Chevrolet lança oficialmente o Volt

Com fábrica em 40 países, presença em 127 nações e 77 anos consecutivos na liderança do mercado mundial (perdeu o primeiro posto para a Toyota no ano passado), a General Motors fez hoje (16) 100 anos desde a sua fundação nos Estados Unidos, mas comemorou a data de olho nos próximo centenário. Em uma festa na sua sede em Detroit e transmitida para todas as filiais, a GM mostrou o que espera do futuro. A estrela principal do evento foi o Volt, carro híbrido da Chevrolet capaz de rodar apenas com eletricidade. As 220 células de íon-lítio do carro podem ser carregadas diretamente na tomada. Usando uma fonte de 220 volts, a carga demora cerca de três horas. Com a tomada de 110 volts, leva-se algo em torno de oito horas pra recarregar o Volt. Com uma carga, o modelo roda cerca de 64 km. Além disso, cada um dos quatro discos de freio do Volt conta com um sistema de reaproveitamento de energia. O motor elétrico tem 152 cv de potência e 37,7 kgfm de torque, além de ser capaz de atingir 160 km/h. Por dentro, o Volt tem telas de cristal líquido para o display de instrumentos e ar-condicionado e já vem com tecnologia de conexão via Bluetooth. A direção é assistida eletricamente. A GM diz que estuda a construção do Volt na planta de Detroit, mas ainda negocia incentivos com o governo norte-americano para adaptar a fábrica ao modelo. A montadora diz que iniciará produção do carro no final de 2010. Ele será vendido somente em mercados dos Estados Unidos e da Europa e não virá ao Brasil. ‘O País ainda não está preparado para ter carros elétricos’, diz Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil e Mercosul. Investimentos e novidades para o Brasil A GM do Brasil aproveitou para anunciar novidades para o Brasil. Na parte brasileira da festa, em São Caetano do Sul (SP), a montadora mostrou um protótipo de um veículo compacto. Ele passou todo o tempo escondido sob uma capa, mas que deixava as marcas de um hatch pequeno, com linhas retas e já com a nova identidade da marca: grade cortada por um friso da cor da carroceria com a gravata dourada. Trata-se do primeiro membro da família Viva. O conceito será exibido no Salão do Automóvel de São Paulo e poderá entrar em produção no ano que vem. Para desenvolver a família, foram investidos US$ 500 milhões na filial brasileira. O projeto Viva vai substituir a família Corsa com hatch, sedã e picape. Outro meio milhão de dólares será investido na fábrica de motores em Joinville (SC). Dela sairão os propulsores ‘Família I’ de 1,0 litro e 1,4 litro. Já está aprovado também outro investimento de valor igual para outra linha de veículos, a ser fabricada em São José dos Campos. ‘Estamos aguardando agora a aprovação de um fundo de US$ 1 bilhão para a renovação do restante da linha GM no Brasil’, disse Ardila.