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Nova Chevrolet Spin: a família agradece

Primeira grande reestilização do monovolume da nova cara e marca já chama o modelo de crossover

01/08/2018 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

A Chevrolet Spin nunca foi reconhecida pelo público por sua beleza. No entanto, com preço competitivo e entregando bons níveis de espaço interno e equipamentos para a categoria, sempre foi um bom negócio. Agora, após receber uma grande reestilização visual, a marca quer mudar essa história e já até chama o modelo de crossover. O iCarros testou uma das novidades da linha 2019, a versão Activ de sete lugares (R$ 83.490) para mostrar tudo o que ela tem.

Visual: onde morava o perigo

Antes a dianteira trazia grade frontal volumosa e faróis que se estendiam pelo capô, deixando a região alta. A nova Spin traz capô mais baixo que se prolonga até a grade frontal, que está mais larga e comprimida. Os faróis, inspirados na nova linguagem visual da marca, agora seguem a linha da lateral, enquanto o para-choque ganhou entradas de ar maiores e mais vincos. Na versão Activ, a região de plástico preto liso foi reduzida, dando mais espaço para as entradas de ar.

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A traseira é a região que mais se beneficiou das mudanças na Spin. Antigamente, a tampa traseira era grande e lisa, enquanto as lanternas ficavam apenas nas extremidades. A placa no para-choque parecia ficava em posição muito baixa. Na Spin 2019, a tampa traseira passou a abrigar a placa e também a extensão das lanternas. O vidro traseiro ganhou novas curvas e um aerofólio. Na versão Activ, especificamente, o estepe deixou de ser pendurado na tampa, o que possibilitou ao carro oferecer tal configuração aventureira também com a opção de sete lugares.

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Por dentro, as mudanças são o volante herdado do Cruze, o painel que ganhou revestimento texturizado na parte central e nova abertura do porta-luvas. A central multimídia tem nova moldura cromada com pequenos espaços nas laterais. Outra mudança é o painel de instrumentos que deixou de ser parcialmente digital para adotar visor analógico usado no Tracker.

Quem for na segunda fileira já conta com cinto de segurança de três pontos e encosto de cabeça em todas as posições. Além disso, a Spin 2019 ganhou trilhos nessa segunda fileira, facilitando modular o espaço dos passageiros, da carga ou dos eventuais caronas na terceira fileira.

Itens de série

A versão Activ herda os mesmos itens da LTZ, trazendo direção com assistência elétrica, ar-condicionado, trio elétrico, banco do motorista com regulagem de altura, acionamento automático dos faróis, sensor de chuva, câmera de ré e a central multimídia MyLink, que já é capaz de espelhar smartphones via Android Auto e Apple Car Play. Mas fizeram falta os controles de estabilidade e tração nessa versão de mais de R$ 80 mil.

Mecânica: juntando tecnologia de ponta e um anacronismo

A Chevrolet Spin sempre trouxe inovações mecânicas interessantes. Foi o caso da grade frontal ativa, que se fecha quando o carro não precisa de tanta refrigeração, o que favorece a aerodinâmica e a economia de combustível. Por outro lado, o motor ainda recorre ao bom e velho tanquinho de partida.

O propulsor é o mesmo 1.8 8V flex de sempre, gerando 111 cv de potência e 17,7 kgfm de torque quando abastecido com etanol. Na versão Activ, a única opção de câmbio é automático de seis marchas, que a marca afirma ter sido recalibrado para a linha 2019. Assim, o consumo declarado é de 7 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada com etanol, ou, respectivamente, 8,3 km/l e 12 km/l com gasolina.

Nas medidas, a Spin tem 4,41 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,69 m de altura e 2,62 m de entre-eixos. Nas versões de sete lugares, o bagageiro tem até 553 litros com a terceira fileira recolhida. Com ela em uso, o número cai para 162 litros.

Como anda?

O visual da Spin nunca agradou a todos, o famigerado “dividia opiniões”, mas, como dito no começo, era uma boa compra para quem queria custo benefício. No entanto, agora a Chevrolet não quer mais que você compre uma Spin só porque é um bom negócio, mas também porque ela se tornou uma compra emocional.

Se a marca conseguirá tal resultado, apenas o tempo poderá dizer, mas é inegável sua evolução. Com linhas mais fluídas, a carroceria ficou mais harmoniosa, sendo que a frente não parece tão alta quanto antes.

Por dentro, foram poucas as alterações. O acabamento permanece na mesma: usa e abusa do plástico, mas tem boa montagem. Enquanto a LTZ tem bancos de couro, a Activ traz um misto de couro com um tecido parecido com neoprene, que é mais fácil de se limpar.

Algo que não mudou é o conforto e o silêncio a bordo, um refinamento difícil de encontrar na faixa de preço, principalmente quando consideramos as versões de entrada e que, na versão Activ, usa-se pneus de uso misto, que são mais barulhentos.

O que ajuda nessa sensação de silêncio é o câmbio automático. A Chevrolet diz que a reprogramação feita foi com o intuito de deixar a condução mais confortável. E é o que ocorre. Na versão anterior, o câmbio ia bem, mas passagens de marcha não eram tão suaves quanto agora.

Agora, voltando àquela história de Chevrolet chamar a Spin de Crossover, fica difícil de justificar. Mesmo a versão aventureira traz pouco mais que os pneus de uso misto e os adereços plásticos específicos da versão. Mas para não dizer que a nomenclatura é totalmente injustificável: a Spin traz uma posição de guiar bem elevada, superior até a de alguns SUVs compactos. Crossover ou não, a Spin 2019 manteve seu custo benefício. Só que ela quer ser mais que a sua próxima escolha racional, e consegue.

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