05/09/2019 - João Brigato / Fotos: João Brigato / Fonte: iCarros
Não importa o que a Toyota faça com o Corolla, ele sempre vendeu bem. Na nova geração, a marca japonesa quer ir além: o objetivo é tornar o carro híbrido popular no Brasil. Ainda que popular signifique pagar, no mínimo, R$ 124.990 por um Corolla Altis Hybrid. É o carro híbrido mais barato do país, único flex do segmento e ainda é um Corolla. Teria como dar errado?
O que se espera por um Corolla
Tudo poderia ir por água abaixo de o Corolla Hybrid não entregasse a experiência esperada em um Corolla. Ele não é tão esperto quanto o modelo 2.0 com novo motor Dynamic Force, mas está longe de ser um carro xoxo.
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O motor 1.8 originário do Prius foi convertido para beber também etanol no Corolla híbrido. A Toyota subiu a potência para 101 cv e o torque para 14,5 kgfm. Ele foi combinado a dois motores elétricos e a uma transmissão CVT sem simulação de marchas (o 2.0 aspirado simula 10 posições).
A Toyota não divulga o torque combinado pois o pico de força dos dois motores elétricos e o a combustão não é atingido junto, mas a potência fica em 123 cv com o poderio dos três motores somados. De fato, é menos do que a média de muito sedã médio por aí. Porém isso não se traduz em falta de força: o Corolla Hybrid trafega com facilidade e suavidade.
Linhas paralelas
Evidentemente voltado para o conforto, o Corolla híbrido entrega força de maneira linear e suave. A transmissão CVT por não trazer simulação de marcha, faz com que o motor fique gritando por um tempo quando uma aceleração mais forte é exigida. Com bom isolamento acústico, o ruído não chega a incomodar.
Através do display digital de 7 polegadas no painel ou pela central multimídia nova, é possível ver o fluxo de energia usado pelo novo Corolla. Ele privilegia o uso das baterias, desligando o motor a combustão assim que o pedal de freio é acionado. Além disso, em velocidades de cruzeiro e nas saídas de sinal, é o motor elétrico que age.
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Como resultado, o Toyota Corolla Hybrid tem consumo registrado pelo INMETRO na cidade de 10,9 km/l com etanol ou 16,3 km/l com gasolina. Já na estrada, os números caem: 9,9 km/l com etanol e 14,5 km/l com gasolina. Segundo a Toyota, os dados do INMETRO não refletem exatamente o real consumo de um híbrido, afirmando que ele é capaz de bater os 20 km/l.
Abordagens diferentes
Enquanto a maioria dos sedãs médios apela para o comportamento esportivo, como faz Chevrolet Cruze e Honda Civic, o Toyota Corolla quer é o conforto. A suspensão é macia e tem bom isolamento das imperfeições do asfalto. Na mesma tocada, a direção é leve e bastante anestesiada. Poderia ser um pouquinho mais pesada, especialmente em velocidade alta.
Outra questão relacionada ao conforto do Corolla 2020 está em seu interior. A Toyota cuidou muito bem do acabamento, sendo uma evolução gritante em relação à geração anterior. Há couro no painel com toque macio, além de superfícies emborrachadas por toda a porta, incluindo na porta traseira – algo que carros até mais caros que ele não têm.
O estilo da cabine é minimalista, sem a profusão de materiais e linhas de antes. Parece mais simples que o do Civic, mas é mais bem cuidado. O volante aparenta qualidade e traz couro liso, não mais o áspero de baixa qualidade do modelo antigo. Comandos de fácil acesso e central multimídia bem posicionada merecem destaque.
Com bancos confortáveis, viajar no Corolla por longos períodos parece fácil. Na traseira há espaço suficiente para pessoas altas. O teto solar da versão Altis Hybrid Premium de R$ 130.990 tira um pouco do espaço para a cabeça. Vale destacar dois deslizes do Corolla, igualmente cometidos pelo VW Jetta: não há saída de ar na segunda fileira e o encosto de cabeça é fixo.
Conclusão
Ao trazer o sistema híbrido ao público consumidor do Corolla, a Toyota dá o primeiro passo em direção à eletrificação do mercado brasileiro. Estamos ainda décadas atrás da Europa, EUA e Ásia onde carros híbridos são mundanos e os elétricos não são mais exóticos.
Antes a alternativa híbrida era disponível apenas a bolsos mais recheados como o de compradores de modelos Volvo e Porsche, ou ainda na versão mais cara do Fusion. Há ainda alternativas exóticas como o Prius, mas por ser importado e hatch, não é tão popular assim quanto pode ser o Corolla Hybrid.
As ambições da Toyota são grandes com ele: quer vender 4.500 Corollas por mês, sendo desses mil Hybrid. É a popularização do híbrido de fato no Brasil. A grande vantagem do Corolla Hybrid é oferecer toda experiência que se espera de um Corolla e de um sedã médio, sem abrir mão de absolutamente nada, nem mesmo do motor flex.
Esse é só o primeiro passo da Toyota nesse mundo e a julgar pelo que o Corolla 2020 híbrido apresentou nesse curto primeiro contato, ele tem muito potencial para não somente continuar a dominar o segmento, mas também transformá-lo completamente.
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