Traseira do hatch tem lanternas afiladas e duas saídas de escape
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A frente tem farois de duas parábolas; seta fica no para-choque
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Nas laterais chamam a atenção as maçanetas das portas traseiras, que ficam nas colunas
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O sedã é mais conservador e lanternas chegam a lembrar o Renault Symbol
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LEDs e luz de ré são os destaques das lanternas do hatch
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Lanterna, ou luz de posição, fica envolvida em plástico
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Porta-objetos e luzes de leitura estão no interior do médio chinês
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Interior é espaçoso, mas falhas de acabamento
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Porta-malas tem abertura interna
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Painel tem desenho agradável, mas um espaço vazio no alto poderia ter outra função
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Console tem porta-copos e tomada de 12V
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Plásticos com falhas de encaixe estão por toda a cabine
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Porte de médio, preço de compacto e um bom pacote de equipamentos. São essas armas que a Chery quer usar para quebrar o “preconceito” do brasileiro com carros chineses. Sentimento que existe, segundo as palavras do executivo da marca Luis Curi. “Uma peça que falta para uma montadora grande passa despercebida. Se acontece com uma chinesa, logo é tachada de incompetente”, afirmou.
O Cielo já está sendo vendido tanto na versão hatch como sedã com preço sugerido de R$ 41.900, mas praticados com até
R$ 5.000 acima. A carroceria menor tem 4,28 m de comprimento, 1,97 m de largura e 2,55 m de entre-eixos. Um Ford Focus tem 4,35 m, 1,84 m e 2,64 m, respectivamente, números compatíveis, mas com o mesmo pacote de equipamentos, o valor do Ford fica em R$ 54.100. Comparando valores, o Cielo hatch acaba brigando com Volkswagen Polo e Fiat Punto (versões de entrada).
O Cielo vem com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, airbag duplo, freios ABS, farois de neblina, rodas de liga-leve de 16 polegadas, CD-player com MP3 e porta USB e sensor de ré. O mesmo vale para o sedã, que tem 6 cm a mais no comprimento e porta-malas de 395 litros, contra os 337 l do hatch.
Outro ponto a ressaltar no carro é o desenho bem acertado. Os farois são de dupla parábola com a lanterna dentro de uma cápsula de plástico, um detalhe que faz a diferença no visual durante a noite. As lanternas do hatch são formadas por LEDs e a saída de escapamento dupla. As lanternas do sedã são comuns e seus desenho lembra as do Renault Symbol.
Desenho esportivo...O interior tem um visual que agrada, com botões à mão e porta-objetos. Os comandos do ar-condicionado são bem acabados e precisos. O acabamento geral, no entanto, mostra o porquê do preço baixo do carro. Há plástico demais, falhas de encaixe e rebarbas em toda a cabine. No alto do console, chama a atenção um espaço vazio, que guarda apenas o aviso de que o farol de neblina está aceso.
Do lado de fora também há as mesmas falhas, como nos frisos do para-choque dianteiro que deixam os dentes de encaixes aparente. As molduras do farol de neblina e da luz de seta estavam soltas no carro avaliado durante o lançamento.
... desempenho nem tantoAo volante, o Cielo decepciona quem esperava a esportividade sugerida pelo visual externo. O motor acorda somente após os 4.000 rpm. Com 1,6 litro e 16V, o torque de 14,9 kgfm chega ao seu topo entre 4.300 e 4.500 giros. A potência máxima é de 119 cv a 6.150 rpm.
O câmbio tem encaixes justos, mas com escalonamento falho, com “buracos” entre algumas marchas; o giro cai demais nas trocas, principalmente entre a segunda e terceira. A suspensão, ao menos, é bem acertada, mas o curto teste-drive de cerca de 10 km não nos permitiu avaliar o carro em curvas mais fechadas nem em trechos urbanos.
Segundo a fábrica, em ambas carrocerias, o Cielo acelera de 0 a 100 km/h em 14 segundos e tem velocidade máxima de 170 km/h. O consumo médio fica em 9 km/l. A expectativa é de vender apenas 2.000 unidades até o final do ano. Com estes números, no entanto, parece que nem a estatal chinesa confia na quebra de preconceitos.
Teste drive feito a convite da Chery do Brasil