Design agressivo é um dos diferenciais do HB20 no segmento
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Preço inicial é de R$ 31.995, mas o valor pode chegar a até R$ 47.995
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Modelo chega às lojas em em 10 de outubro
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As revisões ocorrem a cada 10.000 km ou um ano, o que ocorrer primeiro. Garantia é de cinco anos
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Rodas de 15 polegadas e faróis cromados são exclusividade da versão Premium 1.6
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"Nossa ideia não era fazer um carro barato. Queríamos fazer um modelo competitvo", foi assim que Rodolfo Stopa, gerente de produto da Hyundai Motor do Brasil, definiu o lançamento do primeiro veículo da marca a ser fabricado em território brasileiro. De olho no Volkswagen Gol e no Fiat Palio, a Hyundai oferece o HB20 mais barato por R$ 31.995.
Para quem estranhou o HB20 ser chamado de "o primeiro Hyundai fabricado no Brasil", há motivos. Desde que a marca desembarcou no País com importados, o grupo brasileiro CAOA é responsável por trazê-los ao Brasil e por sua manutenção. Atualmente, monta o Tucson e o HR em regime CKD, com peças importadas. Montagem, porém, não é fabricação.
Todo o investimento feito na fábrica de Piracicaba (SP) e para o desenvolvimento do HB20 foi bancado pela matriz Hyundai Motor Company, sem participação do grupo brasileiro. Quarenta e quatro lojas devem ser abertas no Brasil até 10 de outubro pela empresa sulcoreana exclusivamente para o novo modelo. As atuais 176 lojas pertencentes ao grupo CAOA estão autorizadas a fazer a manutenção do HB20, mas apenas algumas foram selecionadas para vendê-lo. Da mesma forma, qualquer loja da Hyundai pode fazer manutenção dos modelos da marca, importado/montado nas dependências da CAOA ou feito pela Hyundai Motor do Brasil. Entre lojas próprias e do grupo brasileiro, a marca espera ter 200 concessionárias até 2013.
Descobrindo o compacto HB20
O lançamento foi inteiramente concebido para o mercado brasileiro e mescla itens de outros modelos da marca ao redor do mundo, como pode ser visto na grande frontal hexagonal, como usado no ix35, que usa elemento tipo "asa", como no Azera. Por dentro, o acabamento é honesto com arremates bem feitos. Os botões estão distribuídos de forma lógica e são fáceis de usar. O espaço para quem vai à frente agrada. Como o teto do HB20 não tem um caimento acentuado, o espaço para a cabeça no banco de trás é suficiente, mas levar três passageiros implica que um ficará apertado.
A versão de entrada Confort 1.0 traz de série direção hidráulica, ar-condicionado, ajuste de altura para o banco do motorista e airbag duplo frontal, além de itens de acabamento como aerfólio traseiro, rodas de ferro de 14 polegadas com calotas e faróis de máscara negra. Por R$ 2.000 a mais, o Pack Plus acrescenta vidros e travas elétricas, alarme e chave com telecomando das travas. Equipado com o Pack Style, o HB20 1.0 custa R$ 37.995 e adiciona freios ABS, faróis de neblina, regulagem de altura e profundidade do volante, rodas de liga-leve de 14 polegadas e rádio com conectividade via iPod, USB e entrada auxiliar.
A lista se repete com os modelos 1.6, que não saem por menos de R$ 36.995. O valor do Pack Plus no 1.6 é o mesmo, R$ 2.000, enquanto o Pack Style sai por R$ 6.000 a mais que a versão Confort 1.6. Com o último pacote, o modelo é adquirido com câmbio automático e o preço vai para R$ 45.995. Exclusiva para o HB20 mais potente é a versão Premium, com preço inicial de R$ 44.995 para a configuração manual. Ela acrescenta à Confort Style 1.6 sensor de estacionamento traseiro, banco traseiro bipartido, faróis cromados, sistema de desodorização do ar-condicionado e rodas de liga-leve de 15 polegadas. O 1.6 Premium automático custa R$ 47.995 e, além de dispensar a embreagem, também ganha encosto de braço para o motorista.
O único opcional é o sistema de som para as versões que não saem de fábrica com o equipamento e tem preço de R$ 995 para todas as configurações, 1.0 ou 1.6. As cores sólidas diponíveis são branca, vermelha e preta. As metálicas, que custam R$ 1.045, são prata e cinza. Se o comprador quiser pintura perolizada, terá de pagar R$ 1.245 e poderá escolher entre as cores azul, marrom e preto perolizado.
