14/05/2010 - Texto e fotos: Anelisa Lopes e Fernando Pedroso / Fonte: iCarros
A data desta matéria não está errada. Estamos em 2010, escrevendo um comparativo que poderia ter sido feito em 1997, quando o Fiat Siena surgiu para brigar com o Chevrolet Corsa Sedan, lançado um ano antes. De lá para cá, o sedã da Fiat já passou por três re-estilizações, ou duas, no caso da versão Fire avaliada, que permanece com carroceria antiga. O Chevrolet, nomeado Classic desde 2003, sofreu sua primeira grande modificação no mês passado.
Defasados ou não, o fato é que Siena Fire e Classic resistem ao longo dos anos e ainda figuram entre os dez carros mais vendidos no País. Entre janeiro e maio deste ano, cada um foi responsável pela venda de mais de 40 mil unidades.
Chevrolet Classic, por Fernando Pedroso
A reforma deixou o veterano da GM com um visual menos defasado, apesar de ele ainda usar ferramentais aposentados da última geração chinesa do carro. No território asiático, o modelo se chama Sail, em sua segunda geração, bem diferente do Classic brasileiro.
A frente não adotou o padrão visual da Chevrolet, com uma grande grade cortada por uma barra. Isso até é bom, já que as linhas mais retas atualizaram a dianteira do modelo. Uma pena que ela não converse com a traseira, que recebeu lanternas horizontais com linhas mais arredondadas. As laterais não sofreram alterações.
Ao entrar na cabine, a viagem no tempo é maior. O painel, as forrações e os botões são idênticos aos de 16 anos atrás, quando o Corsa foi lançado na versão hatch. As duas únicas mudanças estão nos instrumentos e no empobrecimento dos materiais, tanto os plásticos como os tecidos que formam o interior do Classic. Mesmo assim, o acabamento está acima da média dos populares, incluindo aí os “irmãos” Celta e Prisma.
Por se tratar de um projeto antigo, alguns defeitos são crônicos, como a direção deslocada para a direita (como no Agile; o compacto tem muito do Classic em seu DNA); o volante é leve, mas um pouco impreciso. Apesar disso, a dirigibilidade é boa, assim como a posição para dirigir; o estofamento dos bancos, no entanto, é mole demais.
O motor, compatível com o porte do carro, é o ponto alto do modelo. Trata-se de um bloco de 1,0 litro que rende até 78 cv com álcool a 6400 rpm e torque máximo de 9,7 kgfm a 5.200 giros. O Classic tem 905 kg e anda bem mesmo com o porta-malas de 390 litros carregado.
O Chevrolet Classic é vendido na versão LS por R$ 28.294, com conta-giros e preparação para som. Completo (ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros dianteiros elétricos e alarme), sai por R$ 34.534.
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