02/12/2020 - Fernando Calmon / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
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Em Fortaleza, capital do Ceará, há um serviço de menor porte chamado Vamo, desde 2016, administrado por uma parceria público-privada. Começou com carros elétricos chineses, depois substituídos há um ano pelos Renault Zoe. São 12 estações e seis tarifas que começam em R$ 15 por 30 minutos.
Experiência do banco no setor começou por meio de bicicletas em 2011, no Rio de Janeiro, em parceria com a prefeitura carioca e a operadora Serttel. Depois o Bike Itaú expandiu-se para São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife e Olinda. Apenas em São Paulo, são 260 estações e 2.600 bikes. No sistema todo, há atualmente 11 mil bicicletas.
Os usuários podem desbloquear as bicicletas diretamente pelo aplicativo e também visualizam previamente quantas unidades há disponíveis em cada estação. As devoluções podem ser feitas em qualquer outro ponto ou estação da cidade. Logística de operação e manutenção do sistema é responsabilidade da empresa Tembici.
O sistema vec Itaú começa de forma experimental no primeiro trimestre de 2021, na capital paulista, com frota de cinco elétricos: um BMW i3, três JAC iEV40 e um Jaguar I-Pace.
A experiência com as bicicletas terá seu valor e um aplicativo semelhante vai liberar o carro. Este poderá ser devolvido na mesma ou em qualquer outra estação, todas com carregamento rápido e higienização completa.
Utilização no anda e para da cidade é a melhor condição de uso para qualquer elétrico porque todas as desacelerações implicam regeneração automática para recarregar a bateria.
Isso encurtará bastante o tempo que os carregadores rápidos das estações precisarão entrar em ação, permitindo a inspeção detalhada de cada veículo e respectiva limpeza. Isso deve evitar os problemas ocorridos em Paris (ler abaixo).
Inicialmente, haverá uma tarifa fixa e um valor por minuto de utilização a serem definidos para cada modelo de carro. O banco formou parceria com a UCorp, responsável pelo aplicativo, plataforma, infraestrutura de conectividade e operação de logística. Está prevista expansão alinhada à demanda. Qualquer interessado terá acesso ao sistema.
Segundo Rodnei de Souza, diretor do Itaú Unibanco, “temos nos preparado para atuar cada vez mais com as novas tendências automobilísticas, que envolvem carros elétricos, híbridos, compartilhados e conectados, além de plataformas que estimulam a intermodalidade e a evolução da mobilidade urbana”.
Onde tudo começou
A ideia de utilizar carros elétricos compartilhados surgiu em Paris. A empresa Autolib, do grupo Bolloré Industrial, se inspirou no sucesso de compartilhamento de bicicletas, chamado Vélib, serviço criado pela prefeitura da capital francesa em parceria com o grupo JCDecaux em 2007. Segundo a Wikipedia, são mais de 18.000 bicicletas e 1.229 estações.
Autolib começou a funcionar no final de 2011. Os hatches foram desenhados pela Pininfarina, para quatro passageiros, dimensões de subcompacto (3,30 m de comprimento; 2,50 m de entre-eixos; 1,74 m de largura; 1,61 m de altura), duas portas e porta-malas minúsculo.
A Bolloré fabricava o Bluecar e suas próprias baterias de lítio-metal-polímero. A empresa tinha interesse em desenvolver essa tecnologia de armazenar energia elétrica e expandir o negócio para cidades da França e do exterior.
Sucesso veio de imediato. No pico chegou a uma frota de quase 4.000 unidades e cerca de 130.000 motoristas inscritos. Havia 1.084 estações de entrega e retirada, além de quase 6.000 pontos de recarga de bateria.
Os problemas começaram com a logística. Havia fluxo concentrado da periferia para o centro, na parte da manhã, e no sentido oposto, no final da tarde. A redistribuição da frota começou a encarecer.
A diminuição de rentabilidade do negócio levou a falhas de limpeza e de manutenção, o que acabou solapando a confiança dos usuários. A empresa abandonou o negócio em meados de 2018. No entanto, Renault e PSA lançaram seus programas próprios de compartilhamento e mais uma empresa, Clem, estreou em meados deste ano.
São operações mais restritas e com frotas menores para facilitar a administração e manutenção.
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