01/04/2021 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
É comum associarmos os pneus dos carros aos nossos calçados. Afinal, assim como os sapatos, são eles que estão entre nós – e o nosso carro – e o chão que pisamos.
E, da mesma forma que, ao comprar um novo “pisante” precisamos escolher um par com medidas compatíveis com nossos pés e, também, apropriado para o uso que faremos dele (bota, sandália, chinelo, mocassim; para frio, para o calor…), há pneus com características e medidas indicadas para cada modelo de veículo.
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Se nos calçados encontramos essas informações registradas nas embalagens (e, algumas vezes, em solas e palmilhas), nos pneus elas são colocadas nas laterais – ou costados. Como são muitos e não caberia ali por extenso, essas especificações técnicas são grafadas em código e em sequência.
Antonio Roncolati, diretor da Unidade de Pneus de Passeio da Goodyear, explica que entender esse “idioma de borracha” é fundamental para poder substituir corretamente esses componentes por outros com as mesmas medidas.
“Essa sequência é como um documento de identificação, e os dados ali disponíveis são essenciais para o condutor não errar ao trocar os equipamentos. Os substitutos devem seguir as medidas do original para evitar problemas”, recomenda.
Vamos então aos códigos dos pneus:
1 – Indicação (categoria de uso)
É expressa em uma sequência iniciada por letras, que indicam o uso adequado para cada tipo de automóvel. Um "P", por exemplo, mostra que é um pneu para carro de passeio. Já um "LT" indica que é especial para utilitários leves (SUV’s e picapes).
Quando não há letra nenhuma, é sinal de que o pneu segue o sistema de identificação europeu.
2 – Medida
A sequência indica as medidas dos pneus e começa pela largura, em milímetros. Essa dimensão tem influência direta na aderência que o carro tem com a pista.
Em seguida, vem o perfil, que é a relação entre a altura da seção transversal do pneu com sua largura, expresso por um percentual. Uma relação altura/largura de 65, por exemplo, indica que a altura do pneu equivale a 65% de sua largura.
Já a letra seguinte revela o tipo a estrutura de construção dos pneus: “R”, para radial (os atuais), “D” ou "-" para diagonal (mais antigos). O número seguinte indica o diâmetro da roda em polegadas (14, 15, 16 etc.).
3 – Carga máxima
O peso máximo que um pneu pode aguentar (desde que calibrado de forma correta) está expresso no número seguinte, de acordo com uma tabela.
O número 80, por exemplo, indica capacidade máxima de 450 kg. “Respeitar esse indicador é fundamental”, alerta Antonio Roncolati. “Caso contrário, o veículo perde capacidade e isso pode até provocar um acidente”, explica.
4 – Velocidade máxima
Fechando a sequência vem uma letra que revela a velocidade máxima indicada para o pneu. Esse abecedário resumido começa com “N”, para até 140 km/h, e termina com Y, para até 300 km/h (veja a tabela completa abaixo).
Ter no carro pneus que suportam 300 km/h não deve ser um convite para chegar a essa marca em uma estrada, claro.
"Esses índices indicam apenas a capacidade de velocidade máxima do pneu em linha reta quando devidamente calibrado”. Diz o diretor, lembrando que é fundamental que todo o conjunto montado no carro tenha a mesma classificação de velocidade.
Tabela de classificação de velocidade do pneu
Código Velocidade máxima (km/h)
N 140
P 150
Q 160
R 170
S 180
T 190
U 200
H 210
V 240
W 270
Y 300
Resumindo, para você não se perder: a notação “205 – 55 – R19 - 91V”, por exemplo, indica um pneu com 205 mm de largura, altura equivalente a 55% dessa largura, radial, para rodas de 19 polegadas, para até 615 kg (lembre-se que cada roda recebe apenas um quarto do peso total do carro) e velocidades de até 240 km/h.
Mas isso não é tudo! Além do que está estampado na parte superior do pneu, há outras indicações que ajudam a conhecer melhor o produto.
Na parte de baixo há uma sequência chamada DOT (de “Departamento de Trânsito”). Nela estão, em sequência, informações sobre o fabricante, espessura (de acordo com a classificação da própria marca), identificação de produção (também do fabricante) e, por fim, números que revelam a data de fabricação do pneu.
Por exemplo, num pneu de marca Goodyear, no DOT “Y16L 26X2 2515”, Y16L é o código da fábrica, 26X2 o tipo de construção e 2515 indica que ele foi fabricado na 25ª semana do ano de 2015.
“Essa data é especialmente importante, porque ajuda a acompanhar o prazo de garantia dos produtos, que é de 5 anos”, explica o especialista.
Outro indicador importante é o TWI (de Tread Wear Indicator), uma marcação feita com pequenos ressaltos de borracha nos sulcos da banda de rodagem. Quando essa marcação é atingida pelo desgaste, é sinal que chegou a hora da troca.
E agora, que tal tentar localizar todas essas informações nos pneus do seu carro?
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