Com motor V10, Audi lança o S6 no Brasil

Um sedã de luxo com quase 5 metros de comprimento deveria ter, entre suas principais características, conforto, certo? Mas não funciona assim com o S6, três-volumes que a Audi começa a vender no Brasil por R$ 399 mil e que foca mais na esportividade do que no luxo. A versão nervosa do A6 acelera de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos e chega a 250 km/h. Até passaria disso se a velocidade máxima não fosse limitada eletronicamente.

O desempenho é extraído de um valente V10 de 5,2 litros com 435 cv de potência a 6.800 rpm e 54 kgfm entre 3.000 e 4.000 giros. O propulsor é da Lamborghini e equipa o Gallardo. Existe também a versão perua Avant, com o mesmo motor e equipamentos, mas ao valor de R$ 413.300.

Visualmente, o S6 se difere pela grade do radiador com o emblema S6, spoilers dianteiro, laterais e traseiro, luzes diurnas de LEDs, faróis de xenônio direcionáveis e os detalhes prateados na grade e nos retrovisores externos, uma marca da linha S da Audi. Na traseira, destaque para as quatro saídas de escapamento e para o difusor de ar.

Por dentro, o S6 tem bancos exclusivos revestidos em couro e com o logotipo da versão estampado, volante de três raios com borboletas para mudança de marcha em alumínio e costura de duas cores. O S6 ainda vem com ar-condicionado de duas zonas, direção elétrica Servotronic com uma configuração mais direta do que no A6 e sistema multimídia com tela de 6,5 polegadas e 10 alto-falantes.

Diversão em família

Além da direção mais direta, o Audi S6 guarda algumas diferenças em relação ao A6. A suspensão é calibrada para ser dura e deixar o sedã mais estável. A transmissão Tiptronic de seis marchas tem relações mais curtas e trocas mais rápidas. Os freios possuem discos de 18 polegadas. Por isso, as rodas são de aro 19.

Dirigir o S6 é garantia de diversão. O sedã acelera rápido e o motorista quase perde a hora de trocar as marchas. Caso isso aconteça, o câmbio trata de fazer a mudança sozinho, mesmo no modo manual, quando o giro passa dos 7.000 rpm. Nas curvas, o corpo é não é deslocado, graças ao formato de concha do banco com bons apoios laterais.

Não são apenas os passageiros que ficam estáveis. O S6 conta com a tração integral Quattro, como no A6. O diferencial é central e manda 40% da força para o eixo dianteiro e 60% para o traseiro. A distribuição garante uma condução mais esportiva, mas o controle de estabilidade não deixa o carro escorregar. Quem quiser, é só apertar o botão do console e desligar o equipamento.

Também vai com calma

Apesar da aura esportiva do S6, também é possível andar no carro sem estar o tempo todo no limite. Os passageiros, claro, acabam sentindo cada imperfeição do asfalto, mas o ambiente interno garante que ninguém reclame da viagem. Quem vai atrás, conta com um bom espaço para as pernas, luzes de leitura e um largo apoio de braço com porta-objetos e porta-copos. Isso sem falar nas saídas de ar nas colunas B e no console central.

Para o motorista, o S6 vem com o piloto automático adaptativo. Basta ajustar uma velocidade e controlar o volante. Caso haja outro veículo mais lento, ele freia automaticamente e mantém uma distância segura. Quando o caminho estiver livre novamente, o Audi retoma o ritmo programado. O equipamento é muito bom para estradas com radares e para motoristas que querem andar em um ritmo mais suave. Deixar a máquina controlar sozinha toda a fúria de um V10, porém, é muito desperdício.