VW Gol e Voyage 2019 finalmente ganham câmbio automático

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VW Gol e Voyage finalmente receberam câmbio automático

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Por dentro, única diferença é a alavanca de câmbio

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Câmbio tem seis marchas e pode-se usar o modo manual pela alavanca

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Borboletas são opcionais

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Única diferenciação visual externa é o emblema do câmbio automático

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Com a nova transmissão, Gol e Voyage usam motor 1.6 16V de 120 cv

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Não faz muito tempo que você leu aqui no iCarros que a Volkswagen havia lançado a linha 2019 para Gol e Voyage com visual dianteiro repaginado. E faz menos tempo ainda que você conferiu nossa avaliação do Voyage 1.6. No entanto, o que mais comentou-se na época destes lançamentos é que a marca ficou devendo a introdução de um câmbio automático de verdade para a dupla. Não falta mais: agora o Gol automático custa R$ 54.580 e o Voyage automático custa R$ 59.990. No caso do hatch, são R$ 3.540 a mais na comparação com o 1.6 manual. Para o sedã, são R$ 3.170 extras sobre o 1.6 manual.

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Motor e câmbio

Indo direto para as novidades. Assim como já foi feito no passado, a Volkswagen recorreu ao motor 1.6 16V EA211, o mesmo que equipa Polo e Virtus nas versões MSI. Ele é flex, não tem tanquinho de partida a frio e conta com comando duplo variável de válvulas. Todos os itens não presentes no 1.6 8V (EA111) das demais versões. O 1.6 16V é capaz de entregar 120 cv de potência e 16,8 kgfm de torque com etanol, ou 110 cv e 15,8 kgfm com gasolina.

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O câmbio é automático de seis marchas e conversor de torque, o que faz dele um automático de verdade, não automatizado. O conjunto de motor 1.6 16V e câmbio automático de seis velocidades é o mesmo nos recém-lançados Polo e Virtus MSI automáticos. Além das posições normais do câmbio, pode-se optar pela posição S, para obter mais desempenho. Também há a possibilidade de trocas manuais pela alavanca, mas quem quiser as borboletas atrás do volante terá que pegar como opcional.

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Medidas e desempenho

As medidas de Gol e Voyage não mudam para a versão automática. A única coisa que se altera é o peso. Com o novo câmbio, ambos ficaram 20 kg mais pesados, totalizando 1.040 kg para o primeiro e 1.058 kg para o segundo.

Assim, o hatch permanece tendo 3,89 m de comprimento, 1,65 m de largura, 1,47 m de altura e 2,47 m de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade para 285 litros de bagagens. Para o sedã, respectivamente, os números são 4,21 m, 1,65 m, 1,47 m, 2,47 m e 480 litros.

De acordo com a VW, o Gol 1.6 automático acelera de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos e tem velocidade máxima de 185 km/h com etanol ou, respectivamente, 10,7 s e 179 km/h com gasolina. Para o Voyage 1.6 automático são necessários 10,2 s (e) ou 10,8 s (g) para a aceleração até 100 km/h e a velocidade final é de 190 km/h (e) e 184 km/h (g).

Consumo declarado:
Gol (etanol) - 7,7 km/l urbano / 9,6 km/l rodoviário
Gol (gasolina) - 11,1 km/l urbano / 13,6 km/l rodoviário
Voyage (etanol) -  8 km/l urbano / 10,1 km/l rodoviário
Voyage (gasolina) - 11,1 km/l urbano / 14,3 km/l rodoviário
 

Itens de série

Os equipamentos de série para Gol e Voyage automáticos são exatamente os mesmo das versões 1.0 e 1.6 manual. Compreendem ar-condicionado, direção hidráulica com ajuste de altura, rodas de aço de 15 polegadas com calotas, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, suporte para celular com tomada USB dedicada e banco com regulagem de altura.

