Mercedes lança no Brasil segunda geração do AMG GLE Coupé

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Basta uma olhadinha no completíssimo release da “montadora da estrela” para ficar impressionado com os números – todos eles – do mais recente lançamento.

A começar pelo nome: Mercedes AMG GLE 63 S 4 Matic + Coupé, de segunda geração. Tudo bem, temos de lembrar que os alemães são chegados a palavras compostas e compridas. 

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Mas, olhando as fotos e conferindo os números e os inúmeros recursos do novo modelo, a gente logo percebe que o nome ali é até pequeno diante de outras de suas dimensões. Comecemos pelo motor, um V8 biturbo 4.0 de 612cv de potência e pouco mais de 86 kgfm de torque, dignos de um superesportivo para autódromo. 

Você mal se acostumou com a ideia de que toda essa usina de força está sob o capô de um enorme SUV de quase cinco metros de comprimento e perto de duas toneladas de peso quando, poucas linhas depois, descobre que ainda há mais 25 kgfm de torque “extras”, vindos de um pequeno motor elétrico. 

Chamado de EQ Boost e operando em um sistema de 48 volt – que faz também o papel de arranque e de alternador – ele entra em ação nos momentos de arrancada e retomada de velocidade. 

Tudo isso é gerenciado por um câmbio automático de 9 velocidades, que podem ser trocadas manualmente por borboletas e que, na ficha técnica, se traduzem em uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e uma velocidade máxima de 280 km/h (muito provavelmente limitados eletronicamente). 

Para quem não ligou a sigla AMG – um dos sobrenomes do modelo – a seu significado, explicamos que se trata da divisão de motorsports da Mercedes, que prepara criteriosamente os modelos que chancela, todos versões apimentadas de carros “comuns”.

Chancela, mesmo, pois cada motor preparado na divisão sai de lá assinado pelo técnico responsável por sua aprovação final. 

Um visual a altura 

A tal da assinatura da AMG não se limita, é claro, à cobertura do motor. Por fora, desenho da grade do radiador, formato do capô, para-choques, rodas de 22 polegadas, spoiler traseiro, saias laterais, espelhos e molduras de janelas em preto e até as ponteiras do escapamento são exclusivas para essa versão. 

Por dentro, os bancos esportivos que abraçam o motorista são revestidos em couro napa, com emblema da divisão esportiva e o volante de três raios, com desenho e revestimento diferenciados, trazem as borboletas para trocas manuais de marcha.  

Há, no console central, teclas específicas dessa versão – como as de ajustes do modo de condução e por meio dos quais é possível mexer, por exemplo, no comportamento do sistema de escapamento (com mais ou menos ruído).

Os pedais têm acabamento em inox escovado e a sigla AMG está também presente em tapetes e outros detalhes.  

Apoio luxuoso da eletrônica 

É claro que não se coloca tanto desempenho em um carro tão alto e pesado impunemente. Mas, para que ninguém além dos engenheiros da Mercedes precise lidar com isso, a fábrica embarcou no carro um verdadeiro arsenal tecnológico de apoio à condução – a começar pelo AMG Active Ride Control. 

Por meio de atuadores eletromecânicos, um em cada eixo, esse sistema compensa os movimentos da carroceria (transferência de peso) quando se chega perto dos limites de estabilidade. Assim, além da segurança, o carro balança menos, o que aumenta o conforto. 

Todos os controles de estabilidade e tração e freios desta geração estão presentes em outros modelos da marca, são também de série, especialmente calibrados para a maior exigência.  

Os freios, claro, mereceram atenção especial: discos ventilados nas quatro rodas, com de seis pistões na frente e pinças de freio flutuantes com pistão na parte traseira  

Há ainda ajustes adaptativo dos amortecedores, autonivelamento automático - a altura do carro é sempre a mesma, independentemente do peso a bordo – e uma série de programas de condução disponíveis para as mais variadas condições e situações, de um trecho de off-road a uma pista de autódromo. 

Tudo isso age de forma precisa e apropriada sobre a tração – que é integral, distribuindo-se criteriosamente pelas quatro rodas, de acordo com a demanda –, câmbio, suspensão e comportamento do motor. É escolher e dirigir – ou pilotar.  

Todo conforto e conectividade 

No mais, tudo o que há disponível em termos de conexão nos modelos mais luxuosas da marca também está a bordo dessa versão, do sistema de entretenimento MBUX (Mercedes-Benz User Experience) a ar-condicionado digital de quatro zonas.  

O modelo ainda possui alertas de ponto cego e obstáculos (com frenagem de emergência) e direção semiautônoma, com controle de distância, mudança de faixa etc. 

Vamos à ficha técnica do carro: 

Mercedes-AMG GLE 63 S 4MATIC+ Coupé 

Motor: 8 cilindros em V, biturbo
3.982 cm3 (4.0)
Potência máxima (cv/rpm)
612 / entre 5.750 – 6.500
Torque (kgfm/rpm)
86/ entre 2.500 – 4.50
Câmbio
AMG SPEEDSHIFT TCT 9G
Aceleração 0 - 100 km/h (s)
Velocidade máxima (km/h)
280
Peso (kg) 2.445
Pneus 285/40 R22 (F) / 325/35 R22 (T)
Capacidade do porta-malas (L) 655 – 1.790 (bancos rebatidos)
Tanque de combustível/reserva (L) 85 / 12 

Dimensões (mm): 
Comprimento 4.961
Largura 2.157
Altura 1.720
Disponível por encomenda pelo preço público sugerido de R$ 1.184.900,00. 

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