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Qual é o melhor automático entre Onix e HB20?

Chevrolet Onix e Hyundai HB20 são duas das opções para entrar no mundo do câmbio automático de verdade

25/09/2013 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Se você procura por um hatch compacto e não abre mão (nem pé) de um descanso para a perna esquerda, há opções como o Volkswagen Gol ou Fiat Palio com transmissões automatizadas ou ainda o Renault Sandero com câmbio automático, mas sem grandes novidades para a linha 2014. Para quem quiser uma combinação entre uma novidade mais completa de série e o conforto deste tipo de equipamento, mas ainda não deseja investir num compacto premium, há o Chevrolet Onix LTZ e o Hyundai HB20 Premium. São eles que passarão pelo crivo do iCarros.

De um lado, por R$ 47.690, está o representante da Chevrolet de São Caetano do Sul (SP). De outro, o Hyundai piracicabano de R$ 50.095. Na lista de equipamentos, ambos trazem direção hidráulica, ar-condicionado, vidros elétricos nas quatro portas, airbag duplo frontal e freios com o ABS. O Onix leva vantagem no sistema de entretenimento, com o multimídia MyLink de série e, com ele, conectividade via Bluetooth e visualização de fotos e vídeos. O rádio de série do HB20 tem apenas entradas USB e auxiliar.

Quem disse que menos é mais?

Se fosse possível unir o motor 1.6 16V da Hyundai ao câmbio automático de seis marchas da Chevrolet, seria perfeito, mas a vida não é justa. Enquanto o Hyundai goza de um motor com saudáveis 128 cv rodando no etanol e 122 cv na gasolina, precisa lidar com uma transmissão de quatro velocidades, concepção antiga em tempos que câmbio com oito marchas ou de dupla embreagem são cada vez mais comuns.

Já o Chevrolet tem uma transmissão mais moderna, com seis velocidades, usada em outros modelos da marca, como o Cruze e Spin. A pegadinha aqui é o motor, uma vez que o maior bloco disponível para o Onix é o 1.4 8V SPE/4 de 106 cv com etanol e 98 cv com gasolina. A diferença de torque com o derivado da cana também é expressiva: 16,5 kgfm no HB20 contra 13,9 kgfm no Onix. O peso do Chevrolet não ajuda, pois, com 1.057 kg, tem 30 kg a mais que o HB20.

O Hyundai mostra mais disposição na arrancada graças ao maior fôlego do propulsor, mas é depois de embalado que o câmbio peca com os sinais da idade. Em retomadas, as reduções são lentas e, quando acontecem, elevam demais a rotação do motor, que tem trabalho extra para compensar as longas relações de marcha.

Já o Chevrolet não tem a mesma disposição para sair do farol, em parte, por seu torque inferior, porém, com mais marchas, não deixa a desejar no uso urbano. Nesse ambiente, as trocas são rápidas e as reduções acontecem ao menor sinal de mudança na posição do acelerador. O câmbio realiza trocas constantemente, neutralizando com sucesso os efeitos do motor menor.

Já na estrada e em velocidade máxima da via, O HB20 vai melhor, pois o 1.6 mostra mais disposição para manter embalo, sendo mais confortável na medida em que faz poucas trocas de marcha para continuar se movendo. O Onix, por outro lado, faz de tudo para não ficar para trás, mas, para manter 120 km/h, se prepare para uma sequência interminável de trocas entre quarta, quinta e sexta marchas, principalmente em vias com muitos aclives e declives. Há ainda um modo esportivo e a opção de efeturar as trocas por um botão na alavanca do Onix, o que não é muito prático, mas está à frente do HB20, que não possui nenhuma das duas opções.

Quem vê coração já viu a cara

O design do HB20 gerou furor no lançamento, em setembro de 2012, com superfícies vincadas, lembrando os irmãos maiores e mais glamorosos da Hyundai, como o i30. O Onix veio na sequência, em outubro daquele ano, mas optou por um visual mais simples, com os grandes faróis e a grade dianteira destacada. Por trás, há quem confunda o Onix com o Gol, um de seus principais rivais.

Porém, as belas linhas ascendentes do HB20 cobram seu preço na cabine. A linha de cintura alta limita o campo de visão e a área envidraçada do carro, fazendo com que o interior pareça ser menor. Algo que acontece em proporção menor no Onix. Além disso, como o Chevrolet tem linhas mais quadradas, mostra mais espaço para a cabeça que o rival no banco traseiro. Os passageiros agradecem.

Interessante notar que essa diferença na impressão de espaço entre os carros não é justificada pelos números. Ambos têm 1,5 m de altura, 1,7 m de largura, 3,9 m de comprimento e 2,5 m de entre-eixos. A única diferença está no porta-malas, onde o Onix leva 280 litros, enquanto o HB20 carrega 300 litros.

Em termos de acabamento, ambos têm os mesmos ingredientes para esse grande bolo chamado painel: plástico rígido. Porém, bem montados, não são um item que colocará um ponto de interrogação na cabeça dos interessados. Mas o Onix mescla um tacômetro analógico a um velocímetro digital, o que pode causar estranheza, mas é fácil se acostumar. O HB20 mostra a velocidade e o giro do motor por dois instrumentos analógicos.

Escolha de Thiago Moreno – essa dupla de paulistas mostram predicados suficientes para formar uma dupla sertaneja, mas como o mercado está mais para carreira solo, a escolha fica com o Chevrolet Onix, mais barato, mais bem equipado e com modernidade não só por fora, como também por baixo do capô.

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