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Mercedes-Benz C200 EQ Boost: híbrido só que não | Avaliação

Sistema micro-híbrido que estreia no Brasil à bordo do novo Classe C aponta para o futuro dos carros

30/10/2018 - João Brigato / Fotos: João Brigato / Fonte: iCarros

Muito se discute sobre o futuro da mobilidade automotiva do mundo. Teremos somente carros elétricos? Modelos diesel estão com os dias contados? Híbridos são a resposta para os nossos problemas? Enquanto esse dia não chega, a tecnologia vai avançando e criam-se mais opções para não acabar de vez com os carros queimadores combustíveis. E é justamente nesse meio que está o Mercedes-Benz C200 EQ Boost de R$ 228.900.

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Diferentemente de um híbrido tradicional como um Toyota Prius ou um Ford Fusion Hybrid, a nova variante do Classe C não depende diretamente do motor elétrico para se mover. O sistema semi-híbrido, na verdade, atua como auxiliador do motor a combustão para reduzir consumo, tornar todas as operações do carro mais suave e, de quebra, reduzir a poluição. Em nossos testes, o sedã bateu 10 km/l com gasolina na cidade com trânsito na capital de São Paulo.

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Por meio de um sistema de 48V, o motor elétrico do Classe C EQ Boost substitui o alternador e trabalha auxiliando o motor a combustão. Com ele, são adicionados 14 cv e 16,3 kgfm de torque ao 1.5 quatro cilindros turbo de 183 cv e 18,5 kgfm de torque. Há ainda um conversor de tensão para poder recarregar a bateria comum de 12V do Mercedes, fazendo com que não seja necessária a atuação do motor a combustão nesse caso. Diferentemente do C180, o C200 não é flex.

Como funciona esse sistema na prática? De maneira totalmente imperceptível. Não há intervenção nítida do motor elétrico, já que ele atua sempre auxiliando o propulsor a combustão. O que se sente é uma suavidade elogiável no sistema start-stop, que faz com que o motor ligue rapidamente e volte a funcionar com uma suave vibração, raramente notada pelos passageiros menos atentos.

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Outro ponto em que o sistema atua de maneira interessante é ao possibilitar que o motor seja desligado com o carro em movimento, mas somente no modo Eco. Em retas com velocidade constante ou em inclinações leves, o C 200 EQ Boost desliga seu motor para economizar combustível e desengata a transmissão. Basta um toque no freio ou no acelerador para o 1.5 despertar. Se o motorista não olhar para o conta-giros, não notará que o motor está desligado, a não ser que as coisas comecem a esquentar, já que o ar-condicionado também para de funcionar com essa operação.

Anda como um híbrido?

Denominado pela legislação brasileira como híbrido, mas tratado pela Mercedes como um modelo comum, o Classe C nega totalmente sua veia ecológica ao pisar no acelerador. A transmissão automática de nove marchas trabalha de maneira extremamente suave, com trocas rápidas e suaves. Nos modos Eco e Comfort, ela arranca em segunda marcha, deixando a primeira somente para as opções Sport e Sport+.

As acelerações são rápidas e o Classe C ganha velocidade com facilidade. Não é um AMG e nem suficiente para te fazer grudar no banco e arregalar os olhos, mas os quase 200 cv do conjunto deixam claro nas ruas que esse Mercedes não faz feio. Há uma certa demora nas reduções ao pisar fundo no acelerador, mas nada alarmante ou irritante.

A suspensão é mais macia do que se espera de um Mercedes, mas ainda assim é firme. O comportamento mais arisco das gerações anteriores foi amansado, mostrando que o novo C200 EQ Boost é voltado para o conforto. Os pneus run-flat 225/50 R17 transmitem boa parte das imperfeições da estrada para o volante e mantém o carro firme nas curvas, mas revelam seu composto evidentemente mais duro. A direção é igualmente firme e pesada, mesmo em manobras. Isso ajuda a manter no Classe C seu jeito esportivo. 

Por falar em curvas, por ter tração traseira, o Classe C consegue fazer controladas escapadas em velocidades mais altas, desde que os modos Sport e Sport+ estejam ativados, já que eles deixam o controle de tração e estabilidade mais permissivo. Em Comfort ou Eco, dificilmente esse Mercedes desgarra de uma curva ou canta pneu. 

Intermediário de classe

Apesar de ser a opção ecologicamente correta do Classe C, a versão C200 EQ Boost também trabalha como intermediária da linha, se situando entre os C180 (Avantgarde e Exclusive) e o C300 Sport. Ele é recheado de itens de série, tais como painel de instrumentos totalmente digital e configurável, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay, faróis e lanternas full LED, ar-condicionado digital de duas zonas, volante e bancos com ajuste elétrico, revestimento de couro, frenagem autônoma de emergência, teto solar, controle de tração e estabilidade, câmera de ré, estacionamento autônomo, sete airbags e chave presencial.

Porém, alguns desses itens parecem ter sido feitos pela metade. A chave presencial, por exemplo, não destranca as portas por aproximação, sendo necessário apertar a tecla para abrir. A central multimídia, apesar de ter fácil utilização, uma bela tela de 10,2 polegadas e boa definição, não é touch: é preciso tempo para se adaptar ao sistema controlado por um rotor. Além disso, mesmo com sistemas autônomos de frenagem e estacionamento, o Classe C não traz piloto automático adaptativo, apesar dos radares e câmeras para isso.

Por dentro, o visual já parece um pouco datado quando comparado aos Mercedes mais atuais, ainda assim, o acabamento é primoroso e genuinamente sofisticado. Até mesmo o porta-revistas das portas é acolchoado. A porção central em plástico preto é vistosa, mas risca facilmente e não traz tanta sofisticação. O volante foi herdado do Classe A, assim como o layout do painel de instrumentos digital. Por falar nele, o velocímetro e conta-giros podem ser configurados em três layouts diferentes, variando entre clássico, esportivo e progressivo. Um dos dados interessantes do painel é a medição do consumo desde o momento em que o carro arranca e, em momentos e parada, passa a registar o consumo em litros por horas, caso você fique estacionado com o motor ligado. 

Os bancos possuem regulagem elétrica, com mais ajustes para o motorista, que tem motores que movimentam o encosto de cabeça e também a extensão da almofada. Além do belo visual, são confortáveis e tem couro com toque aveludado. O espaço traseiro é um tanto quanto restrito para pessoas mais altas, deixando para o Classe E o papel de sedã espaçoso da família. No Classe C, o espaço é suficiente, mas os passageiros traseiros podem passar aperto.

Líder não é atoa

No Brasil, o Mercedes-Benz Classe C é líder de vendas entre os sedãs médios de luxo, categoria que inclui figurões como Audi A4, BMW Série 3, Jaguar XE e Volvo S60. É uma categoria disputada e ávida por novidades, não atoa o Classe C se destaca, especialmente em sua nova versão EQ Boost. Em suma, ele é um modelo bonito, gostoso de dirigir e ainda com o bônus de sua versão semi-híbrida, que gasta pouco sem o sacrifício dos híbridos comuns.

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