Ford Focus mostra ao Fiat Stilo a que veio

O espaço interno do Ford também é maior. Ele tem 2,64 m de entre-eixos contra os 2,60 m do Stilo. A pequena diferença é sentida por quem vai atrás, com mais conforto para as pernas no Focus. Na largura, o carro da Ford leva vantagem considerável, com seus 1,84 m ante os 1,75 do Fiat. Em contrapartida, o Stilo tem um portamalas maior, de 380 litros. O do Focus tem 328 l e é prejudicado pelo formato da carroceria, com a traseira mais inclinada. O resultado é um bagageiro raso demais para caber malas mais volumosas.

É hora de assumir o volante dos dois carros e ver mais uma vez o Focus sair na frente. A posição de dirigir é facilmente encontrada, com comando de altura elétrico e com boa margem para ajuste. O volante também pode ser regulado em altura e profundidade. Os comandos estão mais à mão que no rival e o câmbio é de uma precisão exemplar. O motor de 16 válvulas demora um pouco para acordar, falta que faz um comando variável, mas a suavidade ao rodar e as respostas em altas rotações compensam.

Passando pro Stilo, é visível o quanto pesa a idade, principalmente do motor. Apesar de ter um bom torque em baixa, ideal para andar na cidade, o carro perde desempenho em altas rotações. O ruído e a aspereza do propulsor também incomodam. Na cidade, o Stilo vai bem. Além da vantagem do torque, tem suspensão macia e confortável, mas instável na estrada. A posição de dirigir é alta, mesmo com o banco regulado na posição mais baixa possível. Os retrovisores são pequenos perto dos enormes espelhos do Focus.

Em relação ao acabamento, outra vitória para o Focus. O carro tem detalhes na cor cinza, agradáveis ao toque no volante, junto dos comandos do controlador de velocidade, que poderiam ser iluminados. O som tem controle remoto atrás da direção. Por falar no sistema de áudio, o do Focus ‘conversa’ com o iPod, podendo selecionar artistas, álbuns e músicas. No Stilo, as faixas ficam organizadas em ordem alfabética. A vantagem do médio da Fiat está no tetosolar, que se abre por lâminas e cobre quase todo o teto. Em troca, o Focus dá o mimo de iluminar o caminho dos passageiros com uma lâmpada embaixo dos retrovisores. Em ambos, os repetidores de seta ficam nas carcaças dos espelhos. Outro mimo do Ford é a ignição sem o uso da chave. Basta ter a peça no bolso e apertar o botão ‘Power’ no console. São não esqueça de entregá-la ao manobrista.

Neste encontro de gerações, sai na frente quem chegou depois, mesmo que cobre a mais na loja e na hora de abastecer. O Focus mostrou que é mais carro e que vale o investimento. Para quem quiser esperar e tiver um pouco de paciência, vale a pena esperar pelo motor bicombustível, que deverá chegar as lojas ainda neste ano.