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Fiesta Hatch 1.0 Flex: ame-o  ou deixe-o

Modelo de entrada da Ford tem visual atraente, interior confortável, design moderno, bom espaço para bagagens e é gostoso de dirigir. Mas desempenho do motor 1.0, mesmo sendo flex, deixa a desejar

17/11/2006 - Ricardo Panessa / Fonte: iCarros

Com ou sem motorização Flex, o Fiesta Hatch 1.0 divide opiniões. Sucesso de vendas da Ford, o modelo agora está disponível com motor bicombustível, o que é sempre um trunfo a mais em veículos com motores de qualquer potência. Mas o desempenho continua deixando a desejar, como aliás ocorre com modelos 1.0 de qualquer marca. No caso do Fiesta, a versão 1.0 ficou mais potente, passando dos 66 cavalos oferecidos pelo modelo com motor exclusivamente a gasolina, para até 73 cv na versão atual bi. Diferença que na prática só pode ser notada por motoristas afoitos, que utilizam o veículo em regimes mais exigentes. Agradável de conduzir na cidade, o Fiesta 1.0 exige cuidado na estrada. Nada de novo. Mesmo lento nas arrancadas, o modelo é ágil e oferece boa manobrabilidade no pára-e-anda do trânsito em geral. Além disso, suas suspensões bem calibradas assimilam corretamente as imperfeições dos (muitos) buracos tupiniquins, sem transmitir vibrações ou ruídos indesejáveis para o interior da cabine. Na estrada a história é outra. Seja rodando com álcool, gasolina ou com os dois combustíveis misturados, o simpático hatch Ford sofre nas acelerações e retomadas de velocidade. Mesmo equipado com um câmbio manual de cinco marchas bem escalonadas, para manter a segurança nas ultrapassagens, por exemplo, ou espera-se uma longa reta, ou então é preciso pisar fundo e continuamente no acelerador. O Fiesta 1.0 Flex só ´acorda` com o motor girando desesperadamente acima das 4.000 rpm. De preferência, próximo das 5.000 rpm, já que, segundo a montadora, o modelo disponibiliza o máximo de torque girando em 4.750 rpm. Nessas condições é preciso desconsiderar o aumento do nível de ruído interno. Desenvolvido no Centro de Engenharia da Ford no Brasil e produzido na unidade industrial da Ford em Taubaté, SP, o motor RoCam Flex que equipa o modelo é tido como um dos mais eficientes em sua faixa de potência. Sem levar em consideração suas limitações volumétricas, o comentário procede. Rodar com o Fiesta 1.0 sem preocupações com desempenho é agradável e seguro. Qualidades irrefutáveis Suspensões muito bem acertadas, boa posição de dirigir, excelente espaço interno e um bom porta-malas de 305 litros -o maior de sua categoria- são qualidades irrefutáveis do Fiesta Hatch, seja ele equipado com motor de 1.0 ou 1.6 litro. Macias sem serem moles, e firmes sem serem duras, as suspensões do Fiesta tornam o carrinho gostoso de dirigir sobre qualquer tipo de pisos, inclusive os de terra. O baixo nível de ruído interno também é ponto forte do modelo. Bem resolvido no que diz respeito à ergonomia, o Fiesta Hatch oferece boa posição de dirigir e conforto equivalente aos demais passageiros. O desenho do painel, o mesmo desde o lançamento, continua atual, o volante da direção tem excelente empunhadura, e a alavanca de câmbio permite engates macios e precisos. A falta de um ´pedal de apoio`, ou ´quarto pedal` para o pé esquerdo torna incômodo conduzi-lo longas distâncias. Na lista dos equipamentos de série há aviso sonoro de faróis acesos, bancos revestidos em tecido, console central integral, encosto de cabeça traseiro, porta-luvas com iluminação, relógio digital e conta-giros. Ar-condicionado e Rádio AM/FM com CD player Kenwood são opcionais. Visualmente o Fiesta Hatch também continua atual. O design segue o consagrado estilo New Edge de todos os modelos atuais da Ford, com a frente em cunha e capô arredondado, e traseira com as práticas lanternas na vertical. Os pára-choques são pintados na mesma cor da carroceria. Será que vale a pena? Modelos com motorização flex já somam 80% do total dos veículos vendidos atualmente. Estima-se que, em dois anos, essa legião de veículos bicombustíveis atinja o índice de 85% de participação na frota nacional. Não há o que discutir. Carros que rodam utilizando tanto álcool quanto gasolina são um sucesso no Brasil, mesmo que muitos proprietários jamais tenham se beneficiado desse recurso. Mas com relação aos modelos com motorização de 1.0 litro, a história é outra. Dos áureos tempos em que os modelos ´populares` com motor 1.0 tinham maiores benefícios do IPI e chegaram a representar até 75% do total de vendas de automóveis no País, por custarem bem mais barato do que aqueles com motores acima dessa litragem, muita coisa mudou. Hoje essa participação já caiu para 55%, e estima-se que chegue a 50% nos próximos cinco anos. E deverá continuar caindo. A explicação pode ser a diferença de IPI entre uns e outros, que atualmente é de apenas quatro pontos percentuais, o que reflete também numa menor diferença de preço entre ambos. O Fiesta Hatch 1.0 Flex tem preço inicial na faixa de R$ 28,9 mil, contra R$ 34,4 mil do ´irmão` com motor 1.6. Será que vale a pena?
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