CAOA Chery Tiggo 2 com câmbio automático: o que muda?

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Com câmbio automático, CAOA Chery Tiggo 2 custa partir de R$ 66.990

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Transmissão é automática convencional de quatro marchas

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Versão automática mais completa custa R$ 69.990

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No final de março, a CAOA lançou o Chery Tiggo 2 com câmbio manual e fez um promessa: em breve chegariam as versões automáticas. A novidade chegou ao mercado em junho e o iCarros teve a oportunidade de fazer um breve percurso com o carro. Com o câmbio automático, o Tiggo 2 é oferecido nas configurações Look (R$ 66.990) e ACT (R$ 69.990), que agregam alguns equipamentos extras na comparação com a versão Look manual (R$ 69.990) e ACT manual (R$ 69.990).

Carro com câmbio automático: como dirigir?

Itens de série

A lista de equipamentos é praticamente a mesma dos modelos com câmbio manual. Assim a relação completa de itens fica assim:

Look automática: direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, rodas de liga leve de 16 polegadas, luz diurna de LED, bancos com revestimento mesclando material sintético e tecido, fixação de assentos infantis ISOFIX, monitoramento da pressão dos pneus, cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes, luz de neblina traseira, indicador de troca de marcha, sensor de estacionamento traseiro, regulagem de altura para o banco do motorista e volante, rádio com entrada USB e computador de bordo.

Ao se acrescentar o câmbio automático, ganha-se a função Eco para a transmissão, piloto automático, ar-condicionado acionamento digital (não é automático), volante com revestimento de couro e central multimídia com tela de oito polegadas e possibilidade de espelhamento da tela do celular por meio de um aplicativo específico da Chery, não há Android Auto ou Apple Car Play disponíveis.

ACT automática: já traz desde a versão manual rodas de 16 polegadas com acabamento polido, volante revestido de couro, controles de estabilidade e tração, ar-condicionado automático, piloto automático, assistente de partida em rampa, câmera de ré, volante multifuncional, teto solar elétrico e central multimídia com tela de oito polegadas e espelhamento de smartphone.

O câmbio automático acrescenta também função Eco para a transmissão e bancos mesclando revestimento sintético e couro natural.

Para todas as configurações há opcional de pintura metálica, que acrescenta R$ 1.000 ao preço final.

Nova transmissão e ficha técnica

Ao lançar o Tiggo 2, a CAOA Chery prometeu uma transmissão automática, mas nada de várias marchas ou CVT. O SUV da marca estrearia um câmbio automático convencional de quatro marchas com conversor de torque. A mesma solução foi adotada pelo Toyota Etios. Não há possibilidade de trocas manuais nem pela alavanca, nem por meio de borboletas. Há duas posições, uma para usar apenas até a segunda marcha e outra, apenas para as marchas mais fortes.

De acordo com Henrique Sampaio, gerente de Marketing da CAOA Chery, tal solução foi adotada para manter os custos do carro baixos: “como o Tiggo 2 será nosso carro de volume, ele precisa oferecer ao público um custo eficiente e confiabilidade”. A transmissão, fornecida pela Aisin, é a mesma utilizada no Etios, mas com calibração específica da Chery. “Nosso objetivo é atingir proprietários de hatches ou sedãs compactos que estão partindo para seu primeiro carro automático”, completou Sampaio.

O CAOA Chery Tiggo 2 traz um motor 1.5 16V flex capaz de entregar 115 cv de potência e 14,9 kgfm de torque rodando com etanol. Com gasolina, respectivamente, os números são 110 cv e 13,8 kgfm. O câmbio pode ser manual de cinco marchas em ambas as versões, ou a automática citada acima. Os freios são a disco nas quatro rodas em todas as versões.

Nas medidas, o modelo tem 4,20 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,57 m de altura e 2,55 m de entre-eixos. O porta-malas é capaz de abrigar até 420 litros. Por ser classificado como SUV, o Tiggo 2 tem algumas medidas interessantes. Como é o caso da altura em relação ao solo, de 186 mm. O ângulo de entrada é de 23,9 graus e o de saída é de 31,6 graus. O peso em ordem de marcha é de 1.240 kg para as versões manuais e 1.250 kg para os equipados com câmbio automático.

Os dados de consumo registrados pelo Inmetro dão conta de que o Tiggo 2 automático, em ciclo urbano, obtém média de 6,9 km/l com etanol e 9,9 km/l com gasolina. Na estrada, respectivamente, os números são 8,2 km/l e 11,9 km/l.

Como anda?

Direto ao assunto: o trecho de teste tinha apenas 7 km, mas era sete quilômetros de trânsito caótico na zona Sul de São Paulo. E, para quem quer um automático, este é exatamente o cenário em que o descanso ao pé esquerdo é bem vindo.

Nessa situação de anda e para do trânsito, o Tiggo 2 automático se comportou bem. Não transmitiu trancos nas arrancadas ou passagens de marcha. Com o carro parado, também não houve trepidações aparentes. E isso ocorreu com o modo ECO ativado. No Sport, o acelerador fica mais arisco e o carro responde mais rápido.

No demais, o que mais salta aos olhos ao ver o CAOA Chery Tiggo 2 é o acerto do visual. Apesar de ser um hatch mais elevado com aspirações de SUV, o modelo consegue ter equilíbrio nas linhas, sendo agradável ao olhar, principalmente quando olhado de frente. A traseira é um pouco mais simples.

Por dentro, a cabine traz um visual agradável, mas abusa dos materiais plásticos. O painel de instrumentos tem um conta-giros com movimento invertido em relação ao que a maioria dos motoristas está acostumado. Como a carroceria é mais elevada, mesmo com o banco na regulagem mais baixa, senta-se em posição bem alta, mas não sobra muito espaço para a cabeça.

No banco traseiro, o espaço não é farto, mas não aperta os passageiros. O Tiggo 2 compensa trazendo ISOFIX em dois assentos e cinto de três pontos e encostos de cabeça para todos os ocupantes que vão lá atrás.

No entanto, o isolamento acústico para vento e barulho de rolamento dos pneus é bom. A suspensão do Tiggo 2 está mais acertada para o conforto, o que é muito bom para nossos buracos e eventuais incursões em estradas de chão batido.