29/03/2019 - João Brigato / Fotos: João Brigato / Fonte: iCarros
Demorou, mas finalmente a Volkswagen entrou no segmento de SUVs compactos no Brasil. Derivado do Polo, o VW T-Cross chega ao país com uma gama vasta de versões e preços. Eles começam em R$ 84.990 e vão até R$ 99.990 quando equipado com motor 1.0 TSI. Já o T-Cross 1.4 TSI Highline não sai por menos de R$ 109.990.
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Experimentamos a versão topo de linha com o motor três cilindros turbo, a Comfortline. Com o melhor custo-benefício da gama T-Cross, ela tem potencial para ser a versão mais vendida. Quem chega tarde à briga, tem a obrigação de ser melhor: será que a Volkswagen conseguiu superar Jeep Renegade, Honda HR-V, Nissan Kicks e Hyundai Creta?
Mirando alto
O preço de R$ 99.990 cobrados pelo T-Cross Comfortline o colocam no mesmo patamar das versões intermediárias dos SUVs compactos já estabelecidos no mercado. A diferença é que eles contam com motores aspirados de maior litragem (1.8 em HR-V e Renegade, 1.6 em Creta e Kicks), enquanto o SUV da Volks usa um motor 1.0 três cilindros turbo de 128 cv e 20,4 kgfm de torque.
Não se engane pelo número tímido. O motor 1.0 TSI do T-Cross já provou seu potencial no up! e no Polo e não faz feio no T-Cross, mesmo sendo mais pesado. Ele da conta do recado, acelera com vivacidade, chegando aos 100 km/h em 10,4 segundos, e é relativamente econômico. Segundo a VW, o consumo é de 7,6 km/l com etanol na cidade e 9,5 km/l na estrada.
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Atrelado à transmissão automática Tiptronic de seis marchas, o motor trabalha com suavidade o tempo todo. As vibrações, típicas de um motor três cilindros, são pouco sentidas na cabine, enquanto as trocas de marcha são praticamente imperceptíveis. Tudo em nome da suavidade.
Não há aquele atraso na aceleração como no Jetta, por exemplo, apesar da demora nas reduções ser semelhante. Nas retomadas, o câmbio demora alguns segundos até processar a informação, mas é capaz de reduzir até três marchas para fazer o motor encher e ganhar força. Nessa situação, o 1.0 TSI brilha com força e disposição. O ronco não é de esportivo, mas tem uma sonoridade agradável e instigante.
Diferentemente do comportamento típico dos Volkswagen, o T-Cross tem suspensão macia e confortável. Ele passa por lombadas e buracos sem dar batidas secas como em um up!, mas não espere por um conjunto robusto como no Renegade. Na estrada, ele balança pouco e transmite segurança, mesmo em velocidades mais altas ou em pista molhada.
Outro ponto que difere com a maioria dos carros da marca é a direção. Apesar de usar o mesmo volante do Golf, o comportamento é mais voltado ao conforto. Com calibragem mais macia, a direção elétrica é leve nas manobras na cidade e ganha peso na estrada sem ficar dura. Em velocidades altas, o T-Cross permanece firme sem bambear.
A posição de dirigir é alta, como um típico SUV. No entanto, o banco não desce tanto quanto poderia para permitir uma condução mais esticada, algo que acontece com o Chevrolet Onix, por exemplo. Ao menos o volante tem ajuste de altura e profundidade e há também regulagem para a lombar do motorista.
Receita do Polo
Diferentemente de HR-V e Renegade, o Volkswagen T-Cross não tem interior com acabamento emborrachado. Tudo é plástico rígido. O material escolhido tem mais qualidade que o do Polo, vale pontuar. Ele é vistoso por dentro. O acabamento em marrom metálico complementado por plásticos pretos e cinza transmite sensação de qualidade.
Isso é auxiliado pelo revestimento de couro dos bancos com partes perfuradas ou na tonalidade marrom. O revestimento preto do teto traz certa esportividade, mas pode ser um tanto quanto claustrofóbico nos modelos sem teto solar. Tanto o acabamento marrom, quanto os bancos em couro, fazem parte do pacote Design View de R$ 1.950.
O estilo é tipicamente Volkswagen, com linhas retas e alguns toques modernos. Integrada visualmente ao painel de instrumentos, a central multimídia se destaca no painel. Há uma pequena faixa que imita metal que, junto às luzes de decoração da cabine, deixam a cabine do T-Cross mais elegante.
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Um dos destaques do T-Cross é a segunda fileira de bancos. Com entre-eixos de 2,65 m, o SUV compacto tem cabine ampla e espaçosa. Por ali, há área suficiente para as pernas e joelhos de passageiros mais altos. Carregar cinco pode ser mais difícil, mas quatro pessoas viajam com tranquilidade. Há ainda duas entradas USB e saídas de ar para quem senta na segunda fileira.
A lista de equipamentos da versão Comfortline ainda contempla ar-condicionado digital, banco do motorista com ajuste de lombar, câmera e sensor de ré, monitoramento de pressão dos pneus, rodas de liga-leve de 17 polegadas, frenagem pós colisão, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay, controle de tração e estabilidade, seis airbags, freios a disco nas quatro rodas, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade, assistente de partida em rampa, faróis de neblina e luzes diurnas de LED.
A lista de opcionais traz os pacotes Exclusive & Interactive por R$ 3.950, Design View por R$ 1.950, Sky View II por R$ 4.800 pacote Premium por R$ 6.050.
Conclusão
O Volkswagen T-Cross será uma verdadeira pedra no sapato dos rivais, algo que ficou claro nessa primeira volta. A marca abriu mão da sofisticação nos materiais do acabamento interno para entregar um SUV gostoso de dirigir e com uma recheada lista de itens de série. O preço alto pode pesar contra o T-Cross, mas é algo que ele partilha com alguns de seus principais rivais que, ironicamente ou não, vendem expressivamente mais que SUVs que custam menos.
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