Animada com a boa receptividade do utilitário esportivo Tucson, cujas vendas popularizaram a marca nas ruas brasileiras em 2007, a Hyundai passou a trazer o Azera ao País no início deste ano. Importado da Coréia do Sul, o modelo tem preço sugerido de R$ 106 mil. A campanha publicitária do veículo já deixou bem clara a sua missão no mercado: mais potente que um Mercedes-Benz Classe C, mais admirado que um Lexus 350 e mais espaçoso que um BMW Série 7.
O sedã de luxo tem bons atributos para incomodar os seus rivais - não esquecendo de colocar na lista os também asiáticos Honda Accord e Toyota Camry-, graças ao seu espaço interno e custo-benefício, receita que levou ao sucesso do jipinho da marca. O ataque aos rivais é evidente e, ao menos no preço, o Azera leva vantagem. Há uma versão mais acessível, na casa dos R$ 95 mil. Como neste segmento, porém, valor não é um quesito decisivo para a compra, ele tem um bom caminho a trilhar frente aos concorrentes.
Espaçoso, bem ao gosto dos americanos
A aparência do Azera é familiar. Visualmente, a traseira tem um toque que lembra a penúltima geração do Honda Accord, além do nome escrito por extenso, característica marcante da Jaguar. Dentro, o painel de instrumentos, com destaque para o computador de bordo, remete a um Mercedes. O porte do carro chama a atenção quando roda, apesar da dianteira um pouco simples, e a saída dupla do escapamento confere esportividade. O melhor do Azera, porém, está na parte de dentro.
Há espaço suficiente para acomodar cinco adultos confortavelmente. Bancos de couro, ajuste automático do banco do motorista e da direção, teto solar e luz de leitura na parte traseira agregam comodidade. Somado a isso, há o generoso porta-malas de 685 litros. Tamanho espaço fez o carro cair no gosto dos norte-americanos e é uma boa vantagem para quem tem família com três filhos.
A primeira impressão é a que fica
Ao volante, o desempenho não é o primeiro fator que leva o motorista a se surpreender. O baixo nível de ruído transmitido à cabine é mais marcante, mesmo quando o carro foi avaliado em um trecho com muitos buracos. Aliado aos assentos tipo poltrona, o silêncio a bordo remete a uma sala de estar. Em relação ao acabamento, a marca coreana pisou na bola e abusou do uso de plástico do tipo encontrado em carros populares.
A transmissão automática permite trocas manuais; são cinco velocidades. A direção, com assistência hidráulica progressiva dá impressão de leveza, até exagerada. O motor V6 3.3 do Azera não decepciona - desempenho não é o forte dos sedãs de luxo, em função de normalmente terem grandes dimensões -, mas não provoca grandes emoções no condutor. São 237 cv de potência a 6.000 rpm e 31,2 mkgf de torque a 3.500 giros.
Pacote de equipamentos bem completo
O Azera chega ao País com um bom nível de equipamentos de série, tanto de conforto como de segurança, sendo alguns deles opcionais em seus concorrentes, o que justifica o seu custo-benefício. São dez airbags, freios ABS com controle de estabilidade, cortina elétrica solar para o vidro traseiro, ajuste elétrico dos bancos e da direção com três posições de memória, faróis de xenon, CD player com MP3 e toca-fitas. A garantia é de cinco anos sem limite de quilometragem, acabamento da direção de madeira, bancos de couro, ar-condicionado digital, piloto automático, sensor de estacionamento e de chuva, além de trio elétrico (acionamento elétrico dos faróis, vidros e retrovisores).
GOSTAMOS
Espaço interno
Nível baixo de ruído
Dirigibilidade
NÃO GOSTAMOS
Acabamento (uso exagerado de plástico)
Desempenho apenas satisfatório