Como é dirigir os novos VW ID.3 e ID.4?

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Os novos VW ID.3 e ID.4 já estavam entre nós desde outubro deste ano, quando fomos visita-los na fábrica em São Bernardo do Campo (SP). Agora a experiência foi outra: ter a chance de guiar os primeiros carros elétricos da Volkswagen no Brasil. 

Apesar do test-drive ter sido relativamente curto, saindo com cada veículo uma vez do Jockey Club de São Paulo e contornando a Marginal Pinheiros, cerca de uns 8 minutos de trajeto, foi possível conferir bem de perto o funcionamento das tecnologias implementadas pela marca nos carros. 

O mais interessante foi ver como a central multimídia trabalha em conjunto com o cluster e o head-up display de realidade aumentada, projetando informações sobre a velocidade e a pista no para-brisa.  

Em nossa experiência, recebemos explicações de André Drigo, gerente de engenharia da Volkswagen e ele contou vários detalhes sobre os funcionamentos destas tecnologias embarcadas nos IDs. 

“A velocidade de troca de informação é de 1 gigabite por segundo nos IDs. Um carro ‘normal’, movido a combustão interna, tem 100 mega, ou seja, o ID é muito rápido nesse quesito”, diz Drigo. 

Os sistemas de condução, como controle de cruzeiro adaptativo e o alerta de permanência em faixa (Lane Assist), trabalharam muito bem na Marginal Pinheiros.

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Foi possível testar essas tecnologias de segurança rapidamente, mantendo as mãos próximas ao volante e o carro realmente pode frear sozinho e manter uma distância segurança em relação aos outros veículos.  

“O elemento mais futurista, para mim, é o head up display com as linhas verdes em 3D funcionando. Como engenheiro, sou fissurado nisso. Tem um radar atrás do emblema (da VW), então a câmera ‘pega’ o veículo, o radar identifica em termos de distância, e tudo isso é calculado, então o sistema reconhece se é uma moto, um carro ou caminhão. Quando entra um veículo em sua frente, logo ele está sendo mapeado”, diz Drigo. 

A parte de mapa ainda está sob atualização, já que o modelo foi produzido na Europa e ainda aguarda para saber se será comercializado ou não no Brasil. A VW ainda está definindo sobre isso, mas a parte de mapas pode ser resolvido com o espelhamento do celular graças aos sistemas Android Auto e Apple CarPlay.  

Diminuindo o ruído 

A camada acústica, que obviamente não enxergamos dentro do carro, possui a capacidade de filtrar até sete decibéis, então o ruído de caminhão não entra. Pudemos conferir no trânsito que realmente os barulhos dos outros veículos é abafado pela camada.  

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Climatização e interior futurista  

A climatização do ID.4 tem vários detalhes interessantes. Ao acionar o botão front, é possível aquecer o vidro. “Ele tem uma película de prata que aquece o vidro, ou seja, ele é térmico e ajuda a temperatura interna e também desembaça. Em ambientes frios também faz o ‘defrost’ (descongelamento) e tira o orvalho”, diz Drigo.  

Ainda sobre a tecnologia do carro, as faixas de LED internas são bem interessante e podem mudar de acordo com o gosto do condutor. Se o smartphone tocar, por exemplo, o carro vai emitir a mensagem de que alguém está te ligando.

Quando você precisar carregar a bateria do carro, a faixa de LED fica vermelha e indica que você precisa entrar em um posto de carregamento rapidamente. 

O carro elétrico possibilita que o ar-condicionado permaneça em funcionamento mesmo com o veículo desligado, já que ele está energizado. 

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Diferenças entre ID.3 e ID.4 

Apesar das versões trazidas ao Brasil serem equipadas com o mesmo motor elétrico no eixo traseiro proporcionando 204 cv de potência e 31,6 kgfm de torque, existem diferenças bem notáveis.

A autonomia é uma delas: 522 km para o SUV de luxo, enquanto o hatch médio pode percorrer 426 km, segundo os dados da fabricante. Essa diferença está na energia da bateria: 77 kWh para o ID.4 e 58 kWh para o ID.3.  

Me senti bastante confortável dentro do hatch médio. A grande polêmica para mim foi sanada logo nos primeiros metros: o ID.3 consegue se virar bem mesmo em ruas um pouco esburacadas. Esse era um temor, já que a distância em relação ao solo é mais curta do que o seu irmão. 

Caso venha ao Brasil, acredito que o ID.3 será bem competitivo se ele chegar um pouco acima da faixa de preço do Peugeot e-208 GT (R$ 244.990) e do Fiat 500e (R$ 248.990). 

O ID.4 já tem mais características de SUV médio. A posição de direção também é bastante confortável e, caso venha por aqui, deve chegar entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. 

Ambos os carros são construídos em uma plataforma voltada para carros 100% elétricos e o espaço interno de ambos é bem interessante: o joelho não vai pegar no banco à frente.  

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O ID.3 possui 4,26m de comprimento, 1,80m de largura e 1,53m de altura. Seu porta-malas é mais modesto, comporta 385 litros. A versão ID.3 First Edition Plus, que chegou ao Brasil, é intermediária.

Sua central multimídia é de 10 polegadas, mas a navegação é bem intuitiva e segue o mesmo padrão do ID.4, que tem tela de 12 polegadas.  

Vale lembrar que os dois modelos possuem a mesma medida de distância entre-eixos: 2,77m. O ID.4 tem 4,58m de comprimento, 1,85m de largura e 1,64m de altura. A capacidade do porta-malas é ótima para o segmento: 543 litros. 

Mas como tudo na vida é uma questão de preferência, eu ficaria com hatch após essa primeira experiência, mesmo sabendo que o ID.4 terá boas chances de fazer mais sucesso por aqui com a forte onda dos SUVs. 

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