Há ainda alguns opcionais:

Kit Urban completo (R$ 3.000) - rodas de liga leve de 15”, alarme keyless, chave tipo “canivete” com controle remoto, retrovisores e maçanetas pintados na cor do veículo, grade do radiador pintada em preto ninja e espelhos retrovisores externos com ajuste elétrico, função tilt down (lado direito), luzes indicadoras de direção integradas, sensor de estacionamento traseiro, vidros elétricos dianteiros e traseiros, destravamento elétrico da tampa traseira com controle remoto, travamento elétrico das portas com controle remoto, para-sol com espelho iluminado, faróis duplos, farol de neblina, lanterna traseira escurecida, 2 luzes de leitura dianteiras e 2 traseiras, alças de segurança no teto e coluna de direção com ajuste de altura e distância.

Interatividade Composition Touch (R$ 2.000) - que traz o sistema de Infotainment com 4 alto-falantes, 2 tweeters e "I-System com Eco-Comfort" – computador de bordo e volante multifuncional com comando de sistema de som e do “I-System”.

O sistema Composition Touch conta ainda com entradas USB e para SD-card, conexão Bluetooth e permite conectividade por meio do App-connect (Android Auto, Apple CarPlay e Mirrorlink).

Interatividade Discover Media (R$ 2.100) - traz o sistema ‘Discover Media’, que permite conectividade smartphones por meio do App-Connect (Android Auto, Apple CarPlay e Mirrorlink). Tem tela colorida sensível ao toque, conexão Bluetooth para até dois celulares e possui uma entrada USB. Esse sistema de infotainment traz adicionalmente recurso de navegação.

Como anda?

Depois de andar no Gol 1.6 automático, o único pensamento que fica na cabeça é: “por que a VW não colocou esse câmbio no Gol antes?”.  No hatch, a transmissão consegue ter uma suavidade na operação maior do que no Polo/Virtus 1.0 turbo com a mesma transmissão. Nada de trancos perceptíveis nas reduções ou nas trocas de marchas.

O câmbio aproveita bem o torque extra (em relação ao 1.6 8V) e a entrega mais linear de força (na comparação com o 1.0 turbo). Não faz reduções ao menos que sejam realmente necessárias e, no modo Sport, faz o carro responder até com esperteza. É mais rápido que o esperado para uma transmissão automática convencional.

Usando o modo manual, respondeu sempre às vontades do motorista sem hesitar e sem dar tranco. Mesmo sendo ágil, acabou por não comprometer a eficiência. Abastecido com gasolina e mantendo 120 km/h na rodovia, cravou média superior a 17 km/l pelo computador de bordo, mesmo estando carregado com três adultos e bagagens. A 120 km/h, o conta-giros marcava pouco mais de 2.600 rpm,  o que ajudou no conforto acústico da cabine.

De resto, sobram apenas os mesmos elogios e críticas de sempre. Na parte que não é tão boa assim, vale ressaltar que o projeto do Gol/Voyage já está com 10 anos nas costas e vivendo de reestilizações. Isso é mais visível na parte interna. Lá você encontra os mesmos painéis de porta de 2008, mantendo as tampinhas que cobrem os antigos espaços das manivelas de vidro e pinos de porta, assim como partes da lataria expostas. A falta de porta-copos também é resultante da idade do projeto.

Mas o Gol ainda tem qualidades, principalmente mecânicas e dinâmicas. Conforme dito acima, a dupla Gol/Voyage com câmbio automático traz um dos melhores casamentos entre motor e câmbio disponíveis no segmento de entrada.

Além disso, tem uma posição mais baixa para se guiar e um acerto de suspensão mais firme, o que ajuda na hora de fazer curvas. Ainda ter direção com assistência hidráulica pode ser ruim e bom a o mesmo tempo. Ao passo que é uma solução praticamente ultrapassada hoje, te dá um feeling do que as rodas dianteiras estão fazendo e o Gol é um dos poucos carros do segmento de entrada que ainda pode ser chamado de divertido.
 

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