Quem vai dentro do Fusion pode se entreter mais. O carro vem equipado com o sistema Sync, que engloba funções de rádio, telefone, ar-condicionado, DVD e outras funções. É possível também comandar tudo isso por voz, pressionando um botão no volante. Há também um GPS, mas infelizmente apenas com mapas da América do Norte. São Paulo, por exemplo, é representada na tela pela região da cidade mexicana de Vera Cruz. Além disso, há interface para Apple iPod e porta USB para pendrive, além da porta auxiliar.
A entrada por cabo P2 é a única oferta do Accord. Fora isso, os passageiros terão de se contentar com disqueteira para seis CD’s. Sistema Bluetooth para celulares também faz falta no sedã. Se falta entretenimento e tecnologia, o Honda esbanja capricho no interior. Os plásticos têm bons arremates e são mais agradáveis ao tato. Os botões também estão mais bem localizados no console.
O Accord oferece mais espaço. O sedã da Honda tem 4,93 m de comprimento, 1,84 m de largura e 2,80 m de entre-eixos. O rival da Ford tem, respectivamente, 4,84 m, 1,83 m e 2,72 m. Por outro lado, o Fusion trata melhor as bagagens. Além de maior, 530 litros contra 453 l, a abertura da tampa é pantográfica, ante as alças que invadem o espaço das bagagens do Accord.
Ao volante, disputa de esportividade e confortoCom um motor mais potente, é fácil pensar que o Accord tem uma tocada mais esportiva, mas a resposta é não. Apesar de ter uma suspensão tão dura como a do Fusion, o sedã da Honda acelera de forma gradativa e tem trocas suaves das marchas. O silêncio impera a bordo, com a ajuda de um sistema que elimina o ruído interno pelos alto-falantes. Andando em uma estrada a 120 km/h, o carro parece flutuar.
O Fusion também é firme no chão, mas tem uma aceleração mais evidente e o câmbio parece entender sempre que o motorista quer andar forte. O giro sempre vai alto antes das mudanças de marcha e o ronco dos dois escapamentos invade a cabine. Para fazer curvas, não que a tração dianteira do Accord deixe o carro instável, mas o torque sendo enviado para as quatro rodas do Ford faz uma diferença.
Veredicto de Fernando Pedroso – De um lado temos um sedã da Honda com um motor mais potente e muita tecnologia embarcada na mecânica, como coxins aitvos, que compensam a vibração do motor e catalisador variável para diminuir o ruído do escapamento. Do outro, um sedã da Ford que entrega tração integral e um bom sistema de entretenimento e praticidade no interior. Mesmo tendo um motor mais fraco, o desempenho do Fusion agrada e faz com que os R$ 45 mil que o Accord custa a mais não compense a escolha pelo carro japonês.