05/04/2019 - Thiago Moreno / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
A Jeep já está oferecendo no Brasil de forma oficial o novo Wrangler. O modelo ainda é produzido na fábrica original da Jeep, em Toledo, Ohio (EUA), está disponível por aqui na versão de acabamento Sahara em duas carrocerias, de duas e quatro portas (Unlimited), sempre com capota rígida removível e dividida em três partes.
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Os preços sugeridos para a nova geração do Jeep Wrangler são de R$ 259.990 (2p) e R$ 274.990 (4p). Os modelos vendidos no Brasil contam ainda com o pacote de acabamento Overland, que inclui rodas com desenho diferente e capota e capa do estepe na cor da carroceria.
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Foco na capacidade off-road
O Jeep Wrangler 2019 reforça a capacidade off-road graças a dois sistemas 4x4 avançados e, pela primeira vez na história do modelo, uma caixa de transferência de duas velocidades com tração integral permanente e uma relação reduzida de 2,72:1 na versão Sahara.
Chamada de Selec-Trac, essa nova caixa de transferência é intuitiva e permite que o condutor o configure e esqueça, enquanto a força é constantemente entregue às rodas dianteiras e traseiras. Entretanto, continuam existindo as posições específicas para off-road, com a tração 4x4 dividida igualmente entre os dois eixos e a 4x4 reduzida.
Ícone de design
O novo Wrangler 2019 é baseado em um desenho reconhecível graças a detalhes de estilo tradicionais da Jeep. O novo design exterior do Wrangler tem linha de cintura mais baixa e janelas maiores para melhor visibilidade externa, especialmente nas trilhas.
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A equipe de design do Jeep deu à grade de sete fendas um olhar atualizado que agora mostra as duas fendas nas pontas se cruzando com os faróis, homenageando os Jeep CJ (como o CJ-5 feito no Brasil entre 1957 e 1982). A parte superior da grade foi inclinada para melhorar a aerodinâmica. Atrás, as tradicionais lanternas quadradas são de LED.
O para-brisa foi otimizado para melhorar a aerodinâmica e possui um novo design de quatro parafusos na parte superior da moldura do para-brisa para permitir que ele possa ser rebatido mais facilmente. Uma nova barra transversal dianteira agora conecta as colunas A e permanece no lugar mesmo quando o para-brisa é dobrado, permite que o espelho retrovisor central permaneça no lugar.
As portas são de alumínio de alta resistência e têm um detalhe funcional: na dobradiça está impresso o tamanho da ferramenta necessária para remover as portas. O Wrangler pode ter todo o teto removido ou apenas os dois painéis frontais acima do motorista e passageiro. As peças estão mais leves e é possível até retirar somente a que fica sobre o condutor.
Nessa nova plataforma do Wrangler JL, a redução de peso foi de cerca de 100 kg, dependendo da versão, também incluiu uma utilização ampla de aço de alta resistência e mais alumínio em peças como o capô, por exemplo.
Sob o capô, a maior (e menor) novidade
O novo motor do Jeep Wrangler é um 2.0 turbo a gasolina, de quatro cilindros em linha, injeção direta de combustível e duplo comando variável de válvulas. Com isso, ele oferece 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque.
Juntamente com um novo câmbio automático de 8 marchas, seu torque supera o do propulsor da geração anterior, o Pentastar V6. A maior eficiência energética é auxiliada ainda pelo sistema Stop/Start e até pela assistência da direção, que agora é eletro-hidráulica.
Esse novo motor tem turbocompressor twin-scroll (fluxo duplo) de baixa inércia com uma válvula waste-gate de atuação eletrônica para resposta e desempenho, mesmo em terrenos difíceis. O turbo é montado diretamente no cabeçote para melhorar a durabilidade. Um circuito de refrigeração dedicado reduz a temperatura do ar de admissão, do corpo do acelerador e do turbo.
O novo câmbio de oito marchas entrega melhor desempenho em trilhas off-road e mais suavidade no asfalto. O resultado de se ter mais marchas é poder unir relações de mais força no fora de estrada e, ao mesmo tempo, melhorar a economia de combustível em rodovia, gerando reduções em ruído, vibração e aspereza.
Multimídia do século XXI, finalmente
Pela primeira vez, o Jeep Wrangler oferece a quarta geração do conjunto multimídia Uconnect, com tela de toque de 8,4 polegadas. O novo sistema inclui, além de navegação GPS própria, a conectividade com os sistemas Apple Car Play e Android Auto. A geração anterior tinha apenas um rádio com Bluetooth.
Outra exclusividade do Uconnect no Wrangler são as Off-Road Pages. Essas telas passam informações importantes como os graus de inclinação lateral e longitudinal do veículo, o modo de tração selecionado, o grau de esterço da direção, as coordenadas geográficas, altitude em relação ao nível do mar, entre outras. À frente do motorista, há a tela colorida de 7” no centro do quadro de instrumentos.
Radical sem esquecer da segurança
A nova geração do Jeep Wrangler traz dezenas de componentes de segurança ativos e passivos. Como por exemplo: quatro air bags sendo dois frontais e dois laterais, controles de tração, de estabilidade (ESC) e oscilação da carroceria (ERM), assistente de partida em rampa (HSA), assistente de descida (HDC), monitoramento de pontos cegos (BSM), coluna de direção ajustável em altura e profundidade, freios a disco nas quatro rodas com ABS, pontos Isofix para fixação de assentos infantis, monitoramento de pressão dos pneus, repetidores de direção nos retrovisores, nivelamento automático dos faróis, câmera traseira ParkView com linhas dinâmicas, sensores traseiros de estacionamento ParkSense, sistema de entrada e partida sem chave, entre outros.
Como anda?
Como um Jeep deveria, graças a Deus! A maior dúvida era em relação à motorização. Aposentar um V6 para usar um 2.0 turbo pode desagradar os fãs mais ortodoxos. Só que a boa notícia é que o motor novo não só entrega mais torque, como o entrega mais cedo. Em situações de pirambeira na terra, é isso que o conta: o controle e entrega de força em baixas rotações.
O circuito em que o iCarros andou com novo Wrangler era curto e adaptado para propiciar uma experiência similar a de uma trilha. Mas foi o suficiente para perceber que não foi só a cara de Jeep que se manteve. A sua capacidade também está lá. Seja em articulação em buracos, controle de aderência perfeito ou entrega imediata de força. O Wrangler JL não decepcionaria o antigo Willys MB, o modelo original feito para Segunda Guerra Mundial.
Onde o “avô” do Wrangler se surpreenderia, porém, seria na qualidade de rodagem. Enquanto não se espera muito em termos de conforto de um carro da década de 1940 feito para a guerra, o Wrangler JL é o extremo oposto, oferecendo uma cabine bem isolada e livre de rangidos mesmo em terrenos acidentados e mesmo tendo boa parte da carroceria removível.
Algumas características ainda são marcantes dos Jeep de outros tempos, como a linha das janelas mais baixas, permitindo uma melhor visibilidade descendente, para quando você precisa descer uma rampa com pouca visão. No Wrangler, também estão presentes itens clássicos, como o painel de instrumentos bem vertical e quase colado no volante, o que particularmente acho agradável, pois facilita a leitura dos instrumentos.
Os botões dos vidros elétricos ficam no console central. Não por economia de fios, mas porque, lembrem-se, você pode retirar as portas do carro e rodar sem elas. Até mesmo as entradas USB são cobertas por tampa para evitar a infiltração de pó ou água. Além disso, as caixas de som traseiras são montadas na armação do teto, para entrar na água sem muita preocupação, reforçando que o Wrangler não foi feito para vida mansa apenas.
Em suma, após essa brevíssima volta na terra com o novo Jeep Wrangler JL, já deu pra sacar o mais crucial: ainda é um Jeep e, como a própria marca diz, um ícone não muda, ele só evolui.
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