24/09/2021 - Rodrigo França / Fotos: Divulgação e Rodrigo França / Fonte: iCarros
Se alguém acordasse de um estado de coma após estes últimos cinco anos, certamente tomaria alguns sustos com o nosso mundo atual e se impressionaria em um passeio de carro com a quantidade de Jeep Compass circulando nas principais ruas e avenidas de São Paulo, por exemplo.
Pode parecer uma brincadeira exagerada, mas os números mostram: mais de 240.000 carros já foram vendidos nos últimos cinco anos.
O modelo fabricado no Brasil, no Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE), responde por mais de 70% do mercado de SUVs médios. Com um líder de vendas tão disparado assim, a pergunta é: será que dá para melhorar o líder? Em busca da resposta, avaliamos o novo Jeep Compass na versão topo de linha, a Serie S T270 Turbo Flex AT6.
O novo motor: segredo do sucesso do novo Jeep Compass
O nome já entrega a principal mudança positiva: o motor turboflex 1.3, que entrega 185 cavalos de potência e proporciona um 0 a 100 km/h em 8,8 segundos.
Com o maior torque e maior potência, ele também conseguiu reduzir o consumo de combustível e o nível de emissões de poluentes em relação ao motor antigo, que era mais “beberrão”.
Dá para sentir bem a mudança sobretudo no modo Sport e o prazer ao dirigir é garantido para um segmento que busca trazer um pouco mais de desempenho do que um simples SUV médio – e este carro, lembre-se, está concorrendo com rivais fortes como o novo Volkswagen Taos e Toyota Corolla Cross.
Firmeza na retomada e nas ultrapassagens são garantidos com o upgrade de motor aliado ao bom rendimento do câmbio automático de seis marchas.
E se você quiser ter a sensação de mais esportividade, tem a opção de fazer a troca com as borboletas atrás do volante – o que ajuda sobretudo na condução numa estrada sinuosa, por exemplo.
Por fora, o mesmo sucesso. No interior, boas novidades
O primeiro contato do carro mostra que, no exterior, ele praticamente manteve o sucesso de seu antecessor – e este é um dos clássicos “em time que está ganhando não se mexe”.
Afinal, o design realmente é o grande diferencial que trouxe o Compass ao patamar de líder de vendas, daquele carro que se você começar a reparar na rua, vai começar a ver com muita frequência.
Mas é no interior que a gente vê a melhora da nova versão. O acabamento é refinado, com toque suave na parte interna, um novo volante que deixou o carro com cara mais exclusiva e detalhes em black piano e couro que deixam a versão Serie S, modelo que avaliamos, com um ar mais sofisticado. O teto solar, nesta versão, já vem de fábrica.
Por falar em versões do Jeep Compass, são nove ao total, sendo cinco com motor flex (gasolina e etanol) e quatro com motor a diesel, com preços variando de R$ 139.990 a R$ 216.990.
Dá para usar o Jeep Compass no off road?
Embora por fora pareça que não há nada novo, a grade é nova, com detalhes que já lembram a cara do novo Commander, que deve chegar ao Brasil ainda neste ano.
O para-choque é mais alto, até 33% maior que antes, o que proporciona um ângulo de ataque melhor. Ou seja, você vai sentir o carro passar mais fácil por valetas, garagens, sem que você raspe o fundo do carro.
Para quem vai fazer uso off road, isso é uma ótima notícia – mas lembre-se, a versão que avaliamos, Serie S, é 4x2 (as 4x4 são diesel), mas seu DNA de encarar qualquer terreno teve um incremento na versão 2022 com um novo sistema de controle de tração que aplica torque de frenagem na roda que está escorregando.
Assim, ele transfere, pelo diferencial, o torque para outra roda que esteja em contato com o piso – uma ótima notícia para encarar um terreno escorregadio, como trechos de lama. Para habilitar a função, você aciona a tecla “ASR OFF”.
Porta-malas com sensor
O espaço interno e do porta-malas é sempre um item importante no segmento SUV e ele tem números parecidos com o concorrente.
Com capacidade de 410 litros, o bacana é que na versão Serie S ele tem sensor no pé para abrir o porta-malas fazendo apenas o movimento do pé por baixo do para-choque. E tem botão para fechar também, o que é sempre bem prático.
Uma função também que se encontra na chave é a partida à distância. Aliás, tecnologia é um capítulo à parte no novo Jeep Compass.
O painel ficou mais horizontal, com tela de 10,25 polegadas. Dá pra fazer dezenas de configurações – se você gosta de deixar em maior destaque o número da velocidade do carro, por exemplo, é possível.
Tem carregador por indução, regulagem elétrica dos bancos, espelhamento para celulares Apple e Android, mas, ao contrário do Taos, que avaliamos recentemente, por exemplo, tem entrada USB “normal” (no VW era apenas do tipo USB-C) e até uma tomada 110 volts de 3 pinos no banco traseiro. Ponto para o Compass.
+ Avaliação VW Taos: dimensões maiores e muita tecnologia
O volante que corrige você
A tecnologia também de ajuda ao motorista inclui o controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem autônoma para pedestres, reconhecimento de placas e detector de fadiga e o assistente de manutenção em faixa (LDW).
Também é um importante diferencial no segmento, mas particularmente o sistema de faixa pode ser um pouco “invasivo” no começo – como ficamos só poucos dias com o carro, ainda achei que o volante dava muitas correções excessivas.
Mas vale lembrar que você pode configurar o nível de “intromissão” ao volante na bonita e intuitiva central multimídia de 10,1 polegadas. Ou até mesmo desabilitar a função (foi o meu caso).
O próprio alerta de colisão com frenagem automática (FCW) pode trazer uns pequenos sustos no começo, mas mesmo assim é um importante diferencial, pois fornece ao motorista aviso e capacidade de frenagem do veículo para evitar uma colisão iminente com um pedestre, ciclista ou motociclista.
Outra tecnologia presente que se mostra bem útil na cidade é o Auto Hold, que ajuda a trazer mais conforto em engarrafamentos e paradas longas. Com isso, você só retira o pé do pedal de freio nas condições de veículo parado, mesmo que não esteja na posição P (Parking).
Conclusão: o líder conseguiu ficar ainda melhor
Apesar de pesar por volta de 170 Kg a mais que seus rivais, o Jeep Compass entrega uma performance interessante, com uma boa resposta graças ao novo motor, e também uma posição bem confortável de dirigir, elevada o suficiente para tornar o agradável a condução.
Um grande diferencial foi o nível de silêncio a bordo e o conforto da suspensão – um dos carros que andou mais “suave” pelo desgastado asfalto paulistano nestes tempos pós-pandemia.
E todo este conforto não significa que o carro ficou menos ágil – ao contrário, o novo motor 1.3 turboflex deixou o Jeep Compass mais dinâmico e ao mesmo tempo mais econômico.
Neste incrível mundo competitivo de 2021, aquela história de que em time que está ganhando não se mexe ficou no passado – como aquele nosso personagem de 2016 do início do texto.
Se você quer continuar sendo líder, precisa melhorar sempre. E o novo Jeep Compass não poupou esforços para se manter a liderança nos próximos anos.
Confira a avaliação em vídeo:
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