Twingo do Carlos: conheça o Twingo mais famoso do Instagram

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Twingo do Carlos usa o antigo Renault para fazer graça com os carros mais caros

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Além de ironizar situações inusitadas

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Alguns anos após a reabertura das importações no Brasil chegou por aqui um carrinho francês bem diferente. Parecia um monovolume, mas era pequeno. Era um carro urbano, mas só tinha duas (grandes) portas. Os faróis e a grade davam a impressão de que o carro estava sempre sorrindo e, mais importante, seu interior poderia ser convertido em uma cama de casal. Estamos falando do Renault Twingo, que foi vendido no Brasil entre 1995 e 2002.

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Enquanto o carro em si não fez tanto sucesso por seu jeito excêntrico (as primeiras unidades tinham botões e maçanetas internas verdes), era uma solução prática e diferente para encarar o trânsito, mas que estava à beira do esquecimento por aqui. Mas isso pode mudar, pois o perfil do Instagram Twingo do Carlos está querendo retomar toda a glória do hatch.

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Com fotos em situações inusitadas ou ao lado de supercarros, o perfil compara de forma descontraída as vantagens do Twingo sobre máquinas como Ferrari, Jaguar e Hummer. O carro? Um Renault Twingo 1.0 16V de 2001, pertencente ao estudante mineiro Carlos Eduardo Assis Arrunategui, 22.

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Morador de Belo Horizonte (MG), Arrunategui afirma que a ideia do perfil veio por acaso: “Eu já tinha algumas fotos dele estacionado ao lado de ‘carrões’ sem motivo mesmo achava divertido. Um dia eu tive a ideia de fazer um Instagram para pôr essas fotos com o único objetivo de divertir meus amigos mais próximos, pois o Twingo já era motivo de brincadeiras entre minha turma.”

A descrição do perfil na rede social diz “Twingo do Carlos: Mostro o dia a dia de um Renault de alto luxo e indiscutível performance, geralmente acompanhado de carros que almejam um dia ser como ele”.

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Para o estudante, a ideia nunca foi a de enaltecer o Twingo ou outros carros mais antigos, mas “acredito que seja o efeito colateral mais bacana, tenho visto muita gente feliz com seus automóveis simples, fazendo páginas para eles, se divertindo e idolatrando seus carros sem levar em conta o preço deles”.

Carlos Arrunategui ainda afirma que “a verdadeira essência do Twingo do Carlos é divertir um público que gosta de carros, mas valorizando uma coisa simples, que me dá orgulho de ter, por mais que seja totalmente diferente do ideal comum das pessoas”. O estudante ainda brinca dizendo que “chamar a atenção com um BMW M4 é fácil, nem tem graça (risos)”.

A ligação do estudante com o pequeno Twingo vem da infância, pois foi um dos carros que o pai de Carlos teve quando o estudante era criança: “Quando eu era mais novo. lembro-me de um dia que meu pai chegou em casa com um carro muito diferente, era muito pequeno por fora, mas por dentro era um dos mais confortáveis que eu já tinha andado e foi esse meu primeiro contato com um Twingo. Esse carro marcou minha infância. Eu e minhas irmãs adorávamos o Twingo dele.”

Assim, apesar de ter outro carro quando tirou a primeira habilitação, Carlos Arrunategui o vendeu na primeira oportunidade que teve para comprar um Twingo, que, apesar do apego emocional, ainda era uma escolha racional na visão do estudante: “eu também buscava um carro confortável, econômico e que tivesse ar-condicionado, mas que fosse barato. Ao pesquisar cheguei à conclusão que o Twingo seria a opção mais viável dentro dos que eu queria, pois além de ser um carro para uso diário, seria um hobby.”

Arrunategui afirma que, hoje, não venderia seu Twingo: “primeiro por que ele é um xodó e hoje em dia reconhecido nacionalmente (risos)”.

Mas ele finaliza dando algumas dicas para quem também tem um carro mais antigo: “paciência e capricho. Paciência, pois às vezes dá uma dorzinha de cabeça, às vezes dá preguiça. Mas, ter um carro que poucas pessoas têm, se dedicar e curtir o veículo não tem preço. Precisa de capricho, pois precisa cuidar, precisa dar manutenção, estudar sobre o assunto. O carro antigo ou um carro incomum não é apenas um carro, é um hobby, uma diversão e demanda mais cuidados que um carro novo.”
 

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