um upgrade nos sistemas de controle fora de estrada e o Activity Key, uma espécie de chave presencial à prova d’água que permite ao dono deixar o carro trancado com a chave dentro para realizar atividades ao ar livre. Ele acrescenta R$ 16.500.

A cor Vermelho Firenze também é opcional e acrescenta mais R$ 3.400 ao preço final. As rodas, escurecidas de 22 polegadas de diâmetro, também opcionais, custam R$ 7.700 extras. No total, o carro das fotos sai por R$ 466.400.

Sob o capô

Empurrando os 1.884 kg da versão HSE 380 R-Dynamic do Velar está um motor 3.0 V6 a gasolina sobrealimentado por compressor de ar. O propulsor é capaz de entregar 380 cv de potência e 45,9 kgfm de torque. O câmbio é automático de oito velocidades e a tração é integral.

Confira a ficha técnica completa do Velar

Nas medidas, o Range Rover Velar tem 4,80 m de comprimento, 2,03 m de largura, 1,68 m de altura e 2,87 m de entre-eixos. O porta-malas tem uma capacidade declarada de 673 litros, apesar de ter um estepe de tamanho integral sob o assoalho. De acordo com a Land Rover, o Velar é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos, com velocidade máxima de 250 km/h.

Andando: conforto, silêncio e algumas ausências

Temos uma piada interna aqui no iCarros que diz “ninguém vê quando testamos carros 1.0 de entrada sem ar-condicionado ou sequer rádio, mas é só aparecer um carro caro para todos pedirem uma carona”. E o Velar foi um carro que nem deu para disfarçar. Vermelho, grande e largo, não deu para esconder. É um carro grande e caro que parece maior e mais caro - e não tenta disfarçar.

As proporções do SUV são mais esportivas, com o longo capô e a coluna A bem inclinada, lembrando o Range Rover Sport, mas o caimento do teto lembra mais o do Evoque. A traseira, arredondada e com uma grande faixa preta ligando as lanternas, impressiona. Mas não impressiona tanto quanto a largura do carro que, por ser mais baixo que os Range Rover grandes, parece ainda maior.

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Por dentro, tudo o que os olhos veem impressiona, desde o design elegante do painel à qualidade dos materiais empregados. As três telas (de instrumentos, multimídia e a terceira, de controle das funções do carro, bancos e ar-condicionado) também foram tema de longas explicações para incontáveis e impressionados passageiros. Mesmo elementos simples, como a regulagem elétrica da posição da tela da central multimídia, chamam a atenção.

E a visão não é o único sentido que fica impressionado a bordo do Velar. Com massagem, resfriamento e aquecimento, os bancos dianteiros do SUV são bons companheiros para horas de estrada ou de trânsito mesmo. É difícil se estressar a bordo do Velar. Quem vai atrás também pode aproveitar o teto panorâmico e o ajuste elétrico para se ajeitar melhor durante a viagem. Mesmo algo que pode parecer banal, como os encostos de cabeça dos bancos dianteiros, que obviamente possuem regulagem elétrica, têm abas laterais reguláveis, como assentos de avião.

Viagem, aliás, que será das mais silenciosas. Antes dos 2.000 rpm (faixa em que o câmbio costuma trocar de marcha) não se houve o motor, nem se percebe a atuação da transmissão. A suspensão “alisa” o asfalto e faz pouco caso até mesmo das ruas de paralelepípedo. Até o para-brisa é acústico, então, na estrada, não se houve nada. A 120 km/h o motor se mantém por volta das 2.000 rpm graças ao câmbio de oito velocidades e não gera incômodos.

Há o que apontar em um carro de quase R$ 500 mil? Sim. Um exemplo é a central multimídia que não possui espelhamento da tela de celulares, nem por Android Auto, nem por Apple CarPlay, algo que já é encontrado até em compactos de entrada. Então, ironicamente, para usar aplicativos como Google Maps ou Waze, tive que recorrer ao meu suporte de celular de R$ 20 que uso em meu Ford Ka que paguei R$ 4.000. Ou seja: tive que usar no Velar uma solução de um veículo que custa menos de 1% de seu valor. Não sei se é bom para meu Ka ou negativo para o Velar. Pensando agora, meu carro vale menos que as rodas do SUV e quase tanto quanto a pintura metálica.

O acabamento realmente impressiona onde os olhos veem, mas nas porções inferiores das portas e do console central ainda se encontra plástico rígido. No banco traseiro, o espaço para as pernas não é tão grande quanto as medidas externas sugerem.

Quanto ao consumo, ficou em 4,1 km/l em trânsito pesado, mas chegou a 10,3 km/l usando vias expressas e o modo ECO de condução. Não que alguém que vá comprar esse modelo tem como primeira preocupação o consumo. O desempenho do modelo é excepcional em aceleração, mas gostaria de ouvir mais o V6.

Conclusão

O Velar é um SUV para impressionar, tanto você mesmo quanto os que vão torcer o pescoço na rua para te ver passar. É excelente em desempenho e conforto, mas se supera mesmo no departamento visual. Não só encontrou seu espaço entre os modelos da Range Rover, como também consegue se estabelecer com propriedade entre o sóbrio e elegante Volvo XC90 e o esportivo Jaguar F-Pace.
 

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