16/08/2019 - Thiago Moreno / Fotos: Thiago Moreno e divulgação / Fonte: iCarros
O iCarros andou na nova geração do Range Rover Evoque ainda em março, na Grécia, durante a apresentação global do modelo. De lá para cá, o estiloso SUV da marca teve seu preço revelado para o Brasil: R$ 312.900 ou R$ 322.300 com o “pacote Brasil”. A versão disponível por enquanto é a P300 HSE R-Dynamic, a topo de linha e dotada de um sistema híbrido leve. Se na Grécia o carro impressionou, faltava saber como ele se comportaria em terras brasileiras. Não falta mais.
O Evoque brasileiro
Como dito, a nova geração do Evoque chega ao Brasil por enquanto apenas em sua configuração mais completa. Ela traz painel de instrumentos totalmente digital com 12,3 polegadas, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay em uma tela de 10 polegadas, ar-condicionado digital de duas zonas, bancos de couro com regulagem elétrica, faróis full-LED com seta dinâmica e porta-malas com abertura elétrica.
O “pacote Brasil” engloba pintura metálica, coluna de direção com ajuste elétrico e também o pacote Black, que acrescenta detalhes escurecidos nos emblemas e alguns outros detalhes de acabamento do Evoque, como os adornos laterais e no capô.
A direção tem assistência elétrica, as rodas são de 20 polegadas e o carro é equipado com sistema de estacionamento automático. Os bancos têm revestimento de couro, além de ajustes elétricos e memória para os bancos dianteiros. Para auxiliar no off-road, além das câmeras de ré e de 360º, há mais uma função da câmera dianteira que mostra o que está passando por baixo do carro, como se o capô fosse invisível.
Falando no uso fora-de-estrada, o Evoque conta com o Terrain Response 2. Nome da Land Rover para o sistema de predefinições de terreno para adequar as respostas do carro. A novidade aqui é o modo Auto, em que o carro lê o terreno e se adequa de acordo. Para o asfalto, existem as funções Comfort e ECO.
Motor e medidas
Debaixo do capô está o mesmo motor 2.0 Ingenium quatro cilindros turbo de 300 cv e 40,8 kgfm de torque do Jaguar F-Type P300. O propulsor aceita apenas gasolina e, com ele, o Evoque acelera até os 100 km/h partindo da imobilidade em 6,6 segundos. A velocidade máxima divulgada é de 242 km/h.
A tração é integral, mas sob demanda e dependendo do uso o Evoque pode operar tanto como tração dianteira quanto integral. Essa é uma das medidas para auxiliar no consumo. A outra é o sistema híbrido leve. Há uma bateria de 48V no assoalho do carro que impulsiona um pequeno motor elétrico que auxilia o SUV a sair da inércia até a turbina estar em sua rotação ideal para acelerar, eliminando gastos desnecessários. De acordo com a Land Rover, a economia de combustível com o sistema é de 6%.
Nas proporções, o Evoque não parece ter mudado muito. Os números contam uma história diferente. Nas medidas, o novo Range Rover tem 4,37 m de comprimento, 1 ,65 m de altura, 1,90 m de largura e 2,68 m de entre-eixos. O porta-malas tem 591 litros, 10% a mais que a geração atual.
A Land Rover declarou o peso do carro em 1.893 kg. O ângulo de ataque é 25º, exceto nas versões R-Dynamic, que têm 20,8º. O de saída é de 30,6º. O de breakover, aquele que mede se o assoalho raspa ou não no chão após subir uma rampa, é de 20,7º. Outro número importante é o de profundidade de mergulho. O novo Evoque passa sem problemas por superfícies alagadas de até 600 mm (60 centímetros) de profundidade.
E andando?
Enquanto na Grécia o Evoque foi bem, restava saber o que ele se comportaria aqui. Afinal, até as estradas de sítio gregas eram mais bem conservadas que muitas de nossas avenidas asfaltadas. Assim, levamos a nova geração do SUV da Range Rover para um passeio de cerca de 400 km ida e volta entre a capital paulista e Pardinho (SP), incluindo por volta de 80 km de estradas de terra e de acesso entre fazendas.
Tudo bem, o Evoque pode ser o mais estiloso e o que menos apela para as capacidades off-road dentro do catálogo da Range Rover, só que a evolução em relação à geração anterior permanece sendo notável.
Enquanto o antigo Evoque era meio duro e apertado até mesmo para o uso urbano, a nova geração traz uma carroceria mais rígida, o que permitiu um acerto de suspensão mais confortável ao rodar, mesmo com as grandes rodas de 20 polegadas e os pneus de perfil baixo que as acompanham. A 120 km/h, o conta-giros marcava cerca de 1.900 rpm e o ruído mesmo vinha só nos trechos da Rodovia Castelo Branco com asfalto mais desgastado.
Aqui vale ressaltar que o uso rodoviário não é onde o sistema híbrido leve funciona melhor. Tanto que mesmo nesse ritmo e com uma tocada comedida, foi difícil fazer o computador de bordo marcar mais que 9 km/l de consumo médio. Ainda é um carro grande e relativamente alto e pesado.
Mas esse parece ser o único revés do novo Evoque. Com ele, a Range Rover conseguiu manter uma silhueta que rendeu a fama ao SUV, melhorando suas capacidades off-road, que puderam ser demonstradas nos trechos de terra.
Seja chão batido, areião, cascalho, grama, pedras e até alguns riachos: o Range Rover Evoque passou por tudo sem muito esforço, mas via-se os sistemas de tecnologia trabalhando frequentemente para manter a tração do SUV em trechos que, provavelmente, esse tipo de carro nunca verá na vida, mas é importante saber que ele é capaz.
Aqui merecem destaque o Terrain Response 2, pois o carro foi mantido quase que em sua totalidade do tempo na terra em modo Auto e não deu nenhum susto para atravessar os obstáculos; o Hill Descent Control que, a baixas velocidades, mantém o ritmo do SUV nas descidas mesmo com baixa aderência; e o All Terrain Progress Control, que tem função similar, mas também serve para subir tanto quanto para descer as pirambeiras do dia a dia.
No final do dia, o que fica da nova geração do Range Rover Evoque é que a Land Rover trabalhou duro para renovar seu ícone visual sem perder a essência ao mesmo tempo em que acrescentou as capacidades off-road tradicionais da marca ainda somando muita tecnologia dentro da cabine e sob o capô.
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