Laudo cautelar do carro: o que você precisa saber

Você compraria um carro usado desse homem? A frase foi cunhada na campanha do democrata John Kennedy à presidência dos EUA em 1960, e o homem em questão era republicano Richard Nixon. Kennedy ganhou, e a frase, além de acompanhar Nixon - que viria a eleger-se presidente em 1968 – até o fim da vida, espalhou-se pelo planeta. 

Mas isso foi décadas antes do surgimento da vistoria e do laudo cautelar, que consistem em uma série de procedimentos para responder à clássica pergunta e comprar/vender carros usados com uma razoável margem de segurança. 

Laudo cautelar

Realizada por empresas credenciadas de acordo com regulamento do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), a vistoria cautelar analisa a originalidade de pontos importantes como número do motor, número do chassi, número do câmbio, gravação de originalidade dos vidros, número dos cintos de segurança e outros. 

Além disso, como naquelas antigas vistorias de alguns Detrans, são checados estado dos pneus e estepe, funcionamento de faróis e uma série de outros detalhes, principalmente estruturais.    

A documentação do veículo também é dissecada para se saber sua história desde zero quilômetro, se já passou por leilão, sinistro, coisas que às vezes não inviabilizam uma venda, mas alteram o valor pedido. Pendências com multas, licenciamento, alienação fiduciária (quando o carro está alienado com algum banco ou instituição financeira) e bloqueios judiciais são igualmente verificados. 

De certa forma, essa ferramenta que foi criada e usada para ajudar o comprador e o vendedor de carros usados acabou inibindo o roubo e desmonte de veículos, já que carros-Frankenstein são facilmente desmascarados e sua comercialização inviabilizada. 

Nos sites e aplicativos dos Detrans é possível fazer laudo cautelar gratuito com os dados do carro, desde que você tenha a placa e o Renavam.

No sistema é possível verificar a data da última vistoria, ter acesso a fotos do veículo e saber qual era a quilometragem do carro. Nada tão completo quanto uma vistoria cautelar, que custa entre R$ 250 e R$ 500, dependendo do estado e da empresa em que for feita. 

Enfim, as ferramentas de hoje fizeram da frase ‘você compraria um carro desse homem’? uma pergunta retórica.  

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