16/02/2011 - Anelisa Lopes, do Rio de Janeiro (RJ) / Fonte: iCarros
A Renault inovou com o Fluence para substituir o Mégane. O Toyota Corolla está na fila para ser atualizado. A Volkswagen promete um Jetta mais acessível. E a Peugeot acaba de lançar oficialmente o 408 no lugar do 307 Sedan. E assim se dará o primeiro semestre de 2011 no segmento de sedãs médios, mercado que vende 200 mil carros por ano.
No caso do lançamento da Peugeot, a montadora busca, sobretudo, ser o calcanhar de aquiles das japonesas. E, para isso, investiu fortemente no serviço de pós venda, inclusive, com garantia de três anos. A meta inicial é comercializar cerca de 13 mil carros no ano e, quando sua posição estiver consolidada, abocanhar 10% do total deste mercado. A ofensiva do 408 será baseada em três opções: Allure, Feline e Griffe, todas com motor de 2,0 litros flex, diferenciadas pelo acabamento e oferta de equipamentos. A expectativa é que a versão intermediária responda por 60% do total.
Os preços variam entre R$ 59.500 e R$ 79.900, sendo que o mais barato, além do câmbio automático de quatro velocidades, também pode ter caixa manual de cinco. No segundo semestre, a versão com motor 1.6 turbo de 165 cv de potência e câmbio sequencial de seis velocidades, com borboletas na direção, será trazida para o Brasil.
À primeira vista, os farois rasgados e o novo logotipo da marca francesa saltam aos olhos na dianteira. Mais uma vez, no entanto, como aconteceu no 307 Sedan e no 207, houve falta de conversa entre a parte da frante e de trás, o que resultou numa mistura de ousadia e pobreza na carroceria. As lanternas ficaram pequenas para o porte do carro.
Espaçoso, o sedã de 2,71 metros de entre-eixos e 4,69 metros de comprimento (só perde em tamanho para o Citroën C4 Pallas) chega a carregar confortavelmente cinco adultos, que dispõem de um porta-malas de 526 litros. Para ter preço competitivo, porém, mesmo na versão topo de linha, a montadora sacrificou o acabamento da cabine. O painel do 408 agrupa os comandos de forma simplificada.
Na versão topo de linha, o modelo vem com freios ABS, seis airbags, controle de estabilidade, direção eletro-hidráulica, piloto automático, rodas de liga leve de 17 polegadas, teto solar elétrico, GPS, bancos de couro, sensor de chuva e estacionamento, entre outros. As vendas do 408 começam na segunda quinzena de março.
Câmbio diminui trancos nas mudanças de marcha
Na arrancada, a primeira percepção se dá na melhora da caixa de câmbio escolhida para equipar o 408. Quem já teve contato com outros modelos automáticos da linha sabe que suavidade não é o seu forte.
Dessa vez, a montadora desenvolveu um sistema que prioriza a saída e as trocas de velocidade. Na prática, as mudanças são menos sentidas, dando mais ânimo e agilidade na condução. O novo câmbio de quatro velocidades, porém, só está disponível no 408. O conjunto mecânico é complementado por um motor de 2,0 litros de 151 cv de potência e 22 mkgf de torque. Durante o teste drive entre a cidade do Rio de Janeiro e Petrópolis, o desempenho do sedã agradou. Nas curvas, o carro mostrou-se estável, sem ter precisado abusar da rigidez na suspensão.
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