1.0 não desanima, mas ainda é popular; 1.6 roda bem
As opções de motorização são 1.0 flex de três cilindros com comando variável de vávulas e 80 cv de potência com etanol e 75 cv com gasolina e um 1.6 16V flex quatro cilindros, também com comando variável, e 128 cv de potência rodando com combustível vegetal e 122 cv com o derivado do petróleo. O motor menor é acompanhado por um câmbio manual de cinco velocidades, enquanto o de maior capacidade pode ter a caixa manual ou automática de quatro marchas. Nas medidas, o modelo conta com uma distância entre-eixos de 2,5 m, 3,9 m de comprimento, 1,7 m de largura e 1,5 m de altura. O porta-malas é capaz de levar 300 litros.
O iCarros rodou tanto com a versão 1.0 como com a versão 1.6 16V. Na configuração menos potente, o comportamento do pequeno três cilindros é singular. Com um pouco de vibração e ruído em médias rotações, a situação se estabiliza conforme o giro do motor sobe - o bloco ganha giro rapidamente. Abastecido com etanol, o propulsor desenvolve 10,2 kgfm de torque aos 4.500 rpm, mas 85% dessa força já está disponível aos 2.000 rpm. Só não espere um milagre, pois ainda é um motor de pequena cilindrada. Ideal para o uso urbano, não teve problemas com ladeiras, mas na estrada é preciso usar o câmbio repetidamente para obter retomadas satisfatórias.
Já o 1.6, com 16,5 kgfm aos 5.000 rpm com etanol, responde bem em qualquer situação. Não hesita em baixas e médias rotações, mas parece "perder fôlego" na medida em que o tacômetro se aproxima do limite. A suspensão do modelo está mais voltada para a estabilidade. Mesmo em curvas acentuadas, tanto o 1.0 como o 1.6 perderam pouco a aderência do solo e transmitiram segurança. Os pneus nem fizeram menção de que iriam desgarrar. O porém é que, nos buracos maiores, o conjunto dá trancos secos.
Mercado deve puxar modelo 1.6 - a produção em massa do HB20 começa em 20 de setembro na fábrica da Hyundai em Piracicaba (SP); as vendas têm início em 10 de outubro. A marca não arriscou uma previsão de vendas, mas a planta do interior de São Paulo tem capacidade para 150 mil carros produzidos por ano. Num primeiro momento, operará com uma meta de 90 mil unidades do HB20 por ano. Apesar de estar apostando num bom desempenho do motor 1.6, o presidente da Hyundai Motor do Brasil, Chang Kyun Han, declarou que "a fábrica é flexível. Se a demanda por 1.0 aumentar, nós podemos nos adequar".
Para o HB20, a marca sulcoreana preparou um plano de revisões com preço fixo, mas não informou os valores. As verificações ocorrem a cada 10 mil km ou um ano, o que ocorrer primeiro, sendo que as duas primeiras têm mão-de-obra gratuita. A hora trabalhada de um técnico da Hyundai para fazer a revisão custa R$ 150. A garantia é de cinco anos sem limite de quilometragem e "serve para dar mais confiança ao consumidor e assegurar um melhor valor de revenda", segundo disse Han.
O próximo ano também reserva novidades da Hyundai para o Brasil. Quem fez as contas, viu que os 90 mil HB20 fabricados por ano não vão ocupar totalmente a planta. Isso porque, em janeiro, a marca apresentará um crossover baseado no hatchback e esse carro estará exposto durante o Salão do Automóvel de São Paulo 2012, que acontece em outubro. Em março de 2013, será mostrada a versão sedã do HB20.
Confira a lista de preços do Hyundai HB20
1.0 Confort - R$ 31.995
1.0 Confort com Pack Plus - R$ 33.995
1.0 Confort com Pack Style - R$ 37.995
1.6 Confort - R$ 36.995
1.6 Confort com Pack Plus - R$ 38.995
1.6 Confort com Pack Style Manual - R$ 42.995
1.6 Confort com Pack Style Automático - R$ 45.995
1.6 Premium Manual - R$ 44.995
1.6 Premium Automático - R$ 47.995
Viagem a convite da Hyundai Motor do Brasil