Chevrolet Tracker Premier: nova versão tem o que precisa?
Configuração mais equipada ganha itens que o SUV ficava devendo, substituindo a LTZ no catálogo
01/12/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Depois da chegada do Chevrolet Equinox ao país no mês passado, já era aguardado que outro modelo da linha Chevrolet também adotasse a nomenclatura Premier na versão topo de linha. E o escolhido foi o SUV compacto Tracker, antes vendido nas opções LT e LTZ e agora oferecido na LT e na Premier, que agrega itens já bastante desejados no modelo cobrando R$ 96.790 - são R$ 3.300 a mais que a antiga LTZ.
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O Tracker Premier já está nas concessionárias com o mesmo motor 1.4 turbo flex que passou a equipar o modelo com a chegada a reestilização no começo desse ano. Veja como o SUV se saiu ao longo de uma semana de avaliação.
Motorização
O 1.4 turbo de quatro cilindros e 16 válvulas, o mesmo do Cruze, é flex e conta com injeção direta de combustível. Ele rende 153 cv de potência e 24,5 kgfm de torque com etanol ou 150 cv e 24 kgfm com gasolina. A transmissão é sempre automática de seis marchas, com tração dianteira.
Esse conjunto não é nada mal e entrega boas respostas. Em arrancadas, por exemplo, o Tracker é suave. Ele demora um pouco a sair da imobilidade, mas não que isso seja incômodo. Lembre-se de que o carro é turbo, então algum "lag" (tempo para o turbo encher) já é esperado. Depois, ele vai bem e ganha velocidade sem problemas. Porém, em retomadas, o câmbio às vezes dá um leve tranco ao reduzir as marchas.
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E quem quiser fazer as trocas de marcha manualmente terá que fazê-lo nos botões localizados na lateral da alavanca. Não é muito prático, então raramente você deverá usá-los. Não há borboletas atrás do volante.
O consumo registrado durante a avaliação do iCarros foi baixa, de 6 km/l com etanol, mas porque rodamos o tempo todo com congestionamentos. De acordo com os dados do Inmetro, ele faz 7,3 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada com etanol ou 10,6 km/l e 11,7 km/l, respectivamente, com gasolina. Ele é nota A na categoria, mas é C na classificação geral. O SUV vem com o sistema Start/Stop, que tem funcionamento suave.
A suspensão é mais firme, garantindo boa estabilidade, mas não filtra tão bem o piso como alguns rivais do mesmo segmento. Também não ajuda nesse aspecto ter rodas de 18 polegadas, que vêm de série. Maiores, elas acabam passando para os ocupantes as imperfeições do asfalto. Na LT de entrada as rodas são aro 16".
A direção elétrica progressiva - oferece rigidez conforme a velocidade do carro - tem respostas diretas e agradou no dia a dia. O isolamento acústico também merece elogios.
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Acabamento e espaço interno
O destaque, segundo a Chevrolet, das versões Premier é exatamente o acabamento com materiais mais refinados. Mas aqui o Tracker ficou devendo. Ele ainda traz muito plástico na cabine para uma configuração que se diz "premium". Há áreas revestidas com couro, mas você logo sente o plástico rígido por baixo.
A posição de dirigir é boa, com regulagem de altura e profundidade no volante, altura no banco do motorista e no cinto de segurança. Não vai ser difícil achar a posição ideal para você, mas é bom destacar que mesmo no ajuste mais baixo do banco a posição ainda é elevada.
O espaço no banco traseiro é mediano. Há rivais melhores, mas também há SUVs compactos mais apertados que o Tracker nesse quesito. O mesmo acontece com o porta-malas, que leva 306 litros ou 735 litros com o banco traseiro rebatido.
Equipamentos de série
O Tracker enfim ganhou itens essenciais para uma versão topo de linha e que custa mais de R$ 90 mil. São eles controle de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa. Além desses, a Premier vem de fábrica com ar-condicionado, câmera de ré, alarme, alerta de movimentação traseira, alerta de ponto cego, faróis de neblina, luzes diurnas de LED, isofix, rack de teto, rodas de liga leve de 18 polegadas, computador de bordo, controlador de velocidade, trio elétrico, descansa-braço para o motorista, partida por botão, Start/Stop, sensor de estacionamento traseiro e teto solar elétrico.
Há ainda itens como banco do motorista com regulagem lombar elétrica, mas só a lombar. Os demais ajustes são manuais. Outro destaque é a regulagem de altura nos faróis, embora não haja acendimento automático com sensor crepuscular que seria bem mais útil. Também não tem sensor de chuva. Ou seja, o Tracker ganhou mais equipamentos, mas ainda fica devendo alguns itens frente aos concorrentes.
A central multimídia é a mesma MyLink da antiga LTZ com tela sensível ao toque de 7", conexão via Android Auto e Apple CarPlay, entrada USB, função streaming de áudio, bluetooth e controles no volante.
Simule quanto gastará nas parcelas do financiamento
Por R$ 3.200, um pacote opcional acrescenta ainda airbags laterais e de cortina, alerta de colisão frontal e alerta de mudança de faixa. E dependendo da pintura escolhida, são somados entre R$ 650 e R$ 1.500 extras.
Conclusão
O Tracker está entre os SUVs compactos mais bonitos do mercado e agora pode brigar de igual para igual quanto aos equipamentos. O desempenho não está nada mal e, no consumo, não se enquadra nos mais econômicos nem nos mais beberrões.
No geral, ele fica na média em tudo. Isso é bom, já que será um carro que não vai te deixar na mão em nenhuma situação. O Tracker é um escolha racional em um mercado dominado por escolhas emocionais. Talvez por isso ele não esteja entre os 10 modelos mais vendidos na categoria.
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