VW quer Seat abaixo da Audi e transformar Skoda em Dacia

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A Volkswagen é dona de nada menos do que oito marcas de automóveis em todo o mundo. Evidentemente, é complicado colocar cada uma em um nicho de mercado diferente, especialmente no segmento generalista onde estão Volkswagen, Seat e Skoda. Com isso, o grupo quer aumentar a distância entre cada marca.

A estratégia seguirá o que é feito no segmento de luxo, onde a Audi é a maior marca e volume e mais popular, ao passo que a Bentley atua no altíssimo padrão de refinamento. Porsche, Lamborghini e Bugatti, entre as esportivas, tem cada uma seu nicho.

Dacia da Volks

No entanto, essa diferença não existe entre Skoda, Seat e Volkswagen. Hoje, a Skoda é a mais barata das três, mas conta com opções de luxo em seus carros que as colocam em vantagem perante os Volkswagen, que tem uma pegada mais sofisticada. A Seat fica perdida nesse meio, tentando puxar um pouco pela esportividade.

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Segundo Michael Jost, chefe de estratégia de produto do grupo Volkswagen, em entrevista ao Automotive News, “queremos mudar a identidade das marcas para que sejam mais claras no futuro”. A ideia é criar degraus entre Skoda, Seat e Volkswagen como é feito entre Porsche, Lamborghini e Bugatti.

A Skoda se direcionaria ao mercado de baixo custo, porém com mais foco que hoje. Ela se tornaria a Dacia da Volkswagen, vendendo carros maiores e mais baratos, com acabamento mais simples e sem opções de luxo. “A Skoda pode servir à Europa Oriental, onde os consumidores buscam por mais funcionalidade”, diz o executivo.

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Esse mercado é hoje dominado por marcas focadas no custo mais baixo de seus veículos, como Hyundai, Kia, Lada, além da Daica ou a Renault (vendendo modelos da Dacia) faz. Com essa mudança de paradigmas, a Skoda perderia versões de luxo de seus carros e opções como couro tipo Alcantara.

Porsche da classe média

Já a Seat subiria de nível. A divisão Cupra, separada como marca, faz o papel de levantar a imagem da marca espanhola dentro do mundo Volkswagen. A nova fase da Seat a transformaria em uma marca semi-premium, como a Peugeot tem se tornado na Europa, mas com a veia esportiva bastante saltada.

A ideia é que a Seat fique acima da Volkswagen, mas abaixo da Audi em questão de posicionamento de marca e preço. Além disso, oferecer esportivos mais baratos faria da Seat uma espécie de Porsche para os menos endinheirados. Essa mudança de posicionamento permitiria à Skoda ou a Seat vir ao Brasil sem atrapalhar os segmentos que a Volkswagen atua.

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