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MINI John Cooper Works: meu nome é trabalho

MINI John Cooper Works chega ao Brasil com câmbio automático e veia esportiva bem à mostra

11/08/2013 - Hairton Ponciano Voz (iCarros) / Fotos: divulgação / Fonte: iCarros

Ele já trabalhou por aqui. Entre 2010 e 2012, o MINI John Cooper Works foi trazido em pequena quantidade, apenas com transmissão manual. Foram 21 unidades em 2010, 118 em 2011 e 51 no ano passado. Agora, a MINI deseja ampliar a presença da versão topo de linha. A empresa pretende vender só neste ano 230 unidades do MINI mais radical. Para isso, conta com os mesmos 211 cv do modelo anterior, mas agora com câmbio automático, além de mudanças no motor. A novidade chega às vésperas da apresentação do MINI re-estilizado, prevista para novembro, na Inglaterra.

Antes muito concentrada no hatch, a proposta da MINI agora é expandir a versão JCW. O modelo já está à venda nas configurações hatch (R$ 136.950), Coupé (R$ 141.950), Cabrio (R$ 151.950) e Roadster (R$ 156.950). Esses valores representam R$ 17 mil a mais que as versões Cooper S das diferentes carrocerias. O pacote inclui personalização visual e um conjunto mecânico mais potente, que deve ser estendido no ano que vem para o Paceman e o Countryman.

Puristas podem dizer que esportivo que é esportivo precisa ter transmissão manual, mas a questão é que ninguém – nem quem gosta de esportivos – quer pagar mais de R$ 100 mil e ainda ter de trocar marchas. A ideia é deixar o trabalho de trocas para o John Cooper Works. Afinal, o nome dele é trabalho. Visualmente, o modelo pode contar com o exclusivo vermelho “chilli red” no teto, além de alterações como saias laterais, para-choques, moldura nas soleiras, bancos e volante de couro com costuras vermelhas etc. As rodas aro 17 são próprias, e os discos de freio são maiores.

Aditivo sob o capô

A linha John Cooper Works está para a MINI como a divisão M está para a BMW e a AMG para a Mercedes. Representa a preparação (visual e mecânica) que deixa os veículos ainda mais especiais. Portanto, os JCW são um degrau acima dos Cooper S. Enquanto o Cooper S tem 184 cv, o John Cooper Works rende 211 cv. A turbina está um pouco maior, assim como a pressão de turbo, que subiu de 2,0 bar no Cooper S para 2,15 bar na versão mais apimentada. Calma que não é só isso. O ótimo torque de 26,5 kgfm ainda pode chegar a 28,5 kgfm com a função overboost ativada, um incremento de torque momentâneo, que dura um minuto, e é um recurso útil para ultrapassagens.

Com isso, o comportamento do carro fica bem mais nervoso. Foi o que ficou evidente no teste drive realizado no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu, interior de São Paulo. O câmbio automático de seis marchas Steptronic (da BMW) forma uma boa dupla com o motor 1.6 turbo, que passou por mudanças e ganhou nova denominação. Era conhecido como N14, mas agora recebeu o código de N18. A MINI diz que pouca coisa sobrou do anterior (caso do bloco e do coletor de admissão), mas, na prática, a ênfase foi na redução de emissões, já que potência (211 cv) e torque (26,5 kgfm) são os mesmos.

Na pista, o hatch mostrou comportamento arisco de direção (elétrica), motor, freios e suspensão. O MINI é aquele tipo de carro que você “veste”. É fácil encontrar a posição ideal ao volante e isso é fundamental em esportivos. Todas as regulagens de bancos são manuais, mas de simples operação. A coluna de direção pode ser ajustada em altura e profundidade, e se movimenta juntamente como o conta-giros, instalado bem atrás do volante (no MINI, o grande velocímetro fica no centro do painel).

A direção tem respostas bem diretas, facilitando a condução esportiva. Um pequeno movimento e o carro traça a linha que você imaginou na pista, com obediência. A suspensão firme (uma tradição desde o primeiro MINI, que nem molas tinha) confere alta estabilidade, com pouquíssima inclinação da carroceria. O MINI costuma incomodar um pouco nas ruas de pavimentação irregular (ou seja, todas as ruas do Brasil), mas numa pista de competição ele está em casa e garante muita diversão.

Como o carro tem entre-eixos curto (2,47 m) e pouco balanço dianteiro e traseiro (distância entre as rodas e os para-choques), o comportamento em curvas é muito bom. É fácil provocar a traseira numa aproximação de curva. Com uma freada mais forte e um leve movimento do volante, a traseira desgarra e o carro “aponta” para a reta. Aí, basta acelerar, que o turbo faz o resto. O MINI sai forte das curvas, com aquela sensação de pressão do corpo no encosto do banco. Nas curvas, colabora também o diferencial eletrônico (EDLC), capaz de variar automaticamente o bloqueio entre 10 e 50%, para garantir boa dirigibilidade com pouca derrapagem.

Claro que um câmbio automatizado de dupla embreagem melhoraria ainda mais as respostas. Afinal, a transmissão automática convencional, com conversor de torque, é menos rápida nas trocas. Mas o sistema, da japonesa Aisin, não compromete. E com o botão Sport acionado, as trocas são um pouco mais rápidas. A marca fala em 0 a 100 km/h em 6,7 segundos para o hatch, e máxima de 236 km/h.

O hatch estava sem borboletas atrás do volante. Por isso, as trocas manuais precisavam ser feitas na alavanca, e no esquema BMW, ou seja, redução para frente e aceleração para trás. O iCarros andou também no conversível, que mostrou a mesma disposição. Mas, nesse caso, o melhor é usar menos motor e curtir mais o teto recolhido, em baixa velocidade. A linha John Cooper Works, a propósito, quer contemplar os dois tipos de público.

De acordo com o diretor da MINI Brasil, Paulo Manzano, a linha pretende alcançar tanto quem busca esportividade (e aí o modelo indicado seria o hatch ou o coupé) como quem almeja exclusividade (caso em que o cabrio serve como uma luva). Nesse caso, por conta da aerodinâmica um pouco pior (Cx 0,36 no hatch e 0,37 no cabrio) e do peso um pouco maior (1.185 kg no hatch; 1.265 kg no conversível), a aceleração de 0 a 100 km/h sobe para 7,1 segundos, e a máxima baixa para 233 km/h.

Mais sobre o motor

Esse motor 1.6 turbo é fruto da parceria BMW-PSA, e equipa vários modelos tanto da empresa alemã (que controla a MINI) como das francesas Peugeot e Citroën. Ele tem o sistema Twin Scroll, que consiste em duas passagens menores para os gases de escape. Graças a esse artifício, os gases ganham velocidade durante a passagem, acelerando a turbina e aumentando a quantidade de ar na admissão. Além disso, tem injeção direta de combustível e conta com o sistema Valvetronic da BMW, que dispensa as borboletas de aceleração. São 16 válvulas e comando variável. 

Quem foi John Cooper? - John Cooper nasceu na Inglaterra em 1923, e deixou a escola aos 15 anos para ingressar na Royal Air Force, como ferramenteiro. Após a Segunda Guerra Mundial, fundou com seu pai, Charles Cooper, a oficina Cooper Car Company, especializada em carros de corrida. É atribuído a ele o pioneirismo na fabricação de monopostos com motorização traseira, um modelo de carro que deu origem aos Fórmula 1. A equipe Cooper de Fórmula 1 ganhou os campeonatos de 1959 e 1960, com o piloto Jack Brabham. Nomes como Stirling Moss e Bruce McLaren também pilotaram os carros da Cooper. A associação com a MINI também é antiga. Carros preparados pela Cooper venceram o tradicional Rali de Monte Carlo em 1964, 65 e 67. John Cooper morreu em 2000, aos 77 anos.

Teste drive a convite da MINI